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O Que é Conhecimento

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Por:   •  21/10/2013  •  878 Palavras (4 Páginas)  •  379 Visualizações

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FILOSOFIA

TEXTO: O que é conhecimento

Dá-se o nome de conhecimento à relação que se estabelece entre um sujeito cognoscente (ou uma consciência) e um objeto. O conhecimento pode ser definido como apreensão do objeto pelo sujeito. Todo conhecimento, portanto, pressupõe dois elementos- o sujeito que quer conhecer e o objeto a ser conhecido-, que se apresentam, dentro de uma relação. Isso equivale a dizer que o conhecimento é o ato, o processo pelo qual o sujeito se coloca no mundo e, com ele, estabelece uma ligação. Por outro lado, o conhecimento é possibilitado pela existência do que se oferece a um sujeito apto a conhecê-lo. Só há saber para o sujeito cognoscente se houver um mundo a conhecer, mundo este do qual ele é parte, uma vez que o próprio sujeito pode ser objeto de conhecimento.

Por ser uma relação, o conhecimento é sempre relativo: supõe um ponto de vista, certos instrumentos (sentidos, ferramentas e conceitos...) e também os limites do sujeito que conhece. O conhecimento absoluto não é possível, pois significaria não só que o sujeito não teria limites- nem pessoais nem históricos- mas também que o ponto de vista poderia ser abolido e os instrumentos seriam perfeitos. Por exemplo, o conhecimento astronômico depende de que se observe os astros utilizando-se aparelhos e tecnologia cada vez mais sofisticados. A olho nu, mesmo que nossa capacidade visual seja perfeita, pouco podemos observar. As teorias e os conceitos também nos permitem conhecer mais ou menos a realidade que nos cerca, dependendo do seu grau de complexidade. Um exemplo nos é dado pela Biologia, que, após o sequenciamento do genoma humano, permitiu-nos entender que o conceito de raça vai muito além da cor da pele e depende da frequência de certos genes em uma população. Hoje, acredita-se que existam pelo menos cem raças diferentes. Outras descobertas da ciência poderão modificar novamente esse conceito.

No decorrer da história, muitos filósofos deram primazia a um dos dois pólos da relação de conhecimento – ao sujeito ou ao objeto -, originando duas correntes: o idealismo e o realismo. No idealismo, vai-se do pensamento para as coisas; no realismo, ao contrário, a coisa é o ponto de partida do ato de conhecimento.

O conhecimento pode, ainda, ser analisado sob outros aspectos.

Do ponto de vista do objeto a ser apreendido, o conhecimento pode ser concreto, quando o sujeito estabelece uma relação com um objeto individual. Por exemplo, o conhecimento que temos de um amigo determinado, com todas as suas características individuais. E pode ser abstrato, quando estabelece uma relação com um objeto geral, universal. Por exemplo, o conhecimento que temos do ser humano, como gênero.

No processo de abstração, o conceito torna-se mais extenso à medida que o conteúdo intuível (imediato) fica mais pobre. O conceito de ser humano, por exemplo, é muito mais extenso que o de amigo, porque o primeiro recobre todo o gênero humano, incluindo homens e mulheres, jovens e velhos, amigos ou não. Além disso, o conteúdo passível de ser apreendido pela intuição sensível (conhecimento direto pelos sentidos) esvazia-se, uma vez que o conceito de ser humano não tem cara, nem sexo, nem idade, nem

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