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O Resumo Republica

Por:   •  3/11/2022  •  Resenha  •  1.884 Palavras (8 Páginas)  •  74 Visualizações

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RESUMO LIVRO 1

Céfalo, um ancião, ao saber que Sócrates estava no Pireu, por causa de um Festival dedicado a uma deusa, quis consultá-lo, pois, como se considerava com bastante idade e próximo da morte, queria que Sócrates falasse se ele iria ter um bom fim. Ele considerava que tinha tido uma vida justa porque não devia nada a ninguém, cuidou muito bem de sua família e aumentou um pouco a fortuna recebida de seu pai. Sócrates disse que esses talvez isso não fosse o suficiente para se atestar uma vida justa e que melhor seria tentar-se saber qual o conceito de justiça para depois saber se ele teria tido uma vida justa ou não. Céfalo não quis ouvir, disse que iria fazer oferenda a deusa, mas que seu filho Polermarco continuaria para dialogar sobre a justiça.

Como ponto de partida, focaram na utilidade da justiça e partiram da seguinte proposição: “A justiça é útil quando beneficia os bons e prejudica os maus.” O poderoso vai dizer que bons são seus amigos e maus são seus inimigos, cometendo assim injustiça, pois a pessoa que é justa não faria tal distinção.

Trasímaco, um sofista, criticando Socrátes porque ele não responde diretamente, só coloca vários questionamentos, diz o que é ser justo na opinião dele com a seguinte proposição: “O justo nada mais é do que a vantagem do mais forte”. Sócrates, então, diz que haveria de se saber quem é o mais forte? O Estado? Mas o mais forte pode errar e se errar comete injustiça. Trasímaco disse que conceitualmente o Estado nunca erra. Sócrates concorda que conceitualmente as coisas são ideais, mas deu o exemplo da Medicina que conceitualmente nunca erra, mas que ela não faz algo em benefício próprio, mas faz algo para benefício do paciente ao qual está assistindo. Trasímaco também trouxe o exemplo prático do Pastor que trata bem suas ovelhas para depois vendê-las, mata-las ou tosá-las. Sócrates diz que são duas coisas diferentes, pois o médico cuida do paciente consegue seu sustento de outra forma se comparado com o pastor.

Baseado no exemplo do Pastor, Trasímaco diz que o homem injusto tem mais proveito do que o justo. Os que reprovam a injustiça é porque tem medo de sofrê-la. Trasímaco disse que iria embora, mas Sócrates disse que ele teria de ficar, pois, depois desse discurso, ele deveria estar preocupado de como a sua audiência iria viver daqui para frente.

Sócrates colocou uma outra proposição: Um indivíduo justo também se sobrepõe a um indivíduo também justo? O injusto com certeza supera o justo e o injusto por meios não justos.  Sócrates diz que a injustiça parece dar certo no meio da justiça. Se todos forem injustos, todos se destruirão, e, se todos forem justos, viverão em harmonia e felizes. Só a justiça leva à vida feliz.

Encerrou este capítulo com a conclusão de que a vida justa é feliz, mas não foi respondido como ser justo, ou seja, a pergunta inicial, “qual o conceito de justiça?”.

 

RESUMO LIVRO 2

Como Trasímaco tinha se retirado, Galucon e Adimanto tomaram os argumentos dele, mesmo não acreditando neles, para estimular o contraditório que seria proferido por Sócrates.

Eis os argumentos pontuados:

- cometer injustiça é naturalmente bom e sofrê-la um mal;

- pior sofrê-la do que cometê-la;

- a pior condição é sofrê-la sem poder se vingar;

- a melhor condição é cometê-la e ninguém ficar sabendo;

- a justiça é a lei que não está necessariamente baseada na natureza;

- como ensinar uma conduta justa? Se as virtudes forem para normatizar a conduta humana, elas são ensináveis;

- a pessoa que é justa, só o é compulsoriamente (exemplo da alegoria do anel de Giges, pois o invisível comete injustiças, e não é punido);

- o auge da injustiça é defendê-la dando-lhe roupagens a qualquer preço  de que é justa;

 - mesmo sendo injusto a pessoa que faz rituais para os deuses com intuito de poder se livrar de possíveis penas no outro mundo;

- os jovens vêm que os injustos têm melhor vida e isso é educação, por meio do exemplo, para eles;

- os deuses, se existirem, podem ser comprados inclusive com os lucros da injustiça;

- quem nega a vantagem da injustiça é quem não tem competência de cometê-la;

- se faz justiça é porque visa às honrarias que ela pode dar;

- se houvesse justiça, as pessoas não estariam se protegendo uma das outras.

Sócrates depois de ouvir toda essa defesa da injustiça, disse que teriam de ter um método apropriado para analisá-la, pois a visão de todos não seria aguçada o suficiente. Então ele traça um paralelo que a mesma justiça que poderia ser vista em um homem poderia ser vista no Estado inteiro, então, como o estado é macro e o homem micro, a justiça poderia ser mais facilmente identificada em um Estado. Se podermos ver a Gênese de um Estado poderemos ver como nasce a justiça e a injustiça.

Começa a construção do Estado: Os homens se reúnem por causa das necessidades, como há muitas necessidades, o Estado é composto de muitas pessoas. O que o Estado não é autossuficiente, ele precisará importar. Glaucon questiona se neste Estado só haveria coisas básicas. Então Sócrates questiona que o Estado que estão construindo seria um Estado febril com iguarias, artes entre outros[a]. Caso o Estado seja esse, teriam de ter mais espaço e teriam de ter proteção caso outro Estado quisesse o espaço dele. Então teria de haver pessoas que fossem os guardiões do Estado. Esses guardiões teriam de ter duas virtudes que são animosidade e a bravura, que parecem ser virtudes antagônicas. Sócrates compara com o cão de guarda que tem essas duas virtudes, pois gosta do que conhece, e não gosta do que não conhece. Como deve ser a educação dos guardiões para adquirir essas virtudes? Para alma poesia e música e para o corpo ginástica. Teria de haver um cuidado com a poesia (mitologia), pois se mal interpretada não seria fonte de educação dos guardiões. Por vezes não dizer a verdade, que é algo ruim, deveria ser empregada como “mentira pedagógica”, mas nunca deveriam esquecer que o que procede do divino não é falso. “ “Mentira pedagógica” deve ser empregada apenas pelo Estado, mas não pelo cidadão, pois esse deve pensar no bem de todos.

RESUMO LIVRO 3

Na questão da educação, deveria ser evitado educar-se os guardiões com conteúdos que depreciassem o Hades, pois eles deveriam ser os que mais suportam as adversidades[b], portanto não deveriam ter o emocional exaltado, ou seja, não rir nem chorar em demasia.

O poeta usa discurso direto e indireto, mas os guardiões não devem proferir discursos diretos[c] para não terem uma segunda natureza. Neste tipo de texto é esperado que o guardião estime tudo o que é nobre e belo. Os cuidados estéticos devem ser moderados. Bom corpo não gera uma boa alma, mas o contrário sim.

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