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O SÓCRATES “O PODER DA EDUCAÇÃO”

Por:   •  31/3/2022  •  Trabalho acadêmico  •  3.246 Palavras (13 Páginas)  •  123 Visualizações

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                ESAMC

ESCOLA SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO, MARKETING E COMUNICAÇÃO

Bruna Cardoso Paes Gonçalves

SÓCRATES:

“O PODER DA EDUCAÇÃO”

Santos - SP

2018

SUMÁRIO

O Parteiro de Ideias        3

O Julgamento e a Condenação à Morte        5

Brasil tem quase 12 milhões de analfabetos, diz IBGE.        8

Linguagem escrita x Dialética        Erro! Indicador não definido.

O conhecimento é uma virtude        Erro! Indicador não definido.2

Bibliografia        144


O Parteiro de Ideias

Sócrates nasceu em Atenas por volta de 470 a.C. e adquiriu tradicionalmente a cultura dos jovens atenienses, aprendendo música, ginástica e gramática. É conhecido como um dos fundadores da filosofia ocidental, influenciado por Anaxágoras, levando em consideração que, de seu pensamento, surgiram vertentes consideradas como propensas para a reflexão ocidental.

O pensamento de Sócrates aponta uma reviravolta na história humana que, até então, usava a filosofia como forma de explicação do mundo baseada na observação das forças da natureza.

A partir das idéias difundidas por Sócrates, o ser humano passa a voltar-se para si, a praticar uma vida com exame e, consequentemente, por meio do autoconhecimento, exercitar a sabedoria e a prática do bem. Para ele, o homem era um composto de dois princípios: alma (ou espírito) e corpo.

Tinha como propósito levar o conhecimento para os cidadãos de Atenas e para isso utilizava com propriedade o diálogo, principal método de educação. Somente a troca de ideias, para o filósofo, daria liberdade ao pensamento e à sua expressão, capazes de aperfeiçoar o ser humano. Os pensamentos de Sócrates tornaram-se famosos por meio das obras de Platão e Xenofonte - seus discípulos, tendo em vista que Sócrates não havia deixado seu legado por escrito, uma vez que priorizava o contato direto com seus interlocutores.

A aristocracia grega não aceitava Sócrates, afinal, ele defendia ideias contrárias àquela classe. Opunha-se ao relativismo dos sofistas - mestres ambulantes que utilizavam a persuasão como forma de convencimento, onde a  verdade dependia das circunstâncias, simulando ser a “voz mais fraca” dos debates/discursos, afim de identificar os erros e contradições (aporia) trazidos pelos sofistas. Ele também criticou muitas tradições e religiões que não contribuíam para o desenvolvimento intelectual dos cidadãos de Atenas.

Sócrates possuía ideias inovadoras, acreditava que a reflexão pessoal e a meditação eram as maiores fontes de sabedoria e, com isso, atraia jovens, alguns, inclusive, pertencentes às famílias ilustres e ricas de Atenas. Era muito popular, apesar de ser filho de um escultor e de uma parteira e em suas reuniões, não cobrava nada de seus discípulos  

A frase mais famosa de Sócrates “só sei que nada sei” tornou-se um paradoxo. No templo de Apolo, o Oráculo de Delfos proclamou que não havia ninguém mais sábio que Sócrates. Quando o mesmo soube, com aproximadamente 38 anos de idade, achou que se tratava de um enigma e decidiu entrevistar as pessoas que eram mais admiradas por sua sabedoria em Atenas. O intuito da entrevista era descobrir qual deles era o mais sábio, porém, Sócrates chegou à conclusão que todos tinham um defeito: acreditavam saber muito, mas eram ignorantes sobre aquilo que não sabiam. Sócrates também se considerava ignorante, mas tinha a vantagem de saber ser ignorante e, por isso, era o mais sábio de uma população de ignorantes.

Para Sócrates, existiam verdades universais, válidas para toda a humanidade em qualquer espaço e tempo. Para encontrá-las era necessário refletir sobre elas, descobrir suas razões. Era de grande valia, para o filósofo, a verdade e as virtudes,  fossem elas individuais (como a coragem, por exemplo) ou sociais (como a cooperação). Nesse caso, ele acreditava que só agia de forma errada quem desconhecia a verdade e o bem.

Sócrates acreditava que ninguém tinha as respostas definitivas para as perguntas que eram feitas. Ele andava pelas ruas de Atenas, fazendo perguntas sobre moralidade e política. As pessoas se reuniam a sua volta e ele lançava uma questão que, a cada resposta, gerava novas perguntas. Ele estimulava a discussão e para isso se intitulava como o parteiro de ideias.

Como um parteiro de ideias, o diálogo socrático pode ser dividido em dois momentos. O primeiro correspondente às “dores do parto” em que fazia o interlocutor perceber as próprias contradições e chegar à ignorância, e então, consequentemente, ocorria o “parto de ideias” que determinava o momento de reconstrução do conceito.


O Julgamento e a Condenação à Morte

Sócrates foi acusado de corromper os jovens atenienses, não reconhecer como divindades os deuses do Estado e por introduzir a formação de uma nova religião. Seus acusadores foram: Meleto (poeta), Anitos (rico curtidor de peles, influente orador e político) e Licão (personagem de pouca importância).

No julgamento, o acusador Meleto teve o direito de falar e expor o porquê das acusações. Sócrates também teve o direito de se defender, conforme descrito na obra “Apologia de Sócrates”, de Platão, porém, em momento algum pediu clemência ou fez bajulação para que fosse inocentado. Justifica o tom de sua autodefesa com a seguinte frase: “Parece-me não ser justo rogar ao juiz e fazer-se absorver por meio de súplicas, é preciso esclarecê-lo e convencê-lo”.

Em certo momento de seu julgamento disse: "Não tenho outra ocupação senão a de persuadir a todos, tanto velhos como novos, de que cuideis menos de vossos corpos e de vossos bens do que da perfeição de vossas almas, e a vos dizer que a virtude não provém da riqueza, mas sim que é a virtude que traz a riqueza ou qualquer outra coisa útil aos homens, quer na vida pública quer na vida privada. Se, dizendo isso, eu estou a corromper a juventude, tanto pior; mas, se alguém afirmar que digo outra coisa, mente".

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