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Resenha Sonho Grande

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Por:   •  14/1/2015  •  1.252 Palavras (6 Páginas)  •  637 Visualizações

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Resenha Sonho Grande

A narrativa começa contanto sobre a família de Jorge Paulo e um pouco de sua trajetória. Filho de um imigrante suíço que construiu uma vida no Brasil com cunho empresarial (fundador da LECO – Lemann Company), Lemann morava no Rio de Janeiro e gostava de praticar esportes. Surfe e tênis eram suas principais paixões, tendo sido inclusive, campeão brasileiro juvenil e chegado a disputar dois Grand Slams como profissional (Roland Garros e Wimbledon).

Sua formação universitária se deu em Harvard, nos anos 50, onde concluiu o curso de economia em menos tempo do que o usual, pois achava que a universidade era uma chatice, e só queria saber de terminar logo o curso para se ver livre de tais obrigações. Um dia, após resolver fazer uma brincadeira para comemorar o final do ano e explodir fogos de artifício na praça central de Harvard, Lemann recebeu uma carta que recomendava sua ausência da universidade por um ano, para que amadurecesse.

Por se tratar de uma sugestão e não uma ordem, Lemann resolveu não seguir o conselho e voltou no ano seguinte para Massachusetts. Formou-se em três anos e passou de ovelha negra a “queridinho” do reitor. Após a conclusão do curso, fez um estágio no Credit Suisse em Genebra na Suíça. Apesar de ser uma grande instituição, Jorge Paulo não gostou da experiência pelo fato da empresa ter uma estrutura muito burocrática. Saiu após alguns meses de lá e voltou para o Brasil.

Lemann começou sua trajetória profissional no Brasil trabalhando no mercado de capitais, mas via com insatisfação como as corretoras da época (final dos anos 60 /começo dos anos 70) trabalhavam, pois, mesmo quem trabalhava muito, tinha dificuldades para conseguir subir na rígida hierarquia das instituições.

Aos 31 anos de idade, Lemann resolveu sair de seu trabalho. Ele estava desempregado, porém com uma quantidade razoável de dinheiro para época (cerca de U$ 200 mil), o que lhe permitiu comprar a carta patente da corretora Garantia, passando assim ter a sua própria empresa e implantar o modelo de gestão com o qual sonhava, onde a riqueza gerada deveria ser dividida com os melhores funcionários, uma prática inspirada no banco Goldman Sachs. Meritocracia e controle de custos.

A filosofia de Jorge Paulo Lemann nos negócios sempre foi atrair os melhores e mantê-los. Para isso, ele foi precursor da meritocracia no Brasil, tornando possível que os melhores se tornassem sócios da empresa. Na corretora Garantia Jorge Paulo conheceu Beto Sicupira e Marcel Telles. A corretora se desenvolveu e virou um banco de investimento. Apesar da estrutura enxuta, sempre tinha oportunidade para as pessoas crescerem dentro da empresa.

Após se estabelecerem no mercado de capitais, o trio resolveu apostar na chamada “economia real”, comprando ações de empresas em que pudessem influenciar na administração. O primeiro alvo foi a Lojas Americanas, que vinha apresentando péssimos resultados. Para reerguer a empresa, eles foram atrás de modelos bem-sucedidos de empresas do mesmo gênero no exterior, no caso com a Walmart.

Beto Sicupira foi responsável por aplicar o conhecimento adquirido e implementar a cultura Garantia na empresa adquirida. Meritocracia, corte de gastos e melhoria continua. Muitas pessoas foram mandadas embora, gente jovem e com vontade foi contratada, secretarias particulares foram demitidas e salas exclusivas para diretores não existiam mais. Não deu outra. A empresa foi colocada nos eixos e logo saiu de prejuízos milionários para lucros recordes e cada vez mais crescentes.

Lemann sempre teve vontade de ter uma cervejaria. Nos anos 80, as pessoas mais ricas nos países da América latina eram donos de cervejarias, e como ele dizia, não é possível que todos sejam gênios, o negócio tinha que ser bom. Com isso em mente, e após ter a oportunidade, o Garantia fez seu segundo investimento na economia real e comprou a Brahma. Marcel Telles assumiu a Brahma e também levou com excelência a cultura Garantia para dentro da cervejaria. Os resultados não poderiam ser outros, já que a Brahma em pouco tempo se consolidou como uma das mais lucrativas empresas de cerveja da época.

Após isso, os banqueiros estavam tomando gosto pela vida de empresários. O que eles faziam com as empresas que adquiriram era um turnaround. Mudava a cultura da empresa, reduzia custo e as tornava muito mais eficiente. Com a experiência positiva nas duas empresas, fundaram a GP Investimentos, a primeira empresa de private equity do Brasil. Beto deixou, a Lojas Americanas e foi tocar o novo projeto. Apesar da criação da GP e da saída de Beto das Americanas, a varejista

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