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TRABALHO SOBRE A ORIGEM DA OBRA DE ARTE DE HEIDEGGER

Por:   •  23/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  718 Palavras (3 Páginas)  •  503 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ

ESTÉTICA

AVALIAÇÃO DE CONHECIMENTOS

DOCENTE: SÁVIO

DISCENTE: MARCOS ANTONIO VIANA ROCHA

NOVEMBRO DE 2012

COMO HEIDEGGER VÊ:

COISA?

FERRAMENTA?

OBRA?

DISCORRA SOBRE UM DOS TEMAS ACIMA BASEADO NO TEXTO “A ORIGEM DA OBRA DE ARTE” DE MARTIN HEIDEGGER.

Heidegger apresenta três modos tradicionais de se conceituar a coisa, a coisa como suporte de propriedade;  a coisa como unidade de múltiplas sensações e a coisa como matéria enformada. Em cada uma das três, no entanto, ele mostra como a coisa permanece impensada. Heidegger logo de início determina que, para encontrar a essência da arte, devemos procurar a obra real e perguntar à obra o que e como é. A resposta é que toda obra tem um caráter de coisa. Embora chamar de coisa a obra de arte possa parecer indelicado, não se pode contornar o caráter coisal da obra. Assim, para buscar a origem da obra de arte é necessário que, antes de tudo, se compreenda o que a coisa é e o que a coisa não é. Parece que é bastante óbvio o que a coisa é. Tradicionalmente, se entende a coisa de três modos. O primeiro modo de entender a coisa é como suporte para as propriedades. Aparentemente, este modo de compreender a coisa corresponde ao nosso olhar natural sobre as coisas. Mas a naturalidade que sentimos vem do hábito de projetar o modo como se concebe a coisa no enunciado sobre a estrutura da própria coisa. Esta interpretação não é natural e afasta a coisa de nós, jogando-a no campo do discurso. E esta interpretação da coisa como suporte de suas características não vale apenas para a coisa, mas para todo o ente. Por isso, não basta para distinguir o ente coisal do ente não-coisal é geral demais. O segundo modo de entender a coisa é como a unidade de uma multiplicidade do dado nos sentidos. O problema imediato que apresenta Heidegger é que esta interpretação é sempre tão geral quanto a anterior. Mas existe o problema de que não é verdadeiro que as coisas se apresentem imediatamente a nós como sensações. Com efeito, quando ouvimos um motor não ouvimos apenas o ruído, nós ouvimos a coisa motor. Para ouvir um ruído qualquer, para ver uma cor qualquer, para ter uma sensação qualquer, temos que deixar as coisas, ouvir abstratamente. Esta concepção acaba por nos aproximar excessivamente das coisas. O terceiro modo de compreender a coisa parece mais verdadeiro e a coisidade da coisa estaria em sua consistência, em sua materialidade. Nesta determinação da coisa como matéria está implicada a forma. A matéria se conjuga com a forma, resultando a firmeza, a consistência. A coisa seria matéria enformada. Heidegger diz que, se encontra um conceito de coisa que se aplica igualmente bem às coisas da Natureza e às coisas do uso. Mas o fato de a distinção entre matéria e forma ser o esquema conceitual por excelência para toda a estética e teoria da arte não prova nada. É necessário investigar se esta concepção está bem fundada. A origem do complexo entre matéria e forma encontra-se na essência do apetrecho, ou seja, no que é criado para ser utilizado. Isto porque é apenas quando o apetrecho vem a ser que surge a distinção entre forma e matéria. A forma determina a organização da matéria. Esta organização implica expressamente na escolha da matéria. Um vaso, que levará água, deve ser feito de argila, e não de algodão; uma roupa deve ser feita de algodão, não de ferro. A utilidade, a serventia, é o traço fundamental do apetrecho, e esta serventia apresenta-se na separação entre a forma, que determina o objetivo do ente criado, e a matéria, que possibilita que o ente tenha serventia. Matéria e forma têm a sua raiz na essência do apetrecho. Matéria e forma não constituem determinações originais da coisidade da mera coisa. Meras coisas não são produzidas, não têm serventia. A mera coisa é uma espécie de apetrecho, mas um apetrecho despido de seu caráter de ser apetrecho, um apetrecho não fabricado.  O ser coisa, então, está no que resta, mas este resto, diz Heidegger, não é expressamente determinado no seu caráter ontológico. A abstração de seu caráter instrumental não fará aparecer o caráter de coisa, o caráter coisal. Deste modo, esta terceira interpretação da coisa também deixa inalcançado o caráter coisal da coisa.

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