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Tomás de Aquino e evidência da existência de Deus

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Por:   •  19/5/2014  •  Tese  •  780 Palavras (4 Páginas)  •  445 Visualizações

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Tomás de Aquino e as provas da existência de Deus

Comumente se diz que Santo Agostinho cristianizou Platão, assim como Aquino cristianizou Aristóteles. Como este, Aquino parte do sensível para chegar ao inteligível como processo de conhecimento.

Assim, o filósofo cristão distingue cinco vias para caracterizar o conhecimento e provar a existência de Deus. Vejamos quais são:

1. Primeiro motor imóvel: esta primeira via supõe a existência do movimento no universo. Porém, um ser não move a si mesmo, só podendo, então, mover outro ou por outro ser movido. Assim, se retroagirmos ao infinito, não explicamos o movimento se não encontrarmos um primeiro motor que move todos os outros;

2. Primeira causa eficiente: a segunda via diz respeito ao efeito que este motor imóvel acarreta: a percepção da ordenação das coisas em causas e efeitos permite averiguar que não há efeito sem causa. Dessa forma, igualmente retrocedendo ao infinito, não poderíamos senão chegar a uma causa eficiente que dá início ao movimento das coisas;

3. Ser Necessário e os seres possíveis: a terceira via compara os seres que podem ser e não ser. A possibilidade destes seres implica que alguma vez este ser não foi e passou a ser e ainda vem a não ser novamente. Mas do nada, nada vem e, por isso, estes seres possíveis dependem de um ser necessário para fundamentar suas existências;

4. Graus de Perfeição: a quarta via trata dos graus de perfeição, em que comparações são constatadas a partir de um máximo (ótimo) que na verdade contém o verdadeiro ser (o mais ou menos só se diz em referência a um máximo);

5. Governo Supremo: a quinta via fala da questão da ordem e finalidade que a suprema inteligência governa todas as coisas (já que no mundo há ordem!), dispondo-as de forma organizada racionalmente, o que evidencia a intenção da existência de cada ser.

Todas essas vias têm em comum o princípio de causalidade, herdado de Aristóteles, além de partirem do empírico, ou seja, de realidades concretas e de um mundo hierarquicamente ordenados. Vale também notar como Tomás de Aquino concebe o homem. Para ele, o homem é um ser intermediário. É composto de corpo (matéria) e alma (forma) sem as quais nada significa, isto é, nada é isoladamente. Assim, o homem é um ser intermediário entre os seres de forma mais elementar, como os minerais, as plantas e os animais, e os seres mais perfeitos como os anjos e Deus. O homem possui as características dos anteriores a ele e também dos procedentes na hierarquia do universo.

Entretanto, o conhecimento de Deus se faz por analogia, seguindo uma vida de negação que afasta dele todo elemento criatural. Mas somente isto redundaria num agnosticismo. E não se conhece Deus imediatamente como numa contemplação direta com a essência divina, mas somente através de um saber analógico em que todos os nomes não predicados, explicita ou implicitamente de modo negativo, Lhe aplicam tal sentido analógico, o que evidencia a distância infinita entre o Criador e as criaturas e também justifica os enunciados que de Deus fazemos (Deus é Bom, Infinitamente Sábio, etc.).

Essa doutrina da analogia que inclui semelhança e comparação se opõe à da iluminação; esta propõe um contato imediato com Deus. O abandono da Iluminação divina – experiência

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