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Tormentos da Alma

Por:   •  22/6/2016  •  Resenha  •  668 Palavras (3 Páginas)  •  251 Visualizações

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TORMENTOS DA ALMA - Stanley Kramer.

O filme tormentos da alma é uma mostra do quão é complexo o relacionamento humano. O jovem preso, altamente problemático, necessitava da ajuda de um especialista que o fizesse compreender os tormentos mais profundos de sua alma. Algo que só se torna possível após uma análise minuciosa do seu trajeto de vida.          

Nascemos necessitados da compreensão do mundo que nos envolve, somos seres imperfeitos em busca da perfeição. A família é o nosso primeiro lar; é através dela que aprenderemos e conseguiremos verdadeiramente existir e encontrar abertura à condição da liberdade humana. Sentimos que não estamos sozinhos, que há alguém para nos amparar e proteger todo o tempo, saciando todas as nossas necessidades, nos fornecendo experiências de vida ao ponto de conseguirmos nos lançar no futuro, capacitados à concretização dos nossos sonhos. Sonhar é algo que faz parte da existência humana. O homem que não sonha não vive verdadeiramente. A existência se torna mais atrativa se houver sonhos, objetivos de felicidade a conquistar em qualquer setor da vida.         

O jovem ao qual é de desejo analisar nos revela o quão desastroso foi o seu nascimento. Gerado por obra do “acaso”, não foi planejado, não foi desejado; seus pais tiveram, de toda maneira, que se casar. A criança passou a ser vista, pelo pai, como objeto indesejado e causador dum matrimônio mau grado. Cresceu num lar sem amor, violento, cheio de promiscuidades. Seu pai era repressor, cruel consigo e com sua mãe, levava mulheres para dentro da própria casa e causava o terror. Antagonicamente, sua mãe era submissa, fraca, doente e aceitava todas as mazelas impostas daquela relação. Por um lado um pai tirano e por outros dois uma mãe prostrada com o filho centrado nesta relação niilista. Certamente não é uma existência fácil de ser vivida.        

“Nós nos tornamos aquilo que pensamos”. É melhor crescer e pensar somente em coisas positivas e benéficas para o bem comum. Apesar das instabilidades da vida somos capazes de reverter os maus momentos; ao contrário daqueles que nascem e infelizmente não lhes são projetados o que de bom a vida tem para si. Ora, se não soubermos o que é bom como iremos propagá-lo?

O jovem em questão sempre conviveu com um pai que o maltratava e era desrespeitoso dentro do âmbito familiar; conviveu com uma mãe extremamente decadente de forças e vontade. Sob o ponto de vista dessa criança era incompreensível que ela se mantivesse e que também o temporalizasse nesse contexto. Ele não tinha poder para reversão desse quadro, mas ela tinha, poderia e simplesmente nada fez. A prolongada observação desse modo de existência fez com que ele optasse por um dos dois exemplos: ser como o pai ou ser como a mãe.

Apesar de odiar o pai pelo que ele representava, ser como este era a melhor maneira para adaptar-se ao mundo. Era uma forma dominadora, em que não importava o outro; importava o si mesmo. Um no comando e os outros obedecendo e acatando ordens. A fraqueza não cabe aos poderosos, somente aos débeis; como o são as “mulheres” e os “negros”, assim refletidos no filme. A mãe jamais lhe oferecera motivos para segui-la como exemplo. Pelo contrário, era uma mulher que não saía da zona de conforto na qual se posicionou como vítima consagrada, não pensava e não refletia.  Por isso, no sonho em que era um rei, ordenou ao súdito que a esmagasse a cabeça com a pata do elefante.

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