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A Cartografia Escolar

Por:   •  17/1/2017  •  Artigo  •  2.012 Palavras (9 Páginas)  •  470 Visualizações

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Trabalho apresentado à disciplina GEOA15 – Cartografia Sistemática, ministrada pela docente Denise Silva Magalhães durante o período letivo de 2016.1 como parte da avaliação semestral.

Salvador – BA

2016

A necessidade de conhecer o mundo.

No século XV, início da idade moderna, a Europa via sua economia cada vez mais danificada com a queda de consumo dos bens produzidos na zona rural e agrícola. O mercado europeu passava pro serias complicações para recarregar o consumo, muitas vezes tinha que exportar produtos que vinham do oriente, como especiarias, objetos raros e pedras preciosas.

Todavia, para adquirir este material os Europeus tinham que negociar com os mercadores árabes, pois o único caminho para fazer essa combinação vinha pelo mar mediterrâneo. Para evitar gastos com impostos/tributos sobre mercadorias, os Europeus mapearam caminhos alternativos para encontrar as Índias e comprar produtos de forma direta. Assim, estariam livre de altos impostos cobrados. Com esse progresso sobre os mares, por conseguinte se descobriu um novo caminho, uma nova cultura, um novo lugar, um novo ambiente onde era preciso antes de tudo mapear para que esse conhecimento passasse de geração em geração e o mais importante de tudo, como seria essa assimilação por parte do leitor.

A geografia evolui e a importância de aprender a ler mapas também.

Na geografia vem acontecendo intensas transformações. Dentro desta conjuntura ela se oferece como uma ciência marcante e indispensável para o desenvolvimento de um cidadão crítico, e o educador tem uma função fundamental neste sentido de tal maneira sua formação deve ser sólida e ininterrupta. O ensino da geografia deve levar o educando a compreensão do ambiente onde ele vive. Ela é uma sabedoria de caráter estratégico que não se serve exclusivamente para educar o cidadão, mas também para ajudá-lo a modificar, transformar e compreender o seu meio e o mundo globalizado.

Em março de 1976, Lacoste escreveu o livro A geografia serve, antes de mais nada, para fazer a guerra, título que, numa edição posterior, foi mudado pelo autor para A geografia - isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. A mudança foi feita para evitar que os leitores pensassem que, na visão do autor, a geografia serve somente para a elaboração de estratégias militares, quando seu objetivo era apenas dizer que essa é a função mais antiga da geografia científica. De modo geral exerceu grande influência na academia e no ensino.

O que é cartografia e a importância do seu aprendizado?

Cartografia é o conjunto de estudos, técnicas e artes que constrói mapas, carta, plantas e outras formas de representação, através de observações diretas, investigações de documentos e levantamento de dados. Sendo assim a cartografia é considerada uma ciência, A representação cartográfica é utilizada no cotidiano seja ela direta ou indiretamente por meio plantas imobiliárias, guias turísticos, ou seja, a cartografia ela é de fato fundamental em nossas vidas. No âmbito científico o mapa é uma ferramenta de síntese, que algumas ciências (não só a Geografia) se apropriam desse conhecimento para melhorar a sua compreensão espacial de um determinado fenômeno. É importante salientar que, existem semelhanças quando a cartografia é utilizada apenas como uso do cotidiano como por exemplo: se situar em um determinado local, traçar uma melhor rota pra um determinado local e quando estamos falando ela em quanto uma ferramenta de síntese. A princípio o seu principal objetivo consiste em conhecer o ambiente e dominar o espaço.

Quando uma determinada ciência ou até mesmo alguma entidade pensa em desenvolver um mapa é necessário levar em consideração algumas coisas que em sua totalidade leva a um trabalho atingir o seu ápice, por exemplo: para se fazer um mapa é necessário que se tenha um domínio nas características técnicas pois o conhecimento sobre a área que irá se estudar é fundamental porque ao se fazer um mapa escolhemos pontos de maior importância e assim evita que esse mapa fique poluído.

Sendo assim, temos que levar ao discente o entendimento do mapa como instrumento fundamental para o estudo da Geografia o discente precisa compreender a sua construção teórica e seus objetivos. Ao trabalhar com cartografia na escola esta não inclui apenas contornar e demarcar, reconhecer projeções e calcular escala, trabalhar com mapas exige o entendimento dos símbolos e das suas escolhas, exige distinguir as projeções e saber por qual pretexto uma é mais utilizada que outra e especialmente, exige saber que o mapa não é um retrato do recorte espacial em questão e sim uma opção de quem o fez fundamentado em um conjunto de convenções previamente estabelecidas.

O ENSINO DE GEOGRAFIA E A ALFABETIZAÇÃO CARTOGRAFICA.

Cartografar é uma atividade comum para qualquer pessoa em uma sociedade, ao longo da nossa vida vamos desenvolvendo as representações sobre o espaço habitado e mais tarde as relações sobre locais distantes. Todos nós precisamos saber se localizar, conhecer, descobrir e viver o espaço, seja para atividades cotidianas ou viagens. Alfabetizar um aluno na leitura de mapas ajuda na formação de como ele pode desenvolver a sua comunicação que em partes é um trabalho social, ou seja, possibilita a ele a usar um instrumento de síntese do espaço.

Quando se fala em alfabetizar não devemos pensar que essa tal afirmação se resume apenas em repetir, copiar, escrever, estar alfabetizado na geografia significa segundo CASTROGIOVANNI (1998), relacionar espaço com natureza, natureza com sociedade, é perceber a interação entre os aspectos sociais, econômicos, políticos, culturais. É saber situar-se e posicionar-se frente às questões do mundo, é perceber que o espaço é disputa de poder e ter um posicionamento com relação às desigualdades sociais-espaciais.

Entrando neste âmbito de alfabetização cartográfica e também sobre o ensino de Geografia na educação escolar, todos os discentes vão à escola para aprender a ler, a escrever e a contar. Porque não para aprender a ler mapas?” (Lacoste, 2005 pag 55) Ao ler estra frase de Ives Lacoste, citada por Passini, em seu livro Alfabetização Cartográfica, questionei-me quanto a minha própria alfabetização cartográfica no período escolar, e recordando rapidamente, percebi que assim como se relata no livro, sou um dos muitos alunos que perfizeram toda sua vida escolar sem ter a mínima

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