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A Tectônica Global

Por:   •  10/1/2019  •  Resenha  •  1.254 Palavras (6 Páginas)  •  268 Visualizações

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A litosfera terrestre é dividida em cerca de uma dúzia de placas, são originadas nas dorsais meso-oceânicas e ao se chocarem provocam o mergulho da placa mais densa sob a outra e isso causa o retorno para o manto.

A teoria da tectônica de placas revolucionou as geociências quando Francis Bacon, filósofo inglês, apontou o encaixe perfeito entre as duas costas e levantou a hipótese de que estes continentes estiveram unidos no passado.

Alfred Wegner no século XX imaginou que os continentes, poderiam terem estado juntos e posteriormente teriam sido separados. Denominou este supercontinente como Pangea, considerou que a fragmentação teria iniciado há cerca de 220 milhões de anos, durante o Triássico, e teria prosseguido até o dias atuais. A fragmentação deu inicio dividindo-se em dois continentes, setentrional Laurásia e austral de Gondwana.

Wegner foi o primeiro a pesquisar seriamente a ideia da deriva continental e a influencias outros pesquisadores. Para isto, procurou evidências que comprovassem sua teoria, enumerou algumas feições geomorfológicas, como a cadeia de montanhas da Serra do Cabo África do Sul, de direção leste-oeste, que seria a continuação da Sierra de la Ventana, a qual ocorre na mesma direção na Argentina, ou ainda um planalto na Costa do Marfim na África que teria continuidade no Brasil. Mas apresentou ainda evidências mais surpreendentes, como: Presença de fósseis de Glossopteris em regiões da África e Brasil e evidências de glaciação há aproximadamente 300 Ma na região Sudeste do Brasil, Sul da África, Índia, Oeste da Austrália e Antártica.

Em 1915 Wegner reuniu as evidências que encontrou para justificar a teoria da Deriva continental, o que para ele já seriam suficientes, em um livro chamado A origem dos continentes de oceanos. Porém ele não conseguiu responder algumas perguntas , por exemplo que forças seriam capazes de mover os imensos blocos continentais? Infelizmente aquela época as propriedades plásticas da astenosfera não eram conhecidas, o que impediu Wegner de explicar sua teoria. Com a morte dele em 1930, sua teoria começou a ficar esquecida, sendo que alguns cientistas ainda tentavam justificar a sua teoria mas não acharam provas. A chave para a compreensão da dinâmica da terra, não estava nas rochas continentais mas sim no fundo oceânico. Durante a segunda guerra mundial, devido as necessidades militares de localização de submarinos no fundo dos mares, foram desenvolvidos equipamentos como os sonares que permitiram traçar mapas detalhados do relevo do fundo oceânico. Surgiram cadeias de montanhas, fendas e fossas ou trincheiras muito profundas, mostrando um ambiente geologicamente muito mais ativo do que se pensava. No final de 1940, expedições constituídas por universidades de Columbia e Princeton mapearam o fundo do Oceano Atlântico, utilizando novos equipamentos e coletando amostras de rochas, esses trabalhos permitiram cartografar uma enorme cadeia de montanhas submarinas, denominadas Dorsal ou Cadeia Meso-oceânica. No final dos anos 50 e inicio da década de 60, o surgimento e aperfeiçoamento da geocronologia permitiu a obtenção de importantes informações sobre a idade das rochas do fundo oceânico, ao contrário do que se imaginava, a crosta oceânica não era composta pelas rochas mais antigas do planeta mas apresentava idade bastante jovens, não ultrapassando 200 Ma. O magnetismo das rochas também contribuiu para uma melhor compreensão dos movimentos da crosta continental. Estudos de paleomagnetismo revelaram que as posições primitivas dos polos magnéticos da terra tinham mudado ao longo do tempo geológico em relação as posições atuais dos continentes. Como era sabido que o eixo magnético da terra coincidia com o seu eixo rotacional, os dados paleomagnéticos poderiam indicar, ao invés de mudanças do eixo magnético, um movimento relativo entre os continentes.

Em 1963 F. J. Vine e D. H. Mathews da universidade da Cambridge, sugeriram que as bandas magnéticas observadas eram relacionadas a bandas magnetizadas de lavas vulcânicas do fundo oceânico, geradas durante a expansão deste fundo e que guardavam o registro do campo magnético terrestre na época de extrusão das lavas submarinas. Esta interpretação trouxe subsídios a favor do conceito da expansão do assoalho oceânico postulado por Harry Less no inicio da década de 1960, este autor propunha que as estruturas do fundo oceânico estariam relacionadas a processos de convecção no interior da terra. A deriva continental e a expansão do fundos dos oceanos seriam assim uma consequência das correntes de convecção. Assim, em função da expansão dos fundos oceânicos, os continentes viajariam como passageiros, fixos em uma placa, como se estivessem em uma esteira rolante. Com a continuidade do processo de geração de crosta oceânica, em algum outro lugar deveria haver um consumo ou destruição desta crosta, caso contrário a terra expandiria. A

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