Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único a consciência universal

Referência Bibliográfica:

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único a consciência universal. RJ, Record,2007,176p.

Autor:

Milton Santos foi o geógrafo brasileiro mais reconhecido no exterior em virtude de sua proposta de reconstrução do espaço demográfico no Brasil, a partir das concepções da corrente geográfica crítica dos anos 70.

A obra em estudo aborda o fenômeno da globalização a partir de três vertentes diferentes e conceituadas de forma a nos levar a considerar outras visões sobre esse evento que modificou o mundo tão rapidamente.

A primeira vertente é “O mundo tal como nos fazem crer: a globalização como fábula, o autor considera que o consumismo está sendo implantado entre as pessoas de forma tão mascarada que as pessoas não percebem que ao invés das pessoas estarem mais próximas, elas estão cada vez mais distantes.

A segunda vertente aponta para “O mundo como é: a globalização como perversidade”, neste trecho o autor revela a pior parte da globalização, pois fala sobre o que os seres humanos estão se tornando devido a esse novo mundo, seres individuais e egoístas,e coloca como centro a sequencia de fatos que a chegada da globalização acarretou na população, como o desemprego, a fome, o desabrigo e educação de péssima qualidade e o retorno de doenças que já eram dadas como extintas.

Na terceira e última parte é abordado o tema “O mundo como pode ser: uma outra globalização, neste momento o autor descentraliza a ideia da globalização como vilã e a torna como um mecanismo de ajuda da massa, afinal essa nova tecnologia implantada se bem pensada pode trazer benefícios ao crescimento da sociedade e torná-la menos fragmentada devido as classes sociais, culturais e de raças. A intenção é usar a tecnologia para aproximar as pessoas e suas diversas culturas e estimulá-las a lutar por um mesmo ideal.

O autor expressa de forma clara e sucinta o tema por ele abordado “globalização”, o texto é de escrita simples, porém muito provocativo e complexo, pois alimenta a mente do leitor a querer interagir mais com o assunto, e as possibilidades de tentar inovar esse quadro encontrado no texto da visão da globalização como instrumento de junção e não de separação das massas populacionais, se usada de forma coerente e humana, para que o foco volte ser o homem e suas atividades e não propriamente o dinheiro.

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