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O MAL RONDA A TERRA: Um tratado sobre as insatisfações do presente

Por:   •  23/9/2018  •  Resenha  •  1.057 Palavras (5 Páginas)  •  188 Visualizações

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IAN DE ARAUJO LEAL

 A INSATISFAÇÃO E PASSIVIDADE DA SOCIEDADE ATUAL

RESENHA CRÍTICA DO LIVRO: O MAL RONDA A TERRA:

Um tratado sobre as insatisfações do presente

Orientador: Araújo Ferreira

Rio de Janeiro

        2017


JUDT, TONY.        

O mal ronda a Terra: um tratado sobre as insatisfações do presente.

Tradução de Celso Nogueira.

Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2010. 212 p.

O mal ronda a Terra

O livro inicia fazendo um paralelo entre gerações e seus comportamentos perante suas insatisfações desde condições sociais, econômicas e políticas, e mostra indignação com a postura passiva da sociedade atual, que aceita o estado em que se encontra, sabe o que quer, tem uma noção do que fazer para conseguir e simplesmente aceita as coisas como estão e não buscam mudanças para atingir a real satisfação que almeja. Após isso, o livro percorre diversas gerações, mostrando o quadro político e econômico de grandes potências mundiais e seus principais reflexos na sociedade, principalmente no que se trata das camadas mais pobres. Depois disso o autor divide o livro em seis capítulos, no qual faz menção a diversos acontecimentos e políticas adotadas pelos EUA, sempre traçando paralelos entre as principais potências na época em que está sendo retratada.

O autor faz uma análise profunda sobre a utilização do dinheiro público dos maiores Estados do planeta, e confronta os gastos em questões sociais e gastos militares, por exemplo. Além de retratar a desigualdade de renda e a mobilidade social, mostra também como é destoante o acúmulo de riqueza e salário de CEO’s e donos de grandes empresas da folha salarial da classe operária da própria empresa, por exemplo. Analisando outros aspectos sociais, o autor mostra como sintomas de depressão, problemas de estresse e ansiedade começam a se mostrar presente nas camadas mais pobres da população, e mostra, através de gráficos, essas estatísticas mais intensas nos EUA e Grã-Bretanha do que na Europa continental. O autor cita também países com alto PIB e renda per capita, e pequena distância entre os mais pobres e os mais ricos, como Suécia e Finlândia que lideram índices de bem-estar mensurável.

Ocorre também uma crítica à sociedade, que aceita uma redistribuição das riquezas quando o país passa por uma época difícil economicamente, enquanto que nas fases prósperas o crescimento econômico costuma privilegiar uma minoria. E são apresentadas diversas manobras político-econômicas adotada por grandes potências, que marginalizam os pobres e desempregados através de ações constrangedoras (como entrevistas periódicas para atestar pobreza).

Inicia então uma dura crítica ao capitalismo, e todas as medidas econômicas e de mercado, que mudaram o pensamento da população e foram se enraizando com o passar do tempo. Mas, ao mesmo tempo em que critica o capitalismo, o autor não sugere uma solução socialista, mas sim uma mudança de atitude da população a fim de buscar caminhos menos rígidos em prol de uma condição de vida melhor para todos.

O livro aponta também a incerteza em que homens e mulheres estavam vivendo no período pós-guerra (2ªGM), a ponto da população enxergar em grandes ditadores como Hitler, Stalin e Mussolini, pontos positivos no que se tratava de políticas sociais ( criação de empregos no caso de Hitler, e evitar a Grande Depressão na União Soviética no caso de Stalin).

O medo e o descontentamento das classes médias deram origem ao fascismo, vincular as classes médias à democracia novamente era a tarefa mais importante dos políticos pós-guerra. E aos que conseguiram isso, esse sentimento de bem-estar social e prosperidade futura do período pós 2GM, surtiu grande efeito nas principais nações europeias e EUA. O que leva a conclusão de que a confiança e cooperação foram instrumentos fundamentais para a construção do Estado moderno, e que quanto mais confiança havia maior era o sucesso estatal. A confiança, cooperação, taxação progressiva e o Estado intervencionista deixaram às sociedades ocidentais depois de 1945, a segurança, prosperidade, serviços sociais e mais igualdade. Mas com o tempo essa impressão de melhoria viria a ser questionada, mas sem muita reação, e o fato de temer que um bom sistema seja incapaz de se manter já fora transformado em perder a fé no sistema.

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