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O Mito da desterritorialização

Por:   •  21/2/2017  •  Resenha  •  1.137 Palavras (5 Páginas)  •  3.617 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

FACULDADE DE GEOGRAFIA E CARTOGRAFIA

RESUMO ANALÍTICO: O MITO DA DESTERRITORIALIZAÇÃO: DO “FIM DOS TERRITÓRIOS” À MULTITERRITORIALIDADE.

     

   Belém,PA

      2016

O MITO DA DESTERRITORIALIZAÇÃO: DO “FIM DOS TERRITÓRIOS” À MULTITERRITORIALIDADE.

Resumo Analítico apresentado para a disciplina Geografia Política no curso de Licenciatura em Geografia, da Universidade Federal do Pará – UFPA.

Professor Edinaldo Lobato Duarte.

                                                                   

                                                                       Wallace Jordan Sousa Mota (201508440055)

                                                                       Paulo Victor Farias Afonso  (201508440037)

Belém,PA

2016

HAESBAERT, Rogério. “Definindo Território para entender a Desterritorialização”. In: O Mito da Desterritorialização. Do “fim dos territórios” à multiterritorialidade. Rio de Janeiro. Editora Bertrand Brasil. 2004.

Para tentar entender a Desterritorialização, precisa primeiro definir território, mas essa tarefa não é tão simples por conta da complexidade e da polissemia que esse conceito carrega. Por exemplo, a priori se acha duas definições para a Desterritorialização, seja pela fragilização das fronteiras ou pelo fortalecimento de uma “cultura geral”. Em cima dessa polissemia, há uma preocupação em esclarecer as linhas teórico-conceiturais sobre o tema, apesar da grande dificuldade de explanar esse assunto. As ciências humanas a partir de 1960 começam a abordar esse tema em seus estudos, principalmente ligado a Etologia e nesse ramo que saiu resultados mais consistentes, porém outros campos como a Antropologia, História e Ciência Política tentam entrar nesse conceito de Território e Territorialidade, é evidente a precariedade de dialogo interdisciplinar apesar da extensa amplitude do conceito. Apesar dessa amplitude cada estudo é feito em cima de um ponto específico de Território e Territorialidade, ou seja, a Geografia trabalha enfatizando um determinado ponto do assunto enquanto a Ciência Política enfatiza outro ponto diferente e isso acontece com a Economia, Antropologia, Sociologia e Psicologia. Partindo de uma base Etológica, a conceituação de território está ligada a um nível mais psicológico, alguns autores como Deleuze e Guatarri ampliam ainda mais esse conceito como um dos conceitos chave da Filosofia. É sobre essa amplitude do conceito que aparece um dicionário escrito por Roger Brunet que se encontram seis definições de território. E sobre isso há uma síntese que aponta essas definições concebidas em três vertentes básicas: A vertente Política, Cultural e Econômica. Ainda pode-se acrescentar uma base Naturalista mais antiga e longe das Ciências Sociais por que se baseiam para estudo as relações entre Sociedade e Natureza. Além dessas quatro bases, há também duas vertentes onde se discute a conceituação de Território que são O Binômio Materialismo-Idealismo e o Binômio Espaço-Tempo. Numa vertente mais materialista se entende o Território como um conceito mais palpável, mais concreto, físico, separando linhas existentes, as fronteiras. Aparecem algumas definições em dicionários na visão Frances, Latim e Inglês. Na visão naturalista o território é estudado através da Etologia ou na relação sociedade-natureza. Etologicamente, os estudos foram melhores e com isso houve um avanço dos estudos HAESBAERT, Rogério. “Definindo Território para entender a Desterritorialização”. In: O Mito da Desterritorialização. Do “fim dos territórios” à multiterritorialidade. Rio de Janeiro. Editora Bertrand Brasil. 2004.

usando o mesmo método do comportamento animal e  territorialidade animal para o social e humano. Há concepções em cima disso bem construídas de Malmberg, Konrad, Lorenz, Krusk, Waal, por exemplo, que ratificam essa aplicação da Etologia sobre o estudo do Homem. Mais adiante na perspectiva jurídico-política de território o Estado aparece como regulador do espaço e, sobretudo, da atividade política que envolve um determinado território. A relação de poder exercida ao território é frequentemente relacionada ao poder político do Estado, entretanto vale ressaltar que pode haver outras formas de poder aplicadas ao espaço. Através do Estado-Nação podemos compreender a ampla relevância do território para o campo das questões políticas. É no pensamento ratzeliano que observamos a estreita relação entre território e Estado, cabendo ao Estado organizar os sistemas de leis que vão regulamentar as normas de uso de sua extensão territorial. Desse modo, fica evidente o valor do território, o valor do solo, para o desenvolvimento do Estado. No entanto, a visão ratzeliana de território é abrangente, não se limitando, de forma alguma, exclusivamente à entidade material do território. Diante disso, o “espaço vital” de Ratzel também envolve um caráter “espiritual”, o qual traz outro elemento de elevada significância para o organismo político-geográfico: o povo. A participação do povo seria fundamental para o desenvolvimento do Estado-Nação através de sua ligação íntima e simbólica com a terra. Isso deixa claro o amplo sentido do território, dotado de significados e dessa forma observamos o caráter idealista do território. Na perspectiva idealista o valor simbólico e cultural são elementos importantes a serem incorporados na questão territorial, uma vez que a própria Antropologia ajuda a explicar de que forma o povo se relaciona com o seu território e a partir de então devemos destacar o sentimento de pertencimento, além de uma afirmação de identidade cultural como frutos subjetivos dessa relação e de grande relevância para a análise do individuo e do seu espaço. O forte laço afetivo de uma determinada sociedade com o espaço que ela ocupa nos faz perceber a indissociabilidade do princípio material juntamente ao principio simbólico-cultural que se atribui ao território. Nesse sentido, a perspectiva integradora tem por finalidade uma abordagem abrangente, incluindo elementos econômicos, políticos e culturais com o HAESBAERT, Rogério. “Definindo Território para entender a Desterritorialização”. In: O Mito da Desterritorialização. Do “fim dos territórios” à multiterritorialidade. Rio de Janeiro. Editora Bertrand Brasil. 2004

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