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Pólo Tecnológico de Campinas - SP

Por:   •  24/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.612 Palavras (7 Páginas)  •  519 Visualizações

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Campus de Rio Claro – IGCE

Instituto de Geociências e Ciências Exatas

Pólo Tecnológico de Campinas – SP.

                                                       

Raquel Riemma de Siqueira

Thiago Franco Oliveira de Carvalho

Introdução

Dentro do contexto da globalização a economia ganha destaque principal no território, pois este é o palco de atuação das mais diversificadas empresas. Para elas atingirem seu auge de desenvolvimento é preciso organização, tanto da produção quanto das relações sociais de produção. As relações que se dão atualmente entre empresas acontecem das mais variadas formas, isto se deve a forma como o espaço industrial está estruturado.

O presente trabalho visa demonstrar a partir de um estudo de caso, o município de Campinas, situado no Estado de São Paulo, as diversas relações entre empresas, sejam elas de porte pequeno, médio ou grande, dentro do território nacional, mas levando em consideração também as relações internacionais.

Neste estudo, Campinas é caracterizada como Pólo Tecnológico, este pode ser entendido como aglomerações industriais ligadas a setores da alta tecnologia e pesquisa, que possuam infra-estrutura para o seu desenvolvimento científico e tecnológico, como: instituições de pesquisa, universidades, empresas industriais de alta tecnologia, empresas de base tecnológica, e organizações sociais de apoio.

Dessa forma, Campinas apresenta amplas condições para o desenvolvimento do Pólo Industrial, não só em seu seio, como em seu entorno, nas cidades que mantém de alguma forma ligação com o pólo.

Campinas – Pólo Tecnológico

Campinas localiza-se no Estado de São Paulo, sua unidade territorial é de 795,70 km², a população é estimada em 1.045.706 de habitantes. O município possui várias vias de acesso, pro exemplo as rodovias Anhanguera, dos Bandeirantes, Dr. Ademar Pereira de Barros, Santos Dumont, Dom Pedro I, e conta ainda com o Aeroporto (internacional) de Viracopos. O Pólo Regional Tecnológico de Campinas é composto por: Campinas, Paulínia, Jaguariúna, Sumaré, Hortolândia, Monte Mor, Indaiatuba, Valinhos e Vinhedo.

À década de 1960, Campinas já oferecia condições favoráveis à instalação de um pólo industrial e de uma universidade, como a diversificação do mercado local de trabalho, o tamanho do centro urbano, e o leque de serviços oferecidos por ele, a proximidade com a metrópole – São Paulo, a base industrial existente, e as facilidades de acesso (sistemas rodoviário, ferroviário e aéreo) JOIA (2002). A partir da instalação da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, em 1966, o município passou a concentrar indústrias e instalações de alta tecnologia.

Durante a década seguinte ocorreu uma expansão do setor de alta tecnologia, devido ao governo federal, que promoveu políticas específicas de desenvolvimento tecnológico e científico, e também ao governo estadual, por implementar uma política de desconcentração industrial a partir da metrópole paulistana. Houve ainda a participação de empresários ligados à indústria de alta tecnologia, que formaram novas empresas especializadas, geradas por engenheiros ou técnicos, antes atuantes nas grandes empresas, JOIA (1992).

Mas foi durante a década de 1980 que o Pólo se concretizou. Na época os principais agentes promotores de tal fato, foram: a universidade – UNICAMP, prestadora de serviços de pesquisa e desenvolvimento, tanto às empresas locais quanto a outras dispersas pelo território nacional, e fornecedora de mão-de-obra especializada; os cincos institutos de pesquisa e seis unidades de pesquisa e desenvolvimento, geradoras de novos produtos e processos, especialmente nos setores de informática e telecomunicações; e as trinta e quatro indústrias de alta tecnologia, inseridas nesse quadro, JOIA (1992). Nesse período foram implantados dois parques tecnológicos, os Pólos I e II, nos anos de 19881 e 1986, respectivamente. O Parque I tem capacidade para abrigar 49 empresas, e cerca de 70% da infra-estrutura já foi instalada. Como exemplo de indústrias já instaladas no Parque II, temos: CPqD, LNLS, NORTEL Telecomunicações Ltda., XTAL Fibras Ópticas S.A. e a PROMOM Eletrônica S.A.

Para cuidar do gerenciamento dos parques foi criada em 1985 a CIATEC - Companhia de Desenvolvimento do Pólo de Alta Tecnologia de Campinas, empresa de economia mista, e que possui entre os seus objetivos, a implantação de mais pólos ou parques tecnológicos dentro do município de Campinas, administrar os parques e patrocinar o intercâmbio entre empresas, mapear o potencial econômico e tecnológico de Campinas para a elaboração de projetos e busca de recursos, planejar e executar uma política de ciência e tecnologia no território. A CIATEC visa também, atrair empresas de diferentes portes, pequenas e médias.

Ao longo dos anos o Pólo vêm recebendo vários investimentos diretos e outros para aquisição, modernização, ampliação, implantação e expansão das atividades. O capital privado investido tem gênese diversa, sendo em grande parte internacional. Existem diversas associações entre as empresas, exemplo disso são as “joint – ventures”, acordos firmados entre empresas nacionais e estrangeiras, por exemplo, EDISA e Hewlett Packard (EUA), que comercializam produtos da HP no Brasil (setor de informática), e ELEBRA-TELCOM com Alcatel (Espanha) e Northern Telecon (Canadá), que atuam na transferência de tecnologia na área de equipamentos para telecomunicações. Segundo JOIA (1992:72) as conseqüências das “joint – ventures” para o pólo são, “diminuição das atividades de pesquisa e desenvolvimento; aumento das atividades de montagem e comercialização; e aumento das relações com as matrizes, no exterior, alterando as estratégias comerciais das empresas locais”.

Para haver um pólo tecnológico são necessárias três condições principais: a universidade, os centros de pesquisa e as empresas de alta tecnologia. A UNICAMP é responsável pela formação e capacitação de mão-de-obra especializada, e pelo desenvolvimento de pesquisas básicas e aplicadas, realizadas em seu seio, a universidade conta com cindo áreas básicas para o desenvolvimento de projetos, informática, biotecnologia, química fina, energia e novos materiais. Devido ao seu caráter “pesquisador” a UNICAMP firmou diversos acordos com empresas públicas e privadas.

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