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RESENHA - "O campesinato brasileiro: uma história de resistência"

Por:   •  10/12/2018  •  Resenha  •  828 Palavras (4 Páginas)  •  1.385 Visualizações

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Obra de:

WANDERLEY, Maria de N. Baudel. O Campesinato Brasileiro: uma história de resistência.

RESENHA

A autora Maria de Nazareth Baudel Wanderley é professora aposentada da Unicamp, professora colaboradora do PPGS/UFPE e bolsista do CNPq. Na obra em questão trata sobre a “amnésia social” do campesinato para a sociedade, confrontando às grandes propriedades monocultoras e agroexportadoras.

Wanderley divide seu artigo em nove tópicos, a Introdução; As formas precárias de acesso à terra: a posse precária e o sistema de morada; A modernização da agricultura: descampesinização e campesinização; Conceituação do campesinato: uma disputa política por reconhecimento; Perfil atual da agricultura familiar no Brasil; A pobreza rural; “Franja periférica”, “pobres do campo”, “camponeses”: olhares distintos, políticas diferenciadas; Conclusões e Referências bibliográficas. Destaca-se também as palavras-chaves: campesinato, agricultura familiar, pobreza rural, desenvolvimento rural.

Na sua introdução, a autora define o campesinato como uma forma social de produção, de caráter familiar na atividade produtiva e no modo de organização do trabalho, sendo assim uma maneira de viver e trabalhar no campo, correspondente ao seu modo de vida e cultura. Há a contextualização do campesinato no Brasil, a partir do recurso histórico, focando nas estratégias de resistência camponesa à atividade agrícola.

Quando se fala sobre as formas precárias de acesso à terra, a escritora aborda a historicidade da posse de terra no país, registrando a grande diversidade de modalidades de cessão precária da terra. Resume-se deste modo que a subordinação dos camponeses passa a ser muito mais intensa no âmbito comercial do que propriamente sobre o acesso à terra.

Tratando sobre a modernização da agricultura, a autora apresenta duas dimensões centrais: a subordinação da atividade agrícola às exigências dos setores dominantes da indústria e do capital financeiro e a ocupação das fronteiras agrícolas por grandes empresas. Apresentando vários pontos, a ideologia conservadora militares e suas práticas autoritárias deram aval à modernização conservadora no país, já a redemocratização, introduziu no debate da sociedade novas ideias e propostas de novos modelos de agricultura. Com isso, há a discussão sobre o reconhecimento de que as unidades familiares podem promover o desenvolvimento agrícola.

Em “Conceituação do campesinato: uma disputa política por reconhecimento”, aponta-se a grande diversidade de realidades e identidades no campo, as diferentes formas de se relacionar com a cidade, com o Estado e com o mercado. Todas as identidades citadas se correlacionam por serem produtores agrícolas vinculados a famílias e grupos sociais em função da referência ao patrimônio familiar.

Ao se abordar sobre o perfil atual da agricultura familiar no Brasil, dá-se as formas de quantificar a realidade rural brasileira, e as dificuldades de encontrar maneiras de diferenciar as unidades familiares do conjunto dos estabelecimentos agrícolas. Com a evolução das pesquisas e quantificação dos dados que a autora apresenta, se confirma a contribuição marcante da agricultura familiar, associando suas dificuldades no que se refere à concentração fundiária história no Brasil.

Wanderley traz também a realidade da pobreza rural no país, abordando sobre estímulos governamentais visionários à saída do país dessa situação, sem desvincular a

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