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Resenha Holocausto Brasileiro

Por:   •  10/8/2017  •  Resenha  •  5.691 Palavras (23 Páginas)  •  613 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITARIO DE JOÃO PESSOA – UNIPÊ

CURSO DE PSICOLOGIA

ILMA ROSA DE SOUZA POLMAN

PSIQUATRIA I :  HOLOCAUSTO BRASILEIRO

JOÃO PESSOA - PB

2017

ILMA ROSA DE SOUZA POLMAN

PSIQUIATRIA I : HOLOCAUSTO BRASILEIRO  

                                        

Resenha sobre o livro Holocausto Brasileiro    para a disciplina Psiquiatria I  do curso de Psicologia ,  do Centro Universitário de João Pessoa – UNIPE  - Orientadora:  professora Manoellyne Cipriano da Silva Cordeiro.

JOÃO PESSOA - PB

2017

Uma dor silenciosa e ao mesmo tempo gritante pairou          no ar e  no recôndito do meu ser, durante a leitura dos relatos do cotidiano de homens, mulheres e crianças que foram enviados ao campo de concentração chamado Colônia, incluindo também os relatos daqueles que ali trabalharam e testemunharam os horrores   pesquisados   pela persistente e guerreira Daniela Arbex . Impressionante como a frieza e a indiferença toma conta de nós individualmente ou enquanto sociedade, desumanizados pelo sistema e  pela vida que levamos.

O cotidiano dos prováveis cuidadores e toda rede de funcionários e envolvidos direta e indiretamente no funcionamento da Instituição, considerada o maior Hospício do Brasil o Colônia, em Barbacena - Minas Gerais,  retrata  a crueldade, frieza e banalização para com a vida de todos os indivíduos que infelizmente foram conduzidos à revelia para aquela instituição.

 É com muita coragem em lutar para mostrar a realidade enfrentando o sistema e convivendo com o cotidiano dentro da instituição, que  a imprensa relata fatos  reais que retratam a vida de horror dos “Pacientes” do Hospital Psiquiátrico Colônia em Barbacena. Com  18.250 dias de funcionamento,    60.000 pessoas morreram entre os muros daquele lugar hostil, o hospital  Colônia , dentre muitos ou eram  enviados covardemente,  enfiados  nos vagões do TREM DOS LOUCOS e internados à força epiléticos, alcoolistas, homossexuais, prostitutas, gente que se rebelava, gente que se tornara incomoda para aqueles que tinham mais poder, meninas grávidas e violentadas pelos seus patrões, mulheres as quais os maridos queriam substituir pelas amantes, indivíduos com documentos extraviados, , crianças tímidas, esquizofrênicos, e outros variados tipos que incomodavam na sociedade ou em seu âmbito familiar, inclusive dentre esses, 33 eram crianças em meio a esse turbilhão de pessoas alheias ás condições uns dos outros, acontecendo alguns casos em que funcionarias como Marlene Laureano, que entrou no hospital e   que conviveu mais de 40 anos com toda essa dor, e apesar de mante-la em siIêncio para hospital com atendente psiquiátrica e teve que suportar o horror e  mesmo amedrontada conseguiu  promover reencontros entre pacientes e sua familias que estavam alheias ao que ocorriam ao seu familiar muitas vezes considerados desaparecidos. Desta maneira desconstruiu regras, vendeu humanidade onde se enxergava discórdia. Através da Estação Bias Fortes, chegavam os “Trens de doidos”, assim chamado por Guimarães Rosa, porém em uma condição desumana , chegando ao ponto de sser comparada aos judeu levados aos campos de concentração nazistas

Logo após apresentação do Colônia, o capítulo se volta para a descrição da chegada dos internos pela estação Bias Fortes, onde chegavam os “trens de doidos” como Guimarães Rosa os chamava, a situação triste e precária da chegada dos internos – separados por sexo, idade caracteristicas físicas, perdendo assim sua identidade e portanto, comparados aos judeus lavados para os campos de concentração nazistas. Na chegada os internos eram separados por sexo, idade e até mesmo características físicas onde ali perdiam sua identidade e humanidade.

A investigação e acompanhamento, evidenciou que a política e economia de Barbacena crescia através do Colônia.

Dentre alguns,cabo,  um dos sobreviventes a internação nem sequer sabia porque  fora levado para lá, o qual teve dificuldade de se readaptar ao mundo após sua saída. Os internos levavam choques, que muitas vezes resultavam em morte, chegando ao cumulo de transcender ao suporte da carga elétrica que a cidade possuía.

Chiquinha no era interna mais ajudava sua mãe

Destaca a crueldade dos choques que eram dados aos internos, que às vezes resultavam em morte, havia dias em que nem a energia elétrica da cidade aguentava a carga.

O capítulo se encerra retratando a relação de Chiquinha, uma criança que desde pequena se vê no Colônia auxiliando sua mãe a servir os internos, e uma interna, Conceição que fora internada por reivindicar seus direitos, e no colônia sendo vítima do descaso indignou-se e desafiou o diretor do hospital, tal acorrido fez com que a interna ganhasse o respeito amizade de Chiquinha a impulsionando a tornar-se diretora do Sindicato Único de Saúde representando 20 mil servidores mineiros .

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ARBEX, Daniela. Holocausto Brasileiro. 1. Ed. - São Paulo: Geração Editorial, 2013.

VIANA, Camila Santos. ALMEIDA, Andréia Cristina S. ESTIGMAS E PRECONCEITOS ACERCA DA PESSOA COM TRANSTORNO MENTAL.   Disponível em:

ESTRUTURA DA OBRA

A obra é dividida em prefácio e quatorze capítulos onde são registrados em depoimentos, testemunhos e imagens do que se passava no Hospital colônia em Barbacena.

RESUMO DA OBRA:

A obra tem como objetivo retratar a experiência de quem viveu, testemunhou e trabalhou no Hospital Colônia, o maior hospício do Brasil em Barbacena. Com o livro a autora devolve nome, história e identidade aos pacientes que ali viveram. A obra inicia fazendo uma breve introdução de todo seu conteúdo e então é dividida em quatorze capítulo, a seguir descrevo-se resumidamente a declaração em cada um deles:

- O capítulo inicia contando a história da chegada de Marlene Laureano ao Colônia, uma recém contratada como atendente psiquiátrica, e como seu sonho de emprego torna seu maior pesadelo. Logo após retrata a falta de critério médico para as internações cujo 70% delas não eram de pacientes com doença mental e sim de pacientes com condições normais a vida humana como desafetos, tristeza, pobreza, homossexualidade ou até mesmo não possuir documentos, tais internações eram tidas como uma limpeza social.

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