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Resíduos Sólidos DF

Por:   •  20/8/2016  •  Resenha  •  873 Palavras (4 Páginas)  •  141 Visualizações

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Saneamento básico e resíduos sólidos- Brasília sustentável

Brasília foi inaugurada em 1960 e planejada para ser uma cidade com funções limitadas e população restrita, porém logo nos primeiros anos de fundação apresentou grande crescimento demográfico. Além de funcionários públicos civis e militares transferidos para nova capital, vieram também profissionais liberais e migrantes de todo o Brasil em busca de novas oportunidades na “Capital da Esperança”. O Plano Piloto não dava conta de absorver toda essa população, à vista disso as pessoas mais pobres foram morar em acampamentos e invasões que mais tarde tornaram se favelas. Para soluciona esse problema, foram criadas quatro cidades satélites; Taguatinga, Sobradinho, Gama e Guará. A imigração continuava a crescer em ritmo acelerado nas décadas de 1989 a 1994, sendo assim foram surgindo novos projetos habitacionais e de distribuição de lotes pelo governo resultando na criação de mais cidades satélites e da região denominada RIDE – Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e do Entorno, formada pelo DF e por 22 municípios dos estados de Goiás e Minas Gerais.

Inevitavelmente junto a isso cresceu a quantidade de lixo produzido em no DF. Ao todo, cerca de 70 mil toneladas de lixo produzidas por mês têm apenas uma destinação: o Lixão da Estrutural. A superlotação deste têm causado grandes impactos ambientais. Entre eles a formação do chorume, que por sua vez polui o solo, lençóis freáticos e águas superficiais.

Esse líquido percolado altamente tóxico é composto por substâncias orgânicas (principalmente carbono e nitrogênio), além de materiais inorgânicos, como  mercúrio, cobre, chumboarsêniocádmiocobalto e cromo. Apresenta, ainda, uma elevada concentração de demanda biológica de oxigênio (DBO) e o aumento desse índice indica a ocorrência da decomposição anaeróbia da matéria, o que leva à produção de gases tóxicos como metano, gás carbônico, amônia, fenóis e outros. Seu pH fica entre 7,5 de 8,6.

O solo típico do Distrito Federal é o latossolo, caracterizado por ser não hidromórfico, profundo, arenoso (argiloso) e permeável, sendo bem drenado o que resulta na lixiviação do mesmo. É, em geral, ácido com pH entre 4,0 e 5,5 e teores de fósforo disponível extremamente baixos, resultando numa baixa fertilidade. Esse tipo de solo em contato com o chorume causa sua contaminação. Esse processo é mais intenso é mais nas áreas onde as técnicas de impermeabilização não são adotadas ou são mal utilizadas. As altas concentrações de íons do latossolo e cloretos do chorume causam a desestruturação das partículas da argila, aumentando a permeabilidade do solo, facilitando a penetração do chorume e consequentemente a contaminação dos lençóis freáticos. A área de Brasília é composta por bacias dos rios Paraná, Tocantins-Araguaia e do rio Preto. Este último faz parte da bacia do tão valoroso Rio São Francisco, e a contaminação destes rios, causaria um desequilíbrio ambiental eu afetaria grande parte do Brasil.

Segundo o Jornal de Brasília: “O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) instaurou um procedimento para acompanhar possíveis impactos ambientais após vazamento de chorume, líquido gerado da decomposição do lixo, oriundo do Lixão da Estrutural. A 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e do Patrimônio Cultural (Prodema) verificou a necessidade de apurar o comprometimento sanitário da produção agrícola nas chácaras vizinhas ao local. Por apresentar grande concentração de metais pesados e substâncias tóxicas, o chorume é altamente poluente.”

Esta gestão de resíduos sólidos do lixo na capital federal gera também graves problemas de saúde pública, tais como: contaminação do solo e, consequentemente, dos produtos agrícolas produzidos nas proximidades; proliferação de vetores transmissores de doenças; além de poluição visual e mau cheiro.

Uma forma eficaz para resolução desse problema é a opção por aterros sanitários sérios, onde o local é bem preparado, o solo é corretamente impermeabilizado, além de possuir um sistema de tratamento do chorume e dos gases produzidos no processo de decomposição dos materiais. Esse biogás pode ser utilizado como fonte energética, dependendo da quantidade é capaz de abastecer uma pequena unidade, como a própria estação de tratamento.

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