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A Dona de Casa no Espaço Parisiense séc. XIX

Por:   •  1/9/2019  •  Resenha  •  442 Palavras (2 Páginas)  •  489 Visualizações

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A dona de casa no espaço parisiense no século XIX

A sociedade do século XIX não poderia crescer e se reproduzir sem esse trabalho não contabilizado e não remunerado da dona de casa. Nas crises a atividade feminina aumentava, pois era preciso compensar o salário inseguro do pai de família. Esse “salário de tocados” vem de atividades no setor de serviços: faxina, lavagem de roupas, entregas, além do pequeno comercio das mulheres com bancas ou das vendedoras a domicílio de artigos variados.

As donas de casa circulam por tudo, para elas as ruas não são apenas um corredor de circulação, mas também um meio de vida. Um dos meios de conseguir recursos para as pessoas do povo e se fazer camelô, ou seja, alguém se apropria de um trecho da rua e expõe a sua mercadoria. Nesse quesito as mulheres se sobressaiam, os pequenos comércios e pequenos ofícios eram as suas contribuições.

Porém havia uma segregação crescente no espaço, por exemplo, a burguesia daquela época excluía da política os operários e as mulheres. E os operários quando reivindicam o acesso na esfera política, reproduzem o modelo dos burgueses, excluindo as mulheres. Os lugares que as mulheres deveriam ocupar, era os hospitais, escolas, creches, igreja e cemitério. Por isso que para as donas de casa as escadas, as vizinhas, os pátios e os locais de água eram cruciais.

Os lavadouros era o ponto de encontro das mulheres. A lavagem de roupa de casas burguesas ocupava um exercito de lavadeira especializadas. Os lavadouros foi uma instituição tardia, pois na Paris do séc XIX lavava-se roupa em qualquer lugar onde tivesse água, nas janelas, nos pátios, nos terrenos baldios e etc. pouco a pouco em virtude da urbanização criou-se locais específicos, as lavanderias públicas.

Existiam três tipos de lavandeiras: lavandeiras profissionais que lavavam para as burguesas; as donas de casa que lavavam a sua própria roupa, e as por peça, que lavavam para si e para uma comerciante ou vizinha. Passam-se muitas coisas nesses lavadouros, primeiro a questão sonora, pois a princípio só ouve o barulho dos batedores, o ritmo diminui e começa ouvir a conversa de uma mulher com sua vizinha, e assim a vozes vão aumentando o volume e superando o barulho dos batedores. As pausas para o café e o almoço era a oportunidade perfeita para os cafeteiros, pasteleiros, cartomantes, cantadores ambulantes irem de lavadouro em lavadouro para ganharem a vida.

Além de intensas trocas, o lavadouro também era um local de solidariedade e de ajuda mutua. Trocavam-se receitas, os endereços uteis, ajudava as mulheres em dificuldades, seduzidas ou abandonadas.

O lavadouro também foi utilizado como tentativa de disciplina para as mulheres rebeldes donas de casa do século XIX.

 

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