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A EDUCAÇÃO ESPARTANA E O IDEAL HOMÉRICO

Por:   •  13/6/2019  •  Dissertação  •  763 Palavras (4 Páginas)  •  195 Visualizações

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Jean Murilo de Oliveira – 1093040

A EDUCAÇÃO ESPARTANA E O IDEAL HOMÉRICO

Atividade do Ciclo I

Centro Universitário Claretiano

Licenciatura em Geografia

Fundamentos da Educação

Profº: Deucyr João Breitenbach

São Paulo

2013

A Educação Espartana e o Ideal Homérico

  1. O texto a seguir se refere ao processo educacional na cidade-estado de Esparta. Este documento histórico nos apresenta as etapas de formação pela qual passavam os meninos espartanos e demonstra a relação desse processo com a defesa do Estado. Após lê-lo, atentamente, relacione-o com as unidades estudadas até o momento e redija um texto, de até duas laudas, indicando a relação existente entre a educação espartana, o ideal homérico e a defesa do Estado.

[...] Ninguém tinha permissão para criar e educar o filho a seu gosto. Quando os meninos completavam sete anos, ele próprio [Licurgo] os tomava sob sua direção, arregimentava-os em tropas, submetia-os a um regulamento e a um regime comunitário para acostumá-los a brincar e trabalhar juntos. Na chefia, a tropa punha aquele cuja inteligência sobressaía e que se batia com mais arrojo. Este era seguido com os olhos, suas ordens eram ouvidas e punia sem contestação. Assim sendo, a educação era um aprendizado de obediência. Os anciãos vigiavam os jogos das crianças. Não perdiam uma ocasião para suscitar lhes brigas e rivalidades. Tinham assim meios de escutar, em cada um, as disposições naturais para a audácia e a intrepidez para a luta. Ensinavam a ler e escrever apenas o estritamente necessário. O resto da educação visava acostumá-los à obediência, torná-los duros à adversidade e fazê-los vencer no combate. Do mesmo modo, quando cresciam, eles recebiam um treinamento mais severoa cabeça, andavam descalços, brincavam nus a maior parte do tempo. Tais eram seus hábitos. Quando completavam doze anos, não usavam mais camisa. Só recebiam um agasalho por ano. Negligenciavam o asseio, não conheciam mais banhos nem fricções, a não ser em raros dias do ano, quando tinham direito a essas "boas maneiras". Dormiam juntos, agrupados em patrulhas e tropas, sobre catres que eles próprios fabricavam com juncos que crescem às margens do Eurotas e que quebravam sem faca, com as mãos [...] (PLUTARCO in PINSKY, 2000, p. 68-69).

R: A relação a qual pode ser feita é que na cidade de Esparta dominava a forma educacional homérica, a qual tinha como fundamento formar heróis para a proteção e o progresso do estado. Contudo, toda essa construção educativa foi realizada com base na mitologia grega, a qual atribui aos deuses características humanas, estes podendo ser bons ou maus, se diferenciando dos homens apenas por serem imortais. Porém, dizia a mitologia, que os homens também poderiam adquirir uma existência eterna: tinham que ser grandes heróis. Assim sendo, criava-se uma enorme rivalidade entre os heróis humanos e os deuses, fazendo com que todos os homens fizessem esforços sobre-humanos para alcançarem este prêmio.

Todo esse método educacional não privava muito pela formação intelectual da população, mas sim que estes fossem úteis para o estado. E toda essa formação já se começa na mais tenra infância dos habitantes através de disputas para fazer com que aqueles que possuíssem características superiores as dos seus colegas se sobressaíssem e fizessem desabrochar seus talentos.

Uma das cidades em que este método de formação permaneceu de maneira integra foi na cidade de Esparta. Onde “o individuo não é concebido na sua dimensão subjetiva, e, portanto, a sua formação tendia, sobremaneira, a beneficiar o estado.”( KRASTANOV; CORRÊA, 2012, p. 52). E assim como era o ideal homérico de transformar os homens desde a infância já em heróis para o estado, o método espartano era realizado da mesma maneira, como tivemos a oportunidade de ler no documento Histórico acima. A saber, a partir dos sete anos a criança abandonava a família e era posto em um regime de tropas, onde o sistema educacional era submetido a uma série de normas em regime comunitário. O que se sobressaísse sobre os outros em inteligência e nos combates realizados tivessem mais entusiasmo pela luta era colocado como comandante de tropas neste tipo de recreação, sendo fortemente observado por seus formadores. Estes professores não perdiam a oportunidade de provocar intrigas, rivalidades e competições entre os jovens, fazendo assim com que desabrochasse a intrepidez, a audácia e o ímpeto pelo combate. Deste modo, era uma formação de homens feitos para servir, defender e honrar o seu próprio estado até a morte.

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