TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A Graduação em História Licenciatura

Por:   •  23/10/2022  •  Resenha  •  623 Palavras (3 Páginas)  •  57 Visualizações

Página 1 de 3

Universidade do Estado da Bahia – UNEB

Jacobina - BA

[pic 1]

UNEB - DCH - CAMPUS IV

Graduação em História Licenciatura 2022.2

Disciplina: Português

Docente: Joabson Lima

Discente: Aislan Nascimento Alves Pedroza

Comentário sobre dois documentários: Quem matou Eloá? (who killed Eloá?)[1], Direito e Saúde: o caso de Alagoinha (parte 1 e 2)[2].

Após a análise dos dois comentários, é inegável o reconhecimento de um assunto muito presente nas narrativas e nos fatos históricos ao longo das sociedades no tempo: o feminicídio. O controle e o domínio dos homens sobre os corpos e as sexualidades das mulheres sempre foi bem presente desde que a sociedade patriarcal se fez dominante, reprimindo, silenciando, excluindo e objetivando. Assim, para se desenvolver melhor o pensamento, tem-se como exemplo o caso da Eloá e da menina de 9 anos de Alagoinha.

Diante disso, vale refletir que o perigo e o risco de violência que as mulheres sofrem, nem sempre vem de homens desconhecidos, muitas das vezes são os seus próprios parceiros, pais, amigos e familiares. No entanto, o caso da Eloá é um exemplo, pois esta foi sequestrada, juntamente com a sua amiga, pelo seu ex namorado, agredida e morta por ele, pelo simples fato do jovem não ter aceitado o término da relação. Entretanto, esse caso não só se baseia nisto, houve muitas romantizações da mídia sobre esse fato, um rapaz ciumento, abusivo e assassino, foi considerado um ‘’louco’’ de amor, um ‘’crime de amor’’ que não soube aceitar a liberdade da Eloá de querer estar com ele ou não, que, segundo a mídia, ‘’seria mais fácil a Eloá perdoa-lo e voltar’’ para o agressor.

Além disso, o caso da menina de 9 anos, em 2009, no município pernambucano de Alagoinhas, só complementa o que foi exposto aqui, pois esta, além de ter sofrido estupro do padrasto e ficado grávida de gêmeos, a irmã de 14 anos também foi estuprada. A pressão da mídia, da igreja e das ‘’moralidades’’ fizeram de tudo para impedir o aborto que a menina estava para fazer, pois a gravidez era de risco. No entanto, a questão a se tratar sobre os controles dos homens e da igreja sobre o corpo daquela criança, sendo dita pelo padre que ‘’o estupro é um pecado, mas o pecado mais grave ainda é o aborto’’[3]. Com isso, demonstra que não é um fato que é baseado na moralidade ou religiosa, é um fato que tem que ser levado em consideração como um direito humano e saúde pública, pois muitos focam no feto em gestação mas não tem a compreensão do peso no psicológico, na saúde e de morte que poderia ocorrer com a criança se continuasse a gestação.

Logo, conclui-se que o feminicídio, vindo da doença chamado ’machismo’, enraizado na sociedade, deve-se ter uma maior atenção, pois quase é inexistente figuras masculinas na história serem mortas, agredidas e abusadas apenas por serem homens. Sendo assim fundamental refletir e levar à sociedade que os corpos femininos são livres e suas sexualidades também, e que deve aprofundar o zelo (de maneira jurídica e de proteção da mesma) desses corpos, para que crianças, moças e mulheres como a menina de Alagoinha e a Eloá não venham passar por essas mesmas situações, sendo acolhidas psicologicamente, obtendo a educação sexual devida sobre os seus corpos na escola e a disponibilidade para se terem acessibilidades dos seus direitos garantidos com justiça, para se resistir sobre um governo, sociedades e ideologias que tentam controlar e transforma-las em objetos e retirar as suas humanidades.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (3.8 Kb)   pdf (99.4 Kb)   docx (33.3 Kb)  
Continuar por mais 2 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com