ANÁLISE DO CAPÍTULO IX DO LIVRO IX DA OBRA HISTÓRIA ECLESIÁSTICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CATALÃO - UFCAT

UNID.ACAD.ESP/HIST. E CIENCIAS SOCIAIS

CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA

MATHEUS DE ARAÚJO BISPO

TALES CAIXETA DA SILVEIRA

JOÃO PAULO INÁCIO PEREIRA

ANÁLISE DO CAPÍTULO IX DO LIVRO IX DA OBRA HISTÓRIA ECLESIÁSTICA: Da morte catastrófica dos tiranos e palavras que pronunciaram antes de morrer

Catalão

2018

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MATHEUS DE ARAÚJO BISPO

TALES CAIXETA DA SILVEIRA

JOÃO PAULO INÁCIO PEREIRA

ANÁLISE DO CAPÍTULO IX DO LIVRO IX DA OBRA HISTÓRIA ECLESIÁSTICA: Da morte catastrófica dos tiranos e palavras que pronunciaram antes de morrer

Trabalho referente à 1ª avalição da disciplina história da alta idade média ocidental, do curso de licenciatura em história da universidade federal de catalão – UFCAT.

Prof. Dr. Teresinha Maria Duarte

Catalão

2018

SUMÁRIO

1 Crítica externa        3

2 CRÍTICA INTERNA        4

2.1 Explicação do documento        4

3 Conclusão        6

REFERÊNCIAS        7

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1 Crítica externa

O documento a ser analisado é o capítulo IX do livro IX da obra de Eusébio de Cesaréia: História Eclesiástica, intitulado: Da morte catastrófica dos tiranos e palavras que pronunciaram antes de morrer. Na obra o autor utiliza um modelo próprio de narrativa que evidencia a composição de uma identidade cristã, para Medeiros (apud MOMIGLIANO, 2004, p. 196) “Nessa obra, Eusébio pretende narrar a trajetória do cristianismo, desde suas origens até a sua contemporaneidade, valendo-se de um modelo próprio de narrativa, dotada de aberta apologia, formado a partir de suas fontes, sobretudo no Antigo Testamento, em Atos dos Apóstolos e nos escritos de Flávio Josefo”. Medeiros (apud MOMIGLIANO, 2004, P.198) afirma, “A obra foi escrita originalmente em grego, é um documento paleográfico transcrito para o latim pelo monge Tirânio Rufino, que viveu entre os séculos IV e V, sendo a versão mais consultada durante a idade média, inclusive por Martinho Lutero”.  A versão do documento utilizada para se fazer a análise é da História Eclesiástica traduzida por Wolfgang Fischer, da editora Novo Século, em São Paulo, no ano de 2002, contém informações sobre o autor e a obra no prefácio, obra com 223 páginas. Eusébio, nascido em cerca de 270, faleceu por volta de 339/340, não se sabe onde ele nasceu, tendo passado a maior e mais importante parte de sua vida em Cesaréia, na época era a maior cidade romana da palestina, de família desconhecida, mas certamente cristã, não fala de si mesmo em sua extensa obra, foi bispo de Cesaréia de 313 ou 315 em diante. Ao todo, sua obra contém livros históricos, apologéticos, exegese bíblica e doutrinários. Escreveu mais de 120 volumes, alguns são conhecidos apenas por traduções, pois a maioria dos originais foram perdidos, restando nada mais do que fragmentos desses. Além de História Eclesiástica, destacam-se, a biografia encomendada por Constantino, denominada “Vida Constantini” e a “demonstração evangélica” como diz (MEDEIROS apud FRANGIOTTI, 2000). O contexto histórico em que Eusébio de Cesaréia estava inserido é o de crises, incertezas e perseguições empreendidas contra os cristãos no império romano por volta do século IV, inclusive elabora descrições acerca do imperador constatino, seu contemporâneo, descreve Medeiros (2012). Portanto, Além da crítica externa a análise do referido documento será composta pela crítica interna, onde será feita uma explicação mais detalhada sobre a relação entre o imperador Constantino e a expansão do cristianismo no império Romano, com as devidas referências bibliográficas, por fim a conclusão.

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2 CRÍTICA INTERNA 

2.1 Explicação do documento

Flávio Valério Constantino, imperador entre 306 e 337, identificado como mártir por Eusébio de Cesaréia, foi o primeiro imperador cristão, colocou fim às perseguições contra os cristãos utilizando de seu poder político para suprir dissensões na igreja. Eusébio era descontente com o relacionamento dos cristãos e a vitória do cristianismo através de Constantino, mas teve de se curvar à sua versão autorizada pelo credo. Medeiros (2012) destaca sobre as perseguições contra os cristãos, que foram lideradas pelos imperadores Maximino, Maxêncio, Licínio e Galério, se refere ao imperador Maxêncio na batalha que não acontecera concretamente, conhecida como a batalha da ponte do Mílvio. Licínio era imperador no oriente, em Milão fez um acordo com Constantino, porém restringiu as cerimônias cristãs no perímetro urbano, Constantino partiu para o oriente em defesa dos cristãos, e em 324, na conhecida batalha de Crisópolis, expressando seu compromisso com a fé cristã, sai vitorioso da cidade de Bizâncio.                         

O governo de Constantino foi próspero e de grande importância para o cristianismo, instaurando-o por toda a extensão do império Romano e indo mais além, por todos os territórios que tivera influência ao passar dos séculos.

Naturalmente que para o avanço do cristianismo no seio do Império

intervieram inúmeros fatores, incluindo a habilidade dos sacerdotes

cristãos em fornecer respostas aos anseios da população ao conjugar

elementos extraídos da cultura e do imaginário pagãos com os cânones da fé que professavam. Entretanto, defendemos a hipótese segundo a qual a

ascensão do cristianismo que redundou, ao menos no Ocidente, em cerca

de um milênio de notável influência católica sobre o modus vivendi

medieval, se encontra conectada a um intrincado processo de associação

entre o Estado romano e a Igreja. Tal associação implicou, por um lado, a

produção de uma identidade que poderíamos definir como romano-cristã

e, por outro, a emergência de uma representação que concebe o “outro”, a

alteridade, sob o crivo político-religioso. (SILVA, in NOBRE, CERQUEIRA

& POZZER, 2005, p. 168)