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Antropologia Centro de Ciências Humanas e Sociais

Por:   •  20/10/2021  •  Dissertação  •  2.433 Palavras (10 Páginas)  •  99 Visualizações

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Universidade Federal Do Estado Do Rio De Janeiro

Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH

Licenciatura em História - EAD

Unirio/Cederj

APX1 - 2021.2

Disciplina: História e Antropologia

Nome:

Matrícula:

Polo:

1) Discuta as principais correntes teóricas do pensamento antropológico que marcaram a consolidação desta disciplina no campo das Ciências Humanas. Em seguida, verifique qual seria a corrente antropológica da qual o vídeo “Encontro de Saberes” mais se aproxima (justifique utilizando argumentos do próprio vídeo).

        Conhecido como um período de grandes transformações, o século XIX, ou Belle Époque, foi um momento em que a Europa obteve um grande desenvolvimento econômico, cultural e científico, além de ser um período marcado por diversas correntes de pensamento na qual enfatizava interpretações racionais de fenômenos naturais e sociais.  

        Dentre as principais correntes teóricas do pensamento antropológico, podemos destacar o Evolucionismo, não restrita apenas as ciências humanas, o movimento evolucionista tinha a ideia de que a sociedade humana deverá ser comparada entre si através de seus costumes, sendo sua análise isolada entendida como ilustrações de um estágio sociocultural específicos, tendo suas origens, uma substância e um fim. Desde o advento Iluminista, a sociedade se organizava cada vez mais através da técnica e da razão, de forma linear, irreversível e com eventos, podendo ser tomadas como causa e outras como consequência desse movimento, buscando sempre descobrir leis gerais que ordenavam as transformações sociais.

        Em tese podemos dizer que Evolucionismo é uma teoria elaborada e desenvolvida para explicar as alterações sofridas pelas diversas espécies de seres vivos ao longo do tempo, em sua relação com o meio ambiente onde elas habitam, sendo ela um processo natural e necessário.

        Muito semelhante ao movimento evolucionista, ainda no fim do século XIX, o Difusionismo surge com suas próprias ideias acerca da vida social. É uma corrente antropológica na qual coloca o fenômeno da difusão, um processo pelo qual os elementos culturais são adotados e se expandem para além da sua área cultural de origem, ou seja, de acordo com o difusionismo, a mudança sociocultural processa-se essencialmente através de contatos entre culturas, e a humanidade evolui mais por imitações e transmissões de diversos tipos de conhecimento, do que por invenções. Assim, a inovação irradia lentamente a partir do seu ponto de origem, podendo este princípio ser aplicado à ciência, à tecnologia, às artes, à cultura ou à religião, podemos dizer então que a evolução social é dinamizada pelo contato entre as diferentes culturas e povos.

        Existem diversas formas de se construir o conhecimento, e uma delas por meio empírico, onde os saberes tradicionais são adquiridos através da vivência. Hoje no Brasil, há várias comunidades espalhadas que aprendem dessa. Para conciliar o saber acadêmico tradicional, as universidades vêm se aproximando dessas comunidades. No vídeo “ENCONTRO DE SABERES”, o professor coordenador do Instituto de Inclusão do CNPQ, José Jorge Carvalho nos mostra que o conhecimento adquirido de fenômenos naturais é o “resultado de uma observação minuciosa da natureza dos astros, da flora, da fauna, dos rios, das florestas, do deserto, do gelo, de todas as regiões, dos fenômenos naturais e psicológicos, internos, com que diferentes comunidades tradicionais enfrentam. Assim como na teoria difusionista nos mostra, o conhecimento é adquirido ao longo de gerações e com processo de transmissão oral muito precisos de modo que esse conhecimento não se perca. Por exemplo, um conhecimento adquirido ao longo do tempo e muito utilizado na indústria farmacêutica é o uso de plantas medicinais para a cura de doenças aprendidas com povos indígenas, quilombolas, afro-brasileiras, dentre outras. Cada comunidade tradicional pode estar contribuindo de alguma maneira, cada qual detendo conhecimentos tradicionais muito sutis, próprios que foram adquirindo ao longo dos séculos, cada uma com suas peculiaridades e especificidades.

        Considerada como a primeira corrente de pensamento a romper com a ideia de que todos os grupos evoluem de forma conjunta de um estágio atrasado e rudimentar até alcançar uma existência coletiva e sofisticada, o Culturalismo defende a importância central da cultura como uma força organizadora nos assuntos humanos, sendo uma abordagem ontológica e epistemológica que buscava eliminar os dualismos, como a crença de que a natureza e a cultura são realidades opostas, permitindo que essa abordagem pudesse definir fenômenos sociais em termos culturais, ou seja, a cultura caracteriza os povos como particulares, não havendo assim uma lei evolutiva generalizada.

        Tendo como principal objetivo explicar a sociedade, as ações coletivas e individuais, a partir de causalidades e funções, o Funcionalismo surgiu como uma alternativa aos modelos evolucionistas e difusionistas. A partir dessa teoria é compreendida como o organismo da sociedade é composta por órgãos relacionados e com funções específicas, ou seja, ela busca entender uma sociedade a partir das suas regras de funcionamento e das diferentes funções nela desempenhadas.  De acordo com os funcionalistas, cada ser inserido na sociedade exerce uma função, e o conjunto de todas as funções permite o funcionamento harmônico da sociedade. Os estudos funcionalistas dos grupos sociais buscam analisar suas instituições e suas regras, como por exemplo, família, religião, crenças, modos de produção e educação.

        Dentre os campos de estudo da antropologia podemos destacar também o estudo dos símbolos culturais e como podemos utilizá-los para obtermos uma melhor compreensão de determinadas sociedades e a necessidade de estudar as culturas através do ponto de vista dos cidadãos nativos daquela região, a fim de captar representações sobre seu cosmo e suas instituições.  A principal inovação trazida por Geertz no estudo da Antropologia Simbólica “foi a ideia de que a cultura não é uma coisa fechada na cabeça das pessoas e aprendida individualmente, mas algo que é manifestado através de símbolos, apresentando assim um caráter coletivo.” (p.158)

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