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Análise do Filme 1492

Por:   •  3/12/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.166 Palavras (9 Páginas)  •  1.362 Visualizações

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Universidade Estadual de Goiás

Unidade Universitária Ciências Sócio-Econômica Humanas

Anápolis, 29 de junho de 2015

Aluna: Julieny Oliveira Espindola

Análise Crítica do Filme: 1492 A Conquista do Paraíso

Anápolis, 2015

Resumo sobre o diretor do filme:

        A direção do filme tem como frente Ridley Scott, que em meados de 1960 trabalhou para a BBC como designer de cenário, uma experiência que influenciou em muito seu trabalho subsequente como diretor. Scott logo passou a diretor de TV, trabalhando em episódios de séries como "Z Cars" e "The Informer". Em 1967, ele deixou a BBC e passou a maior parte de seus dez anos seguintes fazendo centenas de comerciais de TV através de sua produtora de comercias, RSA (Ridley Scott Associates). Scott posteriormente obteve grande sucesso crítico e comercial com "Thelma & Louise (1991)". Sobre os esforços subsequentes de Scott, quanto menos se comentar sobre seu épico de Colombo melhor: "1492 - A conquista do Paraíso (1992)". Esta bomba ofereceu algumas visões agradáveis, mas o elenco internacionalmente desconhecido falhou em dar vida ao drama. O filme seguinte de Scott, "Tormenta (1996)", representou uma melhora, mas ainda assim falhou em agradar o público e a crítica.

  • Tópico I:

Identifique os elementos caracterizadores do contexto histórico europeu e americano presentes no filme nos aspectos econômicos, sociais, culturais, políticos e religiosos. Não copie de autores cujas informações e comentários você tenha lido eventualmente.

        

O filme se passa na Espanha, século XV marcado pelo expansionismo europeu e sua rota de tráfego que se estabelecia entre a Índia, ponto este que é a representação de sua economia que, no caso era o capitalismo mercantil utilizando da busca de novas terras para absorver riquezas na intenção do seu enriquecimento. Portanto a existência das relações portuárias. A Europa passava por um contexto do qual apresentava dificuldades em suas rotas e além das crises que passaram no final do século XVI, fez com que surgisse uma burguesia ampliada na figura do rei, logo formando Estados Nacionais. Tendo como reflexo disso Portugal e Espanha que, ambiciosos em seus interesses como forma de expandir e obter o maior lucro necessário supriu suas necessidades na expansão de seus negócios.

A religião que se baseava naquele período era o catolicismo, presente de forma rigorosa nas relações estabelecidas entre os homens, exercendo tal grande influência com o Estado que, pode ser vista no começo do filme a presença de mortes em praça pública de todos aqueles que iriam contra os mandamentos da igreja, tal qual esse exemplo se da à Inquisição. Era uma forma de manter as pessoas firmes aos dogmas católicos, além da integração a nacionalidade, fato também visto na queda de Granada, justificando ainda mais o conceito da nacionalidade e para referir a Espanha, como foi o primeiro a programar uma política baseada na formação de um Estado Moderno. A sociedade era composta por diversas pessoas com nacionalidades diferentes, pois por ser um local ponto destas relações marítimas seria foco de múltiplas culturas.

A Europa passava por mudanças significativas entre a Idade Média e a Idade Moderna como, Colombo que mostra um homem com pensamento de mudança/rompimento com as leis da igreja e que mesmo assim é bastante católico, tanto que vem do seio da doutrina cristã. Neste ponto quando Colombo recebe a permissão dos reis católicos Aragão e Castela de realizar a expedição, quando se depara com a Ilha a chama de paraíso, pois a influência que a igreja possuía era muita e o contexto histórico que os europeus viviam era de anceio por algo novo que tirasse aquela visão de vários acontecimentos de guerras, pestes e ações que estavam matando pessoas por mínimas atitudes contra o papado.

Assim como cita Jean Delumeau em sua obra a Civilização do Renascimento, “Que os sonhos renascentistas fizeram com que os homens sonhassem em busca do paraíso terrestre e com o descobrimento os levaram a reformular tudo aquilo que se tinha de conhecimento até então” (DELUMEUAU, 1984, p. 288). Colombo trás consigo a expectativa e as dificuldades dos homens do século XV e por isso vê na nova descoberta que chama de Novo Mundo a possibilidade da construção de uma nova Europa que também é dos interesses da burguesia européia, esquecendo todo o contexto cultural, político e social que os povos aqui possuíam. Os indígenas não viam Deus da mesma forma como era representada aos Europeus, contanto que no filme quando Colombo os cita para a nobreza espanhola diz que Deus para os índios estão em todas as coisas que a natureza representa onde não há uma ruptura dele com a natureza. E como o intuito dos europeus era de obter o maior domínio possível sobre esses povos deixaram de lado toda uma identidade que na América já possuía.

        

  • Tópico II:

Há pontos de tensão entre o moderno e o arcaico no filme. Tentem apreender as atitudes, os valores e os símbolos através dos quais essa tensão se expressa.

A relação entre moderno e arcaico se da mediante ao conflito de ideias onde, podem ser relatadas entre Colombo e Moxica. No filme Colombo apresenta a questão da formação do homem através do seu próprio esforço, que ousando se arriscar de forma pessoal no alto mar (símbolo esse da formação do indivíduo, ponto da ruptura do século XV e a formação do ser ligado com a capacidade de ação individual), apresenta um ser também extremamente religioso. Já Moxica é o símbolo da representação da nobreza, marcado pela ideologia do ganho através do esforço de outros e também do acúmulo, tanto que fica irritado quando Colombo o obriga a trabalhar como os demais, sem a visão de uma divisão social.

Outro ponto é a questão da relação estabelecida entre nobres e plebeus, Colombo era um plebeu e que tinha o sonho de poder atravessar o mar e chegar as Índias por outra rota, porém precisa de recursos e apoio, como a questão da influência burguesa estava no seio da ação do rei conseguiu meios para ser patrocinado por Isabel cuja tal devia favores e teve a influência de poder agir e conseguir auxílio para Colombo. Deste modo a visão que os reinos de Aragão e Castela possuíam não eram os mesmo ideários de Colombo, estavam em busca de ouro e formas de “trocas” com a civilização encontrada. Portanto a expedição para as Índias estava rodeada de interesses que ficaram nítidos tanto em Colombo quanto na nobreza européia.

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