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Formação Social, Econômica E Política Do Brasil

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Por:   •  5/11/2013  •  5.588 Palavras (23 Páginas)  •  460 Visualizações

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Curso:

Serviço Social

Disciplina:

Formação Social, Econômica e Política do Brasil

Alunos (a):

A Arte Inconfundível Que Retrata A Realidade De Jean Bastiste Debret

Em 1831, Debret pediu licença ao Conselho de Regência para retornar à França, alegando problema de saúde. Quando volta à França, Debret tratou de elaborar o livro Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, em que reúne obras que retratam a natureza, o homem e a sociedade brasileira do início do século XIX. Nesta época, o Brasil vivia a sua independência e as primeiras revoltas contra o Período Regencial, fatos que mudaram e ajudaram na formação cultural do nosso povo. O principal objetivo de Debret é mostrar que além de ser um país muito bonito, possuía uma riqueza histórica, principalmente relacionada a uma nação em formação. O francês participou de um processo cultural interessante atrelado aos costumes dos homens no Brasil. De um lado, a vida dos portugueses que vinham para o Brasil em busca de nova vida, do outro, a relação dos escravos e, por fim, as particularidades da cultura indígena. O Brasil pintado por Debret por meio de sua obra procurou demonstrar com detalhes e cuidados a formação do Brasil, onde três volumes foram publicados em 1834, 1835 e 1839. Debret utilizou o termo “pitoresco” com a ideologia de precisão, habilidade, talento e qualidade artística que representa e preserva o passado daquele povo. Debret preocupou-se muito com os textos que acompanhavam suas imagens, demonstrando fidelidade ao sentido literário. Esse desejo por parte do Debret em resgatar costumes e acontecimentos do passado brasileiro, evidencia a importância de sua estadia no Brasil durante esses 15 anos.

ANALISE DE ALGUMAS OBRAS:

A vida na corte:

Coroação de Dom Pedro I- Imperador do Brasil.

Está obra compõem o livro Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, é considerada por alguns autores a mais rica revelação feita sobre o comportamento e o modo de ser das diversas classes sociais brasileiras da época. Debret tenta criar uma obra histórica e nos mostra um panorama que extrapolasse a simples visão de um país exótico e interessante apenas do ponto de vista da história natural. É expressar de forma documental a cena, sem ater-se a grandiosidade do acontecimento. Os elementos são retratados de jeito rude e tosco, o corpo dos personagens, embora sejam perceptíveis, são pouco torneáveis. À direita do quadro, encontra-se D. Pedro, com a coroa e o cetro na mão, sentado no trono, recebendo o juramento de fidelidade prestado em nome do povo. Vale salientar que neste quadro, não se sabe, mas om Pedro está de bota de montaria, o que não é normal e nem combina com a solenidade.

O cotidiano do Rio de Janeiro

Negra tatuada vendendo caju

Na obra de Debret, pode-se observar uma mulher, provavelmente escrava, vendendo ou trocando plantas, como de costume entre os negros daquela época. Possivelmente uma arruda, planta normalmente utilizada nos cultos religiosos dos mesmos. À direita, podemos identificar uma mulher negra como uma tatuagem no braço em forma de bracelete, com um cinto amarrado à cintura contendo um molho de chaves penduradas ou algo em forma de amuletos. Seu olhar é triste e aparenta cansaço ou pensamento criador, a sua frente possui uma bandeja de cajus.

O comércio de escravos

Comboio de Café, seguindo para a Cidade

O café, produto conhecido no Brasil neste período há uns 60 anos, era algo lucrativo na província do Rio de Janeiro. Para uma produção de qualidade, era necessário um negro para cada mil pés de café. Suas tarefas eram tirar as ervas daninhas e limpar o tronco do musgo que nele crescia espontaneamente. Depois de colhido, socado e separado, o café era guardado em armazéns, ao abrigo da luz e da umidade.

Quanto ao transporte, era feito por escravos que carregavam sacos de 128 libras, com dois alqueires. Na tela, um capataz entusiasta canta e anima os carregadores. O primeiro é o porta-bandeira, que se distingue dos demais por um lenço amarrado a uma vara. A coluna/fila é guiada pelo capataz que se mune de um chifre de boi ou carneiro, como amuleto que alimenta a superstição e dá força aos negros transportadores.

A riqueza da flora

Vale da Serra do Mar

Nessa tela Debret mostra a flora, dando foco ao colorido da beleza e variedade de plantas que temos, pois o Brasil possui em seu meio ambiente a maior biodiversidade vegetal do planeta, possuindo a maior variedade de vida na Terra, sendo considerada como uma das áreas mais ricas em espécies da fauna e da flora mundial. Tal estilo de obra não era muito comum entre os artistas que vinham ao Brasil para retratar o país, o que aumenta ainda mais o destaque e importância de Debret: a obra não é considerada tão importante apenas por aspectos artísticos, mas justamente pela combinação de interesse em retratar o cotidiano, com a presença de textos descrevendo as litografias. Preocupando-se com o sentido dos textos, Debret os compara, e é por isso que o aspecto historiográfico é colocado em primeiro plano em relação ao aspecto propriamente artístico.

Os costumes dos indígenas e negros

O cirurgião negro

Através de suas obras Debret trazia a existência o retrato da situação real das condições e do dia a dia dessas pessoas. Nas imagens retratadas pelo então conhecido "pintor da história", vemos o convívio e as atividades diárias praticadas pelos indígenas e negros da época. Dentre muitas obras de Debret pode-se observar que apesar da grande influencia e "invasão" de suas terras, os indígenas permaneciam com seus costumes, retratados nas obras. Nas telas pode-se observar claramente que apesar de ter que conviver com outras culturas, ainda utilizavam seus adereços e acessórios de adorno como de costume e mantinham seus rituais de preparações para suas festas. Já os negros não conseguiam manter-se por muito tempo seus hábitos diários, dada sua árdua carga horária de trabalho, mas havia exceções como se observa nas obras a exemplo O cirurgião negro, se tem uma visão clara de que os escravos ficavam nas ruas das periferias fazendo o trabalho

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