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Memória D`África: a Temática Africana em Sala de Aula, Maurício Waldman e Carlos Serrano.

Por:   •  14/2/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  739 Palavras (3 Páginas)  •  586 Visualizações

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Memória D`África: a Temática Africana em Sala de Aula, Maurício Waldman e Carlos Serrano.

                                       

Os autores trazem uma discussão muito importante sobre o Continente da África, englobando todo tipo de preconceito que assola essa região, além de suas lutas e sua ligação com o Brasil, e também um diálogo com o ensino.

Destacando a visão distorcida criada pelo povo Europeu em relação a África, pois era considerado um povo pobre, que não tinha nenhum tipo de civilização e suas culturas se tornavam um grande mal, e isso era considerado algo que não podia ser aceito.

Onde esse tipo de atitude dos Europeus trouxe para África um continente negativo, visto por todos como um povo desqualificado, como era um país diferente, foi considerado por muito tempo um país bárbaro.

Existe também o que o autor chama de afro pessimismo, pois “opera com generalizações, preconceitos e falsas concepções”(p.33), sendo uma forma de submissão do povo africano ao povo ocidental, uma visão estereotipada que se defendeu ao longo dos anos e que não se tem uma preocupação em mudar esse quadro, principalmente no ensino nas escolas.

Mais com sua visão distorcida, os Europeus acabaram desvirtuando sua realidade, colocando a África no lado escuro da história, com suas perseguições e seus desejos ambiciosos de destruição.

Da África tiraram os escravos que viveram no Brasil no período da escravidão, considerados como objetos, são tirados de suas raízes sem nenhum tipo de consideração, ou seja, “durante a escravidão os africanos raramente foram identificados pelo seu grupo cultural, mais sim pelos portos nos quais eram embarcados para a América” (p.97), perdiam totalmente sua identidade ao saírem de suas origens.

Porém esse fato é apagado do ensino, totalmente diferente do que é ensinado nas escolas, apenas um lado dessa história é mostrado, ignora-se totalmente a história africana e seu desenvolvimento durante todo o percurso até chegarem aqui.

Assim é possível perceber a diversidade do povo africano, pois a África é dotada de um processo civilizatório próprio que se diferencia dos demais existentes, sendo denominado de africanizada, por essas e outras razões é necessário ter um outro olhar sobre o continente africano, fazer uma ressignificação sobre a história do povo africano.

É preciso atentar para o conceito de “tradicional” presente na cultura africana, que está diretamente ligada ao resgate da sua identidade, através de suas raízes culturais e históricas.

A sociedade tradicional africana está ligada ao centro familiar, com uma força vital que rege a comunidade, já que a “família constitui o cerne da vida social do continente, conotando-o com suas cores mais características. É justamente a sua existência que permite compreender porque a África tem suportado séculos de agressões contínuas”(p.129), sendo uma ideologia tradicional da família.

Assim a tradição da religiosidade também é muito forte na África, onde se mantém um laço continuo com o espaço e o tempo, pois “no espaço tradicional africano, o binômio espaço-tempo compartilha tamanha cumplicidade, que tornou prescindíveis artifícios regulamentadores externos ás realidade vivida” (p.136), há um envolvimento simultâneo do espaço e do tempo como forma de pensamento tradicional africano.

Essas tradições também se remetem as autarquias, ou seja, são locais que tem sua singularidade se integrando a sociedade tradicional, numa visão de mundo através da busca constante do equilíbrio, na força vital presente em todos os seres existentes.

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