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Migração do século XXI

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Por:   •  17/11/2014  •  Seminário  •  975 Palavras (4 Páginas)  •  169 Visualizações

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As migrações do século XXI

Há cem anos da morte do Bem‐aventurado João Batista Scalabrini, a migração tornou‐se um fenômeno planetário, que envolve com partida, trânsito ou chegada todos os países do mundo. Em nível global, 214 milhões de pessoas vivem fora do próprio país de origem. Entre elas, estão incluídos 15,2 milhões de refugiados e 983.000 requerentes de asilo.

Acrescenta‐se, a este movimento internacional, o número de 27,1 milhões de desplazados, forçados a fugir de uma região a outra, dentro de seu país, e o incalculável número de migrantes internos, que se deslocam, especialmente das zonas rurais, rumo à periferia das imensas megalópoles.

A migração é feita de muitos números e estatísticas que crescem sempre mais, mas, principalmente, é feita de rostos, histórias, esperanças e de muitos “porquês?”, que remetem aos dramas atuais da humanidade. Na era da globalização, a economia visa cada vez mais a transpor as fronteiras de cada país: as forças econômicas, livres de qualquer vínculo aplicado pelas políticas dos estados nacionais, agem autonomamente. A atual ordem econômica global não deixa vislumbrar um futuro de maior justiça, democracia e distribuição dos bens. Ao passo que se difunde no mundo inteiro uma única cultura niveladora, que coloca ao centro o lucro e a lei do mercado, afirmam‐se novas ideologias totalitárias, que se alimentam dos fundamentalismos religiosos e do retorno fanático sobre as próprias raízes étnicas.

O atual e crescente estímulo a emigrar, portanto, tem como causa: o aumento da desigualdade social e econômica entre o Norte e o Sul do mundo; a falta de perspectiva no âmbito da formação e do trabalho para muitos jovens; as catástrofes naturais e ecológicas; o desequilíbrio demográfico entre os diversos continentes; as guerras; a perseguição política, étnica e religiosa; o terrorismo; a violação dos direitos humanos.

Se fortes são os fatores de expulsão, também exercem a mesma força os fatores de atração despertando em muitos o sonho de partir: a difusão, através dos meios de comunicação, do modelo de sociedade do bem‐estar social ocidental; o chamado dos compatriotas que já emigraram; o recrutamento das organizações do tráfico humano.

Simultaneamente, a competição internacional em vista da admissão de técnicos e profissionais de alto nível, dá origem às migrações qualificadas (fugas de cérebros), que empobrecem os países de origem de pessoal necessário para o progresso econômico e social. A humanidade parece dividida em duas categorias: as novas elites supranacionais dos viajantes, que podem alcançar todos os lugares sem prestar atenção a fronteiras e confins, e a grande parte das pessoas, que, ao deslocar‐se, fazem‐no apenas para sobreviver, arriscando a vida para ultrapassar fronteiras, ou ao invés, permanecendo ancoradas a um território, e até mesmo, dentro de espaços delimitados como os campos de refugiados. Com efeito, a liberdade de movimento que hoje vale para os bens financeiros, os produtos e os serviços, não é universalmente reconhecida para as pessoas.

Em toda parte do mundo, a insegurança gera nas populações locais o medo em relação aos

migrantes, e leva os governos a elaborarem leis sempre mais restritivas em relação a eles.

Como conseqüência, assiste‐se ao aumento dos clandestinos (de 2,5 a 4 milhões ao ano). Atualmente, a imigração irregular é, neste sentido, um fenômeno estrutural em todas as regiões do mundo. Disso, especialmente, tiram vantagem as organizações internacionais do tráfico

humano, enquanto quem paga as conseqüências

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