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O ARTIGO FASCINO E NAZISMO NA EUROPA

Por:   •  7/12/2017  •  Artigo  •  1.700 Palavras (7 Páginas)  •  202 Visualizações

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ARTIGO FASCIMO E NAZISMO NA EUROPA

O fascismo surge na Itália como movimento politico autoritário e nacionalista como uma reação a Revolução Bolchevique bem como lutas dos trabalhadores e seus sindicatos que derrotaram os liberais democráticos nas eleições de 1919.

Também pode ser expresso como sentimento de medo e angustia de uma classe média italiana no pós-guerra em crise que fazia pressão por mudanças na ordem politica, econômica e social.

Nesse contexto recebe apoio de industriais e proprietários de terras que temiam a agitação operaria e de setores sociais como a pequena burguesia que não era a favor de ideias liberais e democráticas e os fascistas deixam de ser um movimento para se  tornar um partido politico que culminou tomada do poder na Marcha sobre Roma em 1922.

“Foi no contexto de uma forte crise nacional, portanto, que o fascismo assumiu o poder. Sua vitória, contudo, não foi uma derivação automática da crise, pois história e politica não são equações matemáticas com resultados prontos. O triunfo do facismo não era inevitável: resultou da habilidade do movimento em lidar com os problemas italianos da época, bem como dos erros e da divisão de seus adversários e da cooperação do Estado (apoio financeiro, uso das forças policiais e etc.) Para esse triunfo contribuíram também as classes dominantes, que viram no fascismo a saída para a crise que colocava a Itália a beira de uma revolução socialista”[1]

Ao assumir o poder Mussolini se encontra obrigado a fazer mudanças em seu programa de governo para acomodar os interesses das classes e forças sociais que o haviam apoiado durante a ascensão fascista, concedendo grande apoio estatal aos bancos e empresas enquanto o povo amargava desemprego e baixos salários em um sistema que girava em torno das grandes corporações.

Dessa forma os grandes beneficiários desse regime autoritário foram os empresários e os proprietários de terras, bem como alguns setores da classe média que conseguia empregos na burocracia estatal.

De acordo com Bertonha o regime não conseguiu de fato tornar totalmente fascista a sociedade italiana ou implantar seu projeto social por inteiro. Teve o apoio declarado dos grandes industriais e proprietários de terras e das classes médias (beneficiadas pelo regime) enquanto trabalhadores e operários foram menos atingidos pela propaganda fascista... Ao fim da Segunda Guerra Mundial as classes dirigentes abandonaram de vez o regime e o povo italiano se levantou em armas contra o fascismo.

A Alemanha passava por uma grave crise econômica e social decorrente da Primeira Guerra Mundial e da assinatura do Tratado de Versalhes que impôs pesadas sanções aos alemães que foram considerados como os responsáveis pelo conflito.

“De acordo com Osvaldo Coggiola (2010), a situação politica conflituosa na Alemanha era reflexo dos graves problemas econômicos, como o alto índice de desemprego e inflação... Muitos empresários aproveitaram para aplicar suas finanças na especulação, já que os setores produtivos se encontravam em franca reessão. Nesse cenário é que se desenvolveu o Partido Nazista”[2]

Para chegar ao poder Hitler contou com o apoio de Franz von Papen, Oskar von Hidenburg filho do presidente e Alfred Hugenberg além do apoio de grandes empresários como Fritz Thyssen, Kurt von Schorder, Alfred Krupp e Hjalmar Schacht que doaram grandes somas ao partido nazista propuseram uma aliança com Adolf Hitler, dessa forma dissuadiram o presidente a aceitar um sem restrições o líder nazista para o cargo de chanceler, pois o grande temor dos conservadores e nacionalistas era o Partido Comunista que esta expandido sua atividade e influencia pelo pais.

Dessa forma Hitler teve que formar alianças com grupos que sua propaganda anteriormente combatia como financistas, industriais, militares e aristocratas e dividir seu poder obtido com o cargo de Primeiro Ministro com grupos conservadores.

Para atingir seu caminho para a ditadura o chanceler alemão contou com o apoio de deputados nacionalistas do DNVP, além do apoio de deputados do centro católico e BVP para aprovação de novas medidas para governar de forma autoritária e depois banir os Partidos Comunista, Social Democrata e partidos liberais.

O mesmo aconteceu com os nacionalistas do DNVP que foram absorvidos pelos nazistas e o Centro Católico e o BVP se dissolveram visando um acordo com Hitler de respeito as instituições católicas em troca de afastamento das questões politicas.

Porem a partir do momento em que Hitler se torna o Fuhrer muitos políticos alemães conservadores que haviam auxiliado os Nazistas a chegarem ao poder visando domina-los constataram o grave erro cometido.

Havia em 1939 uma sensação de que o governo nazista havia realizado muito na esfera econômica, pois a economia alemã havia se recuperado da depressão de 1929 mais rápido do que qualquer outra nação, com a estabilização da divida externa, recuperação da Bolsa de Valores e as taxas de juros caíram a metade em relação ao apresentado no ano de 1932, com crescimento do PIB na ordem de 81% e altos níveis de investimento e produção industrial.

Dessa forma haviam sido derrotados os dois temores da Republica de Weimar: o desemprego e a inflação, com uma grande intervenção estatal na economia que tinha como principal finalidade de se preparar para a guerra, após o plano de Quatro Anos entrar em vigor esse armamentismo se acelerou mais rápido do que a capacidade econômica de sustenta-lo ocasionando um grande desgaste nas empresas, a inciativa privada passou a ser atacada por empreendimentos estatais custeado por um regime cada vez mais impaciente com a prioridade que o capitalismo conferia ao lucro.

“Os princípios darwinianos que anivavam o regime ditavam que a competição entre companhias e indivíduos permaneceria o principio condutor da economia, assim como a competição entre diferentes agencias do Estado e do Partido seria o principio condutor da politica e administração”[3]

        A real intenção que o Furher visava garantir seria a competição das firmas para preencher as metas estabelecidas por sua politica, porem estas se apresentavam contraditórias, de um lado havia um planejamento para enfrentar uma guerra demorada todavia o rearmamento era perseguido de maneira temerária mostrando pouco respeito pelos ditames da autossuficiência nacional, ocasionando um programa de armamento incompleto aliados uma grande escassez de matérias primas.

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