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O Historiador Severino Cabral Filho em sua leitura A cidade revelada

Por:   •  3/12/2017  •  Dissertação  •  2.653 Palavras (11 Páginas)  •  406 Visualizações

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CENTRO DE EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA

DISCIPLINA: HISTÓRIA DA PARAÍBA II

TURNO: NOITE

ALUNO: Homério de Oliveira Silva

PROFESSOR: Bruno Gaudêncio

AVALIAÇÃO FINAL

 R-1. Ao analisar o estudo de cidades, o historiador Gervásio Batista e Severino Cabral Filho nos mostra de como se deu todo o processo de modernidade e desenvolvimento nas principais cidades paraibana. Ao trabalhar com fontes representações, Gervásio Batista se apropria do uso de imagens, da literatura, principalmente crônicas, romances, memórias, editoriais, etc, para que o leitor possa pensar sobre o grande impacto que foi a modernização no Brasil. Inicialmente, ele começa mostrando a chegada da modernidade nas principais cidades brasileiras como Rio de Janeiro e Recife, sendo estas, as duas metrópoles brasileiras do século XIX bem bastante movimentada, e populosa em seus perímetros urbano, onde o burburinho de pessoas em um grande corre e corre em suas principais ruas movimentadas, aos poucos começam a despertar para o futuro. As cidades europeias como Paris e Londres durante o século XIX, serviram como fontes de inspiração para com as cidades brasileiras. A ideia de ser moderno estava bastante presente, penetrando nas mentes da elite brasileira e que, muitos delas haviam visitado esses países, pessoas essas que procuravam de todas as formas estar vestidas nas melhores novidades vindas da Europa, pois para a sociedade elitista entre o final do século XIX e inícios do século XX, não importava o quanto custava o que vinha de melhor para o consumismo brasileiro, o mais importante era ser moderno.

O historiador Severino Cabral Filho em sua leitura A cidade revelada: Campina Grande em Imagens e História, também nos mostra que, da mesma forma que o Rio de Janeiro e Recife tiveram a modernidade em suas cidades inspiradas em experiências inglesa, francesas e americana, Campina Grande por sua vez utilizou desse mesmo modelo no início do século XX, onde a cidade inicia o seu processo de transformação em ritmo acelerado, alguns equipamentos moderno já estava sendo experimentado na cidade, já que em 1896 já havia sido implantado o sistema de telégrafo, acelerando assim os meios de comunicação. Em 1907 com a chegada do trem em Campina Grande, encurta-se o tempo de distância entre os campinense. Tudo isso graças ao serviço de transporte ferroviário que se prestavam aos passageiros, principalmente o beneficiamento no transporte do algodão que vinham da região do Cariri e Sertão diretamente para a estação de trem em Campina Grande, que na época gerou riqueza e modernidade para a cidade, beneficiando a classe da elite campinense, essa por sua vez a mais bem favorecida com os tempos de glórias do algodão.

As estações de trem na Paraíba veio a transformar de forma positiva a vida dos paraibanos, e que segundo Gervásio Batista, veio a revolucionar os meios de comunicação, como por exemplo, à rapidez dos correios nas entregas de correspondência e de jornais por assinatura, (antes chegavam com bastante atraso devido o transporte de tração animal) onde as notícias do cotidiano política do estado chegavam em mãos de um pequeno público letrado que se interessavam nos noticiários destacados nas páginas dos principais jornais que circulavam na época pelo estado paraibano.  Podemos então observar a tão importância que tinha a locomotiva em algumas cidades paraibana, principalmente Campina Grande sempre destacada na leitura de Gervásio Batista, cidade esta bem localizada no interior do estado onde a estação de trem era uma importante artéria que interligava Campina Grande juntamente com a capital do estado e o Sertão paraibano, proporcionando rápidas comunicações entre elas, ou seja, o modernismo começa a chegar em Campina Grande a partir do momento da inauguração do trem em 02 de outubro de 1907. Durante a espera da chegada do trem se encontrava presente naquele momento, a nata da elite campinense, cuja fotografia da época mostrada no texto de Gervásio Batista, se vê grupos de senhoras e senhoritas elegantes, trajando roupas caras, vestidos longos, à espera da chegada da modernidade para a cidade, registrado para sempre na memória do povo campinense.

O telégrafo e o telefone, veio a revolucionar os meios de comunicação dos paraibanos.  Recife foi a primeira cidade nortista depois da Bahia, a usufruir desse ícone símbolo de modernidade, enquanto que na Paraíba, é instalada em 1896 a primeira linha telegráfica em direção ao interior do estado, sendo uma linha de Telégrafo Nacional. Suas agências estavam localizada nas cidades de Alagoa Grande, Campina Grande, Bananeiras e Areia, sendo que, a cidade de Areia não havia sido contemplada com o trem de ferro, e tudo isso, devido ao fato da cidade estar localizada em uma região bastante acidentada, pelo qual veio a prejudicar um pouco o desenvolvimento da cidade.

Gervásio Batista comenta sobre o surgimento do telefone na capital paraibana, pois tratava-se de uma segunda linha telefônica entre a capital e o porto estabelecendo contatos telefônicos com a administração portuária. Ele conclui que, a população da capital embora tenha condições de pagar a conta telefônica para usufruir do moderno, não tinham disponibilidade ao serviço de telefonia, a empresa telefônica não havia estendido os serviços para a capital paraibana. As comunidades paraibana segundo Gervásio, por sua vez só terão contatos com os primeiros telefones a partir das estações de trem e estações do Telégrafo Nacional, como por exemplo, na cidade de Itabaiana entre 1909 – 1912, sendo que, nas cidades de Alagoa Grande, Campina Grande e Bananeiras, a população passaram a ver os primeiros telefones dentro das estações telegráficas.

Já em Campina Grande a modernidade estava restrita apenas às pessoas da elite campinense. De acordo com o texto de Severino Cabral Filho, o serviço de telefonia instalado em 1918, os chamados telefones de veio, apenas as pessoas privilegiadas tiveram o real sabor de experimentar esse novo sistema rápido de comunicação, como também os primeiros cinemas instalados na cidade tornava-se um espaço de lazer apenas pela pequena parcela da população campinense endinheirada, ou seja, ser moderno em Campina Grande teria que ter uma certa condição financeira, principalmente se fosse ligada as famílias políticas da cidade.

Sobre a chegada da iluminação elétrica na Paraíba, Gervásio Batista, remete com um equipamento urbano moderno de conforto para os paraibanos. As capitais foram as primeiras a receber este presente símbolo da modernidade, e que, uma ou outra cidade do interior chegaram a receber este novo sistema de iluminação. Muito antes de tudo, a iluminação era feita a base da queima de querosene e lampiões, existia um indivíduo responsável que prestava serviço a cidade, e quando ao entrar a noite subia em uma escada rente a um poste para iluminar as ruas da cidade, o conhecido acendedor de lampiões a querosene, uma rotina que se repetia todos os dias na maior parte das cidades paraibanas. As primeiras experiências com energia elétrica na Paraíba começaram no ano de 1912. A cidade de Itabaiana por sua vez, juntamente com a capital do Estado, foi a partir de 9 a 15 de março desse mesmo ano, ou seja, os itabaianenses se orgulham por serem os primeiros a receber a energia elétrica em seus lares, enquanto que na capital essa novidade chega seis dias depois.

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