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O Retorno de Martin Guerre

Por:   •  18/3/2021  •  Resenha  •  812 Palavras (4 Páginas)  •  249 Visualizações

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                                   UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB[pic 1]

                                   DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS XIII

                                   LICENCIATURA EM HISTÓRIA – II SEMESTRE

                                   TEORIA E METODOLOGIA DA HISTORIA – ANÁLISE FÍLMICA - PROF.º MS. GILMARA FERREIRA

                                    DISCENTE: THAIANNE MACEDO DOS SANTOS RIBEIRO

 O retorno de Martin Guerre

O filme é baseado no livro “O retorno de Martin Guerre” de 1983 da Historiadora Natalie Zemon Davis, que faz uma análise através de documentos do século XVI sobre um acontecimento na aldeia de Artigat, no Languedoc. A autora trabalhou junto com o roteirista Jean-Claude Carrière e o diretor Daniel Vignedo no roteiro do que viria a se tornar o filme. 

Essa história gira em torno da vida de Martin Guerre um camponês que muda com a família para Artigat. Seus pais, com interesses financeiros, casa Martin com uma jovem chamada Bertrand, mas o jovem acaba indo embora do pequeno vilarejo para lutar na guerra, voltando nove anos depois para casa. Ai começa a grande trama do filme, onde um impostor chamado Arnoud Du Tilh rouba a identidade e os bens de Martin Guerre, quando descoberto o então usurpador é levado a julgamento.

Muito antes de ser julgado o usurpador constrói com a esposa de Martin uma família, assume os negócios e começa a vender parte das terras da família Guerre acarretando em brigas e divergências dentro das duas famílias, fazendo com que muitos desconfiassem de sua identidade. Arnoud não mostrava respeito pelas tradições bascas e não continha mais gosto em fazer suas típicas atividades de lazer. Então, seu tio Pierre Guerre, a mando de sua esposa Bertrand, abre um inquérito sobre o falso Martin guerre que é preso, levado a julgamento e condenado a ser decapitado.

Em uma obra cinematográfica os detalhes e efeitos da construção do texto são muito diferentes das que encontramos no livro escrito pela autora Davis. Devemos levar em conta que ao analisarmos o filme estamos tratando de outra linguagem. Alguns episódios não são tratados da mesma forma que no livro, a autora proporciona ao leitor questionamentos e indagações sobre determinados fatos, coisa que no filme deixa tudo muito claro. Um dos episódios que isso ocorre é a respeito do encontro entre Martin Guerre e o usurpador Arnoud, o filme deixa claro que os dois tiveram contato em um determinado momento e assim possibilitou que o acusado tivesse material para assumir a vida do outro. O fato é que no filme existe uma preocupação maior dos autores em fisgar a simpatia do público e deixar a história mais interessante.

O trabalho investigativo de Natalie Davis no livro e sua participação como coautora do roteiro do filme nos leva a pensar as proximidades de trabalhos historiográficos em filmes históricos, representando o passado, podendo pensar a relação entre História e Cinema.  A capacidade com que a historiadora detalha, investiga e compõem os fatos da trama da uma veracidade ao roteiro “Seu trabalho é uma precisa reconstrução do ambiente, do cotidiano e das motivações da vida rural no Languedoc do século XVI a partir de sinais”. [1] No seu livro a autora traz detalhes do seu próprio método investigativo e de como chegou a tais conclusões, um olhar voltado para o passado juntamente com algumas percepções da própria autora.

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