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Patrimônio histórico e ambiental - Congonhas

Por:   •  22/8/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.824 Palavras (8 Páginas)  •  225 Visualizações

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SUMÁRIO

Introdução

Contexto histórico

Patrimônio histórico e ambiental

O mestre Aleijadinho e seus doze profetas

Conclusão

Referência bibliográfica

INTRODUÇÃO

Congonhas é uma das tradicionais cidades mineiras e um dos pólos de formação cultural de Minas Gerais.

Quem visita Congonhas pela primeira vez, se encanta com a riqueza do período barroco e do estilo rococó deixado por diversos artistas como Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como mestre Aleijadinho, o gênio mulato que nos legou o maior e mais belo conjunto barroco das Américas, os doze profetas esculpidos em pedra sabão e de pintores como Manuel Athaíde.

Congonhas possui uma história muito rica. Diversas personalidades já passaram pela cidade e estão registradas em galeria, no Museu da Imagem e Memória de Congonhas. Subindo as ladeiras para chegar no alto da Praça da Basílica é possível encontrar o Santuário de Bom Jesus do Matozinhos, uma obra inspirada em dois santuários portugueses.

CONTEXTO HISTÓRICO

Com base em dados históricos, tem-se que o início do povoamento na cidade de Congonhas ocorreu em meados de 1700, quando lusitanos que haviam se instalado na antiga Vila Real de Queluz, atual Conselheiro Lafaiete, passaram a buscar na região outras localidades que se demonstrassem prósperas para a prática da mineração aurífera. Estes agrupamentos instalaram-se em volta do rio Maranhão e ao longo do tempo foram se desenvolvendo.

Segundo Xavier da Veiga, a “Freguesia”, termo que significava povoação sob aspectos Eclesiástico, de Congonhas teria sido criada em 1745, no entanto, existem contestações quanto a esse respeito. Outras datas são mencionadas como no livro de Lotação das Freguesias do Arquivo Eclesiástico de Mariana, sendo este um registro de informação mais detalhada e confiável, qual seja: "Foi erigida por ordem de S. Majestade, em 1734, e depois, pelo Ordinário, em curato e, pelo alvará de 13 de abril de 1745, foi mandada declarar de natureza coletiva, em lugar de Nossa Senhora da Conceição do Ribeirão do Carmo que, pela sua elevação à cabeça da Diocese, passou a ser curato amovível a arbítrio do Prelado".

A escolha do nome Congonhas teve sua inspiração nas paisagens daquela região mineradora, seu nome deriva da planta Congonha, que em tupi significa “O que Sustenta, O que Alimenta”.

Com o rápido desenvolvimento do Distrito devido às imensas riquezas em ouro encontradas em seu entorno, Congonhas não chegou nem mesmo a ser uma Vila passando diretamente para o título de Município.

No ano 1948, ocorreu uma simplificação da denominação do município que então se chamava Congonhas do Campo sendo reduzida para Congonhas, sem uma antecedente consulta à população. Recentemente, no dia 31 de agosto de 2003, foi realizado um plebiscito na cidade para averiguar o desejo dos moradores para retornar às origens com o nome de Congonhas do Campo. Mais cerca de 20.500 pessoas, dos quase 26 mil eleitores, votaram para manter o nome atual de Congonhas.

Congonhas é uma cidade de um passado glorioso, que conserva sua arte e sua fé.

PATRIMÔNIO HISTÓRICO E AMBIENTAL

O conceito de Patrimônio não existe isolado, só existe em relação a alguma coisa. Podemos dizer que Patrimônio é o conjunto de bens materiais e/ou imateriais que contam a história de um povo e sua relação com o meio ambiente. É o legado que herdamos do passado e que transmitimos a gerações futuras. O Patrimônio pode ser classificado em Histórico, Cultural e Ambiental.

Patrimônio Histórico é o conjunto de bens que contam a história de uma geração através de sua arquitetura, vestes, ferramentas, meios de transportes, obras de arte, documentos, etc. Até final da década de 1970, tinha caráter político/elitista. A partir de 1980, passaram a ser consideradas outras etnias e classes sociais. O Patrimônio Histórico é importante para a compreensão da identidade histórica, para que os seus bens não se desarmonizem ou desequilibrem, e para manter vivos os usos e costumes populares de uma determinada sociedade.

Patrimônio Cultural é o conjunto de bens materiais e/ou imateriais, que contam a história de um povo através de seus costumes, comidas típicas, religiões, lendas, festas, etc. Uma das principais fontes de patrimônio cultural está nos sítios arqueológicos que revelam a história de civilizações antiqüíssimas.
Através do patrimônio cultural é possível conscientizar os indivíduos, proporcionando aos mesmos a aquisição de conhecimentos para a compreensão da história local, adequando-os à sua própria história. Daí a sua importância.

Patrimônio Ambiental ou Natural é a inter-relação do homem com seus semelhantes e tudo o que o envolve, como o meio ambiente, fauna, flora, ar, minerais, rios, oceanos, manguezais, e tudo o que eles contêm. Esses elementos estão em contato com o homem, e acabam interagindo, e até mesmo interferindo no seu cotidiano.  Um patrimônio pode ser material ou imaterial. Podemos dizer que patrimônio material são os aspectos mais concretos da vida humana, e que fornecem informações sobre as pessoas. Cultura material é o mesmo que objeto ou artefato. Patrimônio imaterial é o conjunto de manifestações populares de um povo, transmitidos oral ou festualmente, recriados e modificados ao longo do tempo.
Os locais dotados de expressivos valores para a História, assim como as paisagens, também são representações do patrimônio imaterial.

Em Congonhas, além do Santuário existem outras belezas na cidade que compõem o acervo patrimonial, as quais são:

  • Igreja de Nossa Senhora do Rosário: datada do século XVII é uma edificação singela. Foi construída pelos escravos e é a mais antiga da cidade.
  • Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição: Construída em 1734. Apresenta estilo jesuítico e frontispício de Aleijadinho. Sua nave, sem colunas de sustentação, é uma das maiores do barroco mineiro.
  • Igreja Matriz de São José Operário: erguida em 1817, é uma das raras igrejas do barroco brasileiro que possui torres arredondadas.
  • Igreja Nossa Senhora da Soledade: construída no início do século XVIII. Está localizada no Distrito do Lobo Leite.
  • Igreja Nossa Senhora da Ajuda: erguida em 1746, ela é um dos principais atrativos do Distrito de Alto Maranhão
  • Basílica: o início da construção da basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos é datado em 1757 e só foi concluída em 1790, com término do adro e escadarias. Na Basílica, encontra-se a imagem do Senhor Morto, motivação de grande peregrinação religiosa. O inestimável valor artístico de sua obras, somado aos 12 profetas e as figuras das Capelas dos Passos, fazem desse conjunto a mais alta expressão do Barroco Brasileiro.
  • Salão dos ex-votos: à esquerda da Basílica, localiza-se o salão dos ex votos, também conhecido como sala dos milagres. Este local guarda objetos ofertados pelo fiéis em agradecimento as graças alcançadas por intercessão do Senhor Bom Jesus.
  • Passos da Paixão: as seis capelas dos passos da paixão obrigam sete cenas, que representam os últimos momentos de Cristo. São elas: Passo da ceia, Horto, Prisão, Flagelação e coroação de espinhos, Calvário (cruz às costas) e Crucificação. O conjunto é composto por 64 imagens de cedro, esculpidas em tamanho natural, entre os anos de 1796 a 1799, pela genialidade do Aleijadinho e policromadas pelo mestre Athayde e Francisco Xavier Carneiro.
  • Ladeira Caminho da História: uma caminhada pela ladeira é um retorno ao passado. Nesse itinerário, além da arte da história, nos deparamos com a igreja Matriz de São José, a Casa dos Conselhos, o Museu de Imagem e Memória, além do Casario do século XVIII. Este, com suas janelas abertas, conta ao pé do ouvido  os causos de tantos por ali passaram, deixando suas pegadas na irregularidade das pedras dpo calçamento.
  • Museu da Imagem e Memória: o acervo deste museu é constituído de fotos, documentos, livros, mobiliário, obras de artistas, utensílios e objetos de uso de famílias e personalidades locais. Este legado oferece aos visitantes uma visão simultânea retrospectiva, atual e prospectiva da cidade dos profetas.
  • Romaria: Foi construída em 1932 servindo de hospedaria aos fies que vinham a Congonhas para o jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, realizado de 07 a 14 de setembro. Este construção foi parcialmente demolida em 1968, para dar lugar a um hotel, que não foi construído. Em agosto de 1981, foi tombado pelo IEPHA-MG, através do Decreto-Lei nº. 21178. Utilizando o projeto de Sílvio Podestá, foi reconstruída em 1995. A nova construção abriga a FUMCULT, museus (Museu de Mineralogia, Museu de Arte Sacra e Sala de Matosinhos), informações turísticas, extensão do Gabinete do Prefeito, Sala de Projeções e espaço para a realização de eventos culturais.
  • Estação Ferroviária: A Estação da antiga Estrada de Ferro Central do Brasil é uma edificação representativa da arquitetura eclética do início do século XX. Funcionou como terminal de passageiros até o início dos anos 90 e serviu de ponto de partida e chegada de caixeiros e viajantes, romeiros e turistas. Hoje ela renasce e se evidencia como um expressivo espaço ordenado e sustentável, destinado ao centro de recepção turística, ao lazer, as feiras e eventos, tornando-se mais uma vez, um referencial no contexto econômico, social e cultural de Congonhas.
  • Parque da Cachoeira: possui uma completa estrutura de lazer. Possui 10 piscinas de água corrente, quadra poliesportivas, campo de futebol, playground, churrasqueiras e quiosques, anfiteatro, restaurante, camping e estacionamento. Situado a 5km do Centro, tem como principal atrativo a cachoeira de Santo Antônio, além da grande área de preservação ecológica.

O MESTRE ALEIJADINHO E SEUS DOZE PROFETAS

Pela cidade passaram grandes arquitetos e artistas consagrados que deixaram marcas expressivas para toda a posteridade, como o tão conhecido hoje, Antônio Francisco de Lisboa, o Aleijadinho.

Aleijadinho nasceu em Vila Rica era filho de uma escrava com um mestre-de-obras português. Iniciou sua vida artística ainda na infância, observando o trabalho de seu pai que também era entalhador.

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