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Pensamento Politico

Por:   •  22/3/2016  •  Resenha  •  637 Palavras (3 Páginas)  •  154 Visualizações

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PENSAMENTO POLÍTICO: PLATÃO X ARISTÓTELES

 Na época dos sofistas surgiu Platão, um discípulo de Sócrates que se interessou pela política, e em seguida, Aristóteles, discípulo de Platão, que se tornou crítico do mestre, elaborando uma filosofia original. Aristóteles critica o autoritarismo de Platão, considerando sua utopia implacável.  Na evolução do pensamento filosófico, Platão promove a dialética do espírito processando-se além da experiência, e Aristóteles a busca da realidade pela experiência. Os pensadores constituem ao mesmo tempo, pontos de confluência de várias vertentes, anteriores ou contemporâneos e principais fontes de todo o pensamento posterior.

Platão constrói seu pensamento conforme a idealização de uma cidade que não existe, mas que deveria ser o modelo da cidade ideal, onde afirma que o bom governo depende da virtude dos bons governantes. E Aristóteles é o primeiro filósofo a distinguir a ética da política, sendo que a ética está centrada na ação voluntária e moral do indivíduo da política, enquanto a política se refere às vinculações desta com a comunidade, desde a comunidade familiar.

Ao analisarmos a proposta política dos pensadores, avalia-se que Platão preza um modelo aristocrático de poder, em que poder é confiado aos melhores, onde esse estado de coisa pode degenerar, e de sua decadência aparecem outras formas de governo como: a timocracia; a oligarquia, a democracia, a tirania, que pode ser a pior forma de governo, exercido por um homem só através da força. Ao partirmos para o pensamento de Aristóteles, o mesmo afirma que o homem é inclinado a fazer parte de uma pólis, dotada de lógos, “palavra”, isto é, de comunicação. Assim, o Estado precede a família e até o indivíduo porque responde a um impulso natural. Nos círculos em que o homem se move a família, a tribo, a pólis, só esta última constitui uma sociedade perfeita. Aristóteles além de descrever as diversas constituições, estabeleceu três formas de governo: monarquia, aristocracia e politéia, ressaltando que as três formas só são consideradas boas quando visam o interesse comum e são degeneradas quando possuem interesse particular, embora considere a monarquia, a aristocracia e a politéia formas corretas para exercer uma boa administração, Aristóteles prefere a última devido a que a tensão política sempre deriva da luta entre classes principalmente entre ricos e pobres.

Devido às grandes revoltas sociais e injustiças, Platão passa a ter um descrédito pela democracia, onde os homens que são vítimas do conhecimento imperfeito devem ser dirigidos por homens que se distinguem pelo saber supremo, conceituando o governo como a arte, uma arte que só pode ser ministrada por aquele que conhece a ciência política. Nesse sentido, Aristóteles faz crítica ao autoritarismo de Platão, considerando desumano, porém não deixa de admitir que para se ser justo é preciso conhecer as leis. Aristóteles em seu pensamento político exclui da cidadania as classes dos artesãos, comerciantes e trabalhadores braçais por não ter tempo para participar do governo e por considerar que esse tipo de atividade torna o indivíduo incapaz da prática de uma virtude esclarecida.

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