TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Portfólio Conceito de Raça Portfólio

Por:   •  21/10/2022  •  Relatório de pesquisa  •  1.549 Palavras (7 Páginas)  •  63 Visualizações

Página 1 de 7

[pic 1]

[pic 2]

[pic 3]

[pic 4]

[pic 5]

[pic 6]

[pic 7]

[pic 8]

SUMÁRIO

1        INTRODUÇÃO        3

2        DESENVOLVIMENTO        4

3        CONCLUSÃO        8

REFERÊNCIAS        9

  1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho se propõe a fazer uma reflexão a cerca do conceito de raça, para isso procuramos analisar o imaginário social partir de pensamentos racistas, bem como a permanência desses pensamentos até o presente momento. Passando pelo relato bíblico de Cam e qual a implicação social esse relato tem em nossas vidas.

Analisando o conceito teórico de Aníbal Quijano, e o que o mesmo entendem relação a categoria raça como uma criação da modernidade, e com relação principal sobre a América como um novo padrão de poder mundial, assim como o quão necessário e importante  é sobre discussões em sala de aula na educação básica que procurem construir novas relações bem como diferentes imaginários sociais.

  1. DESENVOLVIMENTO

Durante séculos a discriminação de pessoas dava-se por meio da xenofobia em detrimento ao conceito de raça propriamente dito, o que não significa necessariamente que são conceitos inseparáveis, uma vez que raça:

“É a subdivisão de uma espécie formada pelo conjunto de indivíduos com caracteres físicos semelhantes, transmitidos por hereditariedade: cor da pele, forma do crânio, e do rosto, tipo de cabelo etc. Raça é apenas um conceito biológico, relacionado apenas a fatores hereditários, não incluindo condições culturais, sociais e psicológicas. “(CARNEIRO, 2000, p. 05)

Na antiguidade, os povos guerreavam e faziam prisioneiros de guerra, e os perdedores eram obrigados a trabalhar para os vencedores independente de raça, uma vez que existiam combates entre povos de uma mesma matriz racial. Até mesmo na idade média, o racismo como conhecemos hoje não era pregado, porém já tomava contorno a medida que os povos Europeus avançavam em suas conquistas territoriais, impulsionados pelo poder político da igreja que almejava a incorporação dos subjugados a cristandade, e conforme o avanço tecnológico se desenvolvia iam surgindo ideologias que justificavam o racismo e o domínio da Europa sobre os outros como um dever divino, afinal:

O fato de que os europeus ocidentais imaginaram ser a culminação de uma trajetória civilizatória desde um estado de natureza, levou-os também a pensar-se como os modernos da humanidade e de sua história, isto é, como o novo e ao mesmo tempo o mais avançado da espécie. (Quijano, 1988b; 1992a; 1998a).      

Soma-se a isso o fato de que os Europeus eram tidos pela igreja como descendentes de Jafé filho de Noé, personagens da história bíblica onde o mesmo, assim como consta em Gênesis,  teria tido 3 filhos (Sem, Cam e Jafé), que foram responsáveis por povoar a  terra após o diluvio, neste mito Noé se embriaga de vinho e se deita nu em sua tenda, Cam pai de Canaã ao ver seu pai nu conta a seus irmãos, um filho ver a nudez do pai era extremamente recriminado pelos Hebreus, Noé quando soube do acontecido amaldiçoa Cam com a frase “Maldito seja Canaã; seja servo dos servos de seus irmãos”  (Gênesis 9. Aqui vamos se ater a dois filhos, "...Jafé, que teria dado origem aos povos indo-europeus, indo-germânicos e indo-arianos, corresponde à luz, aberto, ampliado e louro. Enquanto Cam se refere a “quente”, “queimado” ou “trevas” (HROEDEL, IRAN)

Estava praticamente justificado que os Europeus não só poderiam como deveriam subjugar os descendentes de Cam, e com o surgimento das grandes navegações fazem com que principalmente Espanha e Portugal começasse a explorar para além de seu continente, levando com sigo o "fardo do homem branco" levando civilidade e o cristianismo aos “pagãos”, ignorando o fato de que já haviam grandes construções, tecnologias, pensamentos e divisões políticas avançadas mesmo quando a Europa ainda não as tinham. O pensamento de superioridade em relação aos outros povos era latente e fez com que a inferioridade racial foce implantada por parte dos colonos europeus para assegurar suas dominações em busca de riquezas,

E na medida em que as relações sociais que se estavam configurando eram relações de dominação, tais identidades foram associadas às hierarquias, lugares e papéis sociais correspondentes, com constitutivas delas, e, conseqüentemente, ao padrão de dominação que se impunha. Em outras palavras, raça e identidade racial foram estabelecidas como instrumentos de classificação social básica da população. (Quijano, Anibal. 2005)

No Brasil, após a abolição da escravatura não foram implementadas maneiras da inserção do negro a sociedade, tais como projetos assistenciais e leis que contribuíam para tal, isso fez com que continuassem a ser tratados de maneira inferior. Com o passar do tempo essas discriminações foram se desenvolvendo e sendo passadas a diante voluntaria ou involuntariamente por meios governamentais como o processo de branqueamento tentado pelo Brasil entre a segunda metade do século XIX e a segunda metade do século XX, sua cultura e religião foram marginalizados e persiste até os dias atuais, se não de forma governamental como outrora, socialmente por meio de piadas e relatos por parte de quem desconhece o que diz.

"há uma cultura veiculada pela mídia, cujas linguagens, sons e espetáculos ajudam a urdir o tecido da vida cotidiana, dominando o tempo de lazer, modelando a opinião política, os comportamentos sociais e fornecendo o material com que as pessoas forjam sua identidade, determinando o que é positivo e o que é negativo, o que bem-sucedido ou fracassado". (Kellner, 2001)

O fato é que essas ideias ficaram no imaginário popular de nossa sociedade, onde uma delas é de que o negro é malandro, e nos causa estranheza que num país miscigenado como o Brasil tenhamos esses pensamentos, visto que somos de maioria que se auto denomina pretos e pardos, a questão é que  somos bombardeados por todos os lados de informações muitas vezes falsas de acontecimentos que envolvem negros, a população carcerária é de maioria negra e a divisão de trabalho acaba por contribuir para que os negros tenham uma posição inferior aos "brancos", o que nos leva a pensar que se somos de maioria constituídos de negros e pardos seria um ponto fora da curva não termos uma população carcerária ou até mesmo notícias que não envolvam esta parcela da população, do mesmo modo, deveríamos dar um enfoque a questão das relações de trabalho, qual a real causa de que não vemos negros numa porcentagem relevante em cargos superiores?

...

Baixar como (para membros premium)  txt (10.1 Kb)   pdf (139 Kb)   docx (20.8 Kb)  
Continuar por mais 6 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com