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RESENHA CRÍTICA - SEGREDOS INTERNOS/ STUART SCHWARTZ

Por:   •  16/10/2021  •  Trabalho acadêmico  •  355 Palavras (2 Páginas)  •  612 Visualizações

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Stuart B. Schwartz possui Ph.D. em História pela universidade de Columbia, NY (EUA), em 1968 e é considerado um dos mais importantes historiadores do período colonial. Entre seus livros publicados no Brasil, destacam-se: Burocracia e sociedade no Brasil colonial (1979); Segredos internos: engenhos e escravos na sociedade colonial (Companhia das Letras, 1988); Escravos, roceiros e rebeldes, (Edusc, 2001); As excelências do governador: o panegírico fúnebre a D. Afonso Furtado, de Juan Lopes Sierra (Companhia das Letras, 2002); A América Latina na época colonial ( com James Lockhart, Civilização Brasileira, 2002).

No segundo capítulo do livro, Uma geração exaurida: agricultura comercial e mão-de-obra indígena, o autor trata de modo minucioso as relações entre os índios e a economia da grande lavoura açucareira na Bahia nos séculos XVI e XVII. O capítulo destaca que na Bahia a mão-de-obra indígena foi a principal forma de trabalho durante quase um século, além disso, evidencia os primeiros contatos com os portugueses, o modo de vida e as justificativas para a escravização dos índios naquele período.

Os primeiros povos indígenas que entraram em contato com os portugueses no território brasileiro foram os tupis-guaranis, que, na época do descobrimento, controlavam grande parte do litoral e, na região da futura capitania da Bahia, o principal grupo era o tupinambá.

O ritual de canibalismo era um aspecto que os portugueses abominavam na sociedade tupinambá e por isso tornou-se a principal justificativa para a escravização desses povos, além disso, o autor destaca que o modo de vida dos indígenas era algo que incomodava os portugueses. Os tupinambás e seus vizinhos produziam somente aquilo que consumiam, sem se preocupar com o lucro, havia também uma divisão sexual do trabalho onde aos homens cabiam o trabalho pesado, como abrir clareiras, derrubar árvores... e as mulheres eram encarregadas do plantio, da colheita e preparação dos alimentos. Nas aldeias gastava-se energia para atender ás necessidades vitais, mas sempre havia tempo para lazer e outras atividades “improdutivas”. A cultura dos índios era totalmente incompatível com a economia de exploração dos portugueses, por isso é perceptível o confronto entre dois povos cujos sistemas econômicos e visões de mundo eram completamente diferentes.

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