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Resenha Abril Despedaçado

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Por:   •  22/11/2013  •  662 Palavras (3 Páginas)  •  545 Visualizações

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Resenha Critica: Abril Despedaçado

O filme “Abril Despedaçado” é inspirado no livro homônimo do escritor albanês Ismail Kadaré, é uma adaptação livre do diretor Walter Salles que já dirigiu outras obras de grande repercução como o filme “Terra Estrangeira” que recebeu inúmeros prêmios. Com a ilustre atuação de grandes nomes do cinema brasileiro como Rodrigo Santoro que alavancou sua carreira internacional através do longa, Jose Dumont, Flavia Marco e Ravi Lacerda em sua estréia. As imagens do sertão brasileiro deram uma beleza maior ao drama, o sol escaldante, a espera incessante por chuva, o canavial e o litoral exibido ao final.

A trilha sonora denotava tristeza, as rezas da mãe de Tonho pelos filhos mortos, a reza do velório do neto da família Ferreira e os poucos sons que entristeciam o drama.

A efemeridade da vida, o tempo que se aproximava da morte dos filhos, faziam com que o espírito “despedaçado” dos personagens inundasse as vidas daquela pequena cidade chamada Riacho das Almas. O longa metragem é baseado na cultura do sertão brasileiro e nos instiga a profundas reflexões do que acontece por la.

Uma camisa no varal ao vento. Um tom amarelecido de olhos gastos como a aridez da terra.

O longa conta a historia de duas famílias (Breves e Ferreira) que estão numa disputa de terras. Eles matam o filho do rival, quando o sangue do mesmo fixo na camisa amarelar, o seu irmão poder vingar sua morte. E nesse movimento de rotação chega a vez da família Breve, “O sangue Amarelou” disse o pai a Tonho... “Tu conhece tua obrigação”.Tonho (Rodrigo Santoro) sorrateiramente vai ate a fazenda de seu inimigo e o mata vingando assim a morte de seu irmão. Com isso fica com seus dias contados, pode viver ate o dia em que o sangue estampado na camisa do morto amarelar. Seu irmão Pacu (Ravi Lacerda) é um menino, menino, mesmo porque seu nome era menino pelo fato de não ter um nome coisa corriqueira naqueles tempos, cheio de esperança, seus sonhos e fantasias são constantemente abafados pela dureza da vida e a rispidez de um pai violento e desprovido de sentimentos de pena, reprimindo sua espontaneidade.

Menino começa a imaginar um novo mundo depois de ganhar um livro da linda Clara. Ainda que não soubesse ler ele tinha uma leitura própria das figuras do livro que lhe transportava a um mundo novo onde tinha esperanças. Como um perfeito roteiro do destino Tonho encontra um amor libertador nos braços de Clara a sereia que seu irmão Pacu visualizava em seus sonhos. O desfecho desses sonhos é triste como a maioria fora da ficção, a visão míope como em um humor negro provoca erros. O menino troca de lugar com o irmão e é morto. O erro cometido como por acaso do destino acaba com a maldição que pairava sobre as costas dos filhos dessas famílias, um sangue inocente derramado para um bem maior por pura casualidade, onde o principal personagem resolve dar fim a essa insana disputa cruel.

Uma das figuras poéticas presentes no filme é o circulo representando a vida daquelas pessoas. Primeiro os bois rodando sem parar, depois Clara rodando o dia inteiro numa corda bem alta e os círculos que eles insistiam em manter.

É bastante reflexivo o tema proposto: a pessoa tem que matar o assassino do seu irmão querendo ou não. E caso a pessoa não queira fazer

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