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Resenha Do Filme Tempos Modernos

Trabalho Universitário: Resenha Do Filme Tempos Modernos. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  19/5/2014  •  795 Palavras (4 Páginas)  •  1.153 Visualizações

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Tempos Modernos, Estados Unidos, França, Reino Unido, 1936, Charles Chaplin, Comédia, 87 min.

RESENHA

A história do filme se passa nos primeiros anos da década de 1930, Charles Chaplin, autor, diretor e ator principal da obra, focaliza a vida urbana moderna, pós-revolução industrial, destacando o mundo cruel do trabalho, fazendo uma crítica à desigualdade social e ausência de fraternidade dos industriais, é uma crítica corajosa ao capitalismo americano.

            Dentro do contexto sociológico do filme, podemos encontrar críticas que se enquadram nas teorias de Karl Marx e Adam Smith. A marginalização do operariado, o descaso com os artesãos que se viram obrigados a atuarem na linha de produção, linha essa que caracteriza o Fordismo, que consistia em organizar a linha de montagem de cada fábrica para produzir mais, controlando melhor as fontes de matérias-primas e de energia, os transportes, a formação da mão de obra, porém obrigando os funcionários a repetirem por horas e horas - até 16 por dia - o mesmo movimento levando-os a ficarem doentes ou até mesmo à morte.

           Sem outra opção para se manter vivo o proletariado, representado pela personagem principal, passa a vender a sua força de trabalho. O engraçado trabalhador criado por Chaplin  sujeita-se a um serviço estressante e repetitivo, usando a sua força como fonte de capital. Ele chega a um ponto de perder a razão e começa entra dentro da máquina da linha de produção onde causa a maior confusão e é demitido. A utilização do seu serviço se dá única e exclusivamente com o intuito de vender-se como uma mercadoria, sem ter conhecimento do produto final que produzia com o seu trabalho. Essa metodologia de trabalho nos remete ao Taylorismo, que propunha uma divisão do trabalho, ou seja, dividir as etapas do processo produtivo de modo que o trabalhador desenvolvesse tarefas repetitivas. Separando assim o trabalho intelectual do trabalho manual. Fazendo um controle sobre o tempo gasto em cada tarefa e um constante esforço de racionalização, para que a tarefa seja executada num mínimo período de tempo.

           O trabalho transforma-se em uma obrigação para a vida em sociedade, o que o autor deixa claro em uma fala do vagabundo (o próprio Charles Chaplin): “Teremos uma casa, nem que eu tenha que trabalhar por ela!”. A alienação mental, causada pelos movimentos repetitivos, que não desenvolvem a inteligência do operário, é criticada com um bom humor impagável na cena em que o Vagabundo passa a apertar os botões das roupas das pessoas, da mesma forma como aperta os parafusos na linha de montagem. Seu trabalho é tão mecânico, tão impassível de questionamento que o trabalhador se torna uma simples máquina, incapaz de pensar. No decorrer dessa cena, o Vagabundo persegue uma mulher, disposto a apertar os botões de sua roupa. Ela, fugindo, encontra um policial, que passa a perseguir o Vagabundo. Ele, ao tentar fugir, busca abrigo na fábrica em que trabalha. Mesmo em fuga, ao passar pelo relógio de ponto ele não deixa de bater o cartão. Chaplin usa de sua genialidade para nos fazer rir apontando os perigosos caminhos que a economia mundial tomara àquela época e que até hoje são discutidos em todo o planeta, apesar dos enormes avanços que tivemos em relação

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