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Resenha do Capítulo Vestuário e Corpo desnudo, do Livro História da Vida Privada

Por:   •  3/8/2019  •  Resenha  •  635 Palavras (3 Páginas)  •  196 Visualizações

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Por muito tempo as vestimentas humanas tiveram como objetivo principal a proteção contra as baixas temperaturas, onde o clima frio maltratava aqueles que ainda não possuíam moradia fixa. Contudo, as vestimentas passaram a ganhar, ao longo dos tempos, uma nova utilidade. Em meio a formação das sociedades, o vestuário agora é visto não somente como um meio de protegerse das baixas temperaturas, mas, como também, um meio de identificação social.

Em meio a essa discussão, George Duby (1919-1996), destaca em sua obra História da Vida Privada, um pouco sobre como a importância das vestimentas nas sociedades mudaram ao longo dos tempos e, como essa significância varia de sociedade para sociedade. Em um trecho da obra, o autor destaca a importância das vestimentas para o homem que vive no meio social

"O humor negro é uma constante de todas as épocas, como o homem sem qualidades, que a lógica do verbo basta para matar. Mas a fabula toscana tem sobretudo a virtude de lembrar a fragilidade das definições profissionais e do orgulho social num terreno e num meio em que o sucesso individual era exaltado de todas as maneiras. A identidade se perde com o traje, porque um homem social é um homem vestido". (DUBY, p. 586).

Com isso, o autor discute como o vestuário se tornou um definidor do meio social, abrindo um questionamento na própria obra: Afinal, a vestimenta define ou não quem possui vida privada?

Além dos trajes, é feito uma abordagem em torno dos guarda-roupas, fazendo uma relação entre os guarda-roupas dos camponeses e burgueses, também chamados de “graúdos. Aqui o autor apresenta sua percepção em como isso poderia definir as diferenças econômicas daquela época através do que tinha dentro dos guarda-roupas.

Ainda de acordo com o autor, o comportamento também seria definido pela vestimenta, separando aquele que convive socialmente daquele que era classificado como “selvagem”. A distinção entre sexos e idade também tinha forte influência nas vestimentas, principalmente pelas diferenças que havia entre cada tipo. Em parte do livro o autor faz descrições dos tipos de vestuários femininos e masculino.

"Sua silhueta por muito tempo grácil pode desabrochar no final da Idade Média, mas a moda feminina, que segue de longe a evolução do traje masculino, limita-se a marcar a cintura, a decotar mais ou menos amplamente os ombros, a velar ou a descobrir a cabeleira e o começo dos seios; peitilho, toucado, lenços, renda interpõem entre o público e o íntimo delicadas e capciosas defesas. A sedução que ela inspira, a conquista a que se abandona não devem fazê-la rejeitar muito depressa a aparência discreta recomendada no fim do século XIV pelo cavaleiro de La Tour Landry em seu tratado de educação das moças". (DUBY, p. 594)

A distinção do autor, em relação aos trajes masculinos, giram em torno da “sensualidade” que era imposta ao vestuário feminino.

No tópico seguinte, o autor iniciará uma discussão em torno do “corpo desnudo”, trabalhando várias de suas perspectivas. Para Duby, a nudez nada mais é que uma influência religiosa, que hoje faz uma alusão a selvageria.

Após a peste que assolou as sociedades durante a idade média, é perceptível que houve um grande avanço na preocupação com

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