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Resenha do livro " O mundo se Despedaça"

Por:   •  22/1/2017  •  Resenha  •  569 Palavras (3 Páginas)  •  1.811 Visualizações

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Andréa Cardoso Freitas

                   

Análise do livro: O mundo se despedaça – Chinua Achebe

Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina História da África, no Curso de História, da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Prof.  Fernanda Thomaz

JUIZ DE FORA, 2016

Ao fazer a análise do livro “ O mundo se despedaça” de Chinua Achebe, é possível conhecer um dos principais nomes da literatura nigeriana, que escreveu esse livro dois anos antes da independência da Nigéria e que torna a obra de fundamental importância para compreender o período de colonização e os costumes de um povo.

A obra dividida em três partes conta a trajetória de Okonkwo, protagonista da história, do povo Ibo que vivia nas redondezas de Umuófia e da interação desse povo com os estrangeiros que ali chegaram.

Convém lembrar que o autor não constrói a ideia de um povo, todavia, descreve perfeitamente como é viver em comunidade, respeitando sua cultura, sua religião, sua personalidade cheia de individualismos e fraquezas.

Na primeira parte do romance, Okonkwo inicia sua história nos mostrando a vida de seu pai. Era um homem que não gostava de trabalhar e em consequência disso acabava adquirindo muitas dívidas. Foi acometido por uma doença e morreu sem ter feito nada que fosse passível de orgulho. Okonkwo não queria para si a mesma vida de seu pai, por isso, desde novo dedicava-se ao trabalho e procurava ser visto e notado em sua comunidade. Podemos observar também, nesta parte do livro, um sistema social baseado em laços familiares (clãs e linhagens), onde cada um tem deveres a cumprir, como as esposas, filhos, filhas e outros.

A segunda parte do livro, nos retrata o exílio de Okonkwo e sua família por sete anos em terras de propriedade de sua mãe. Totalmente desprovido de seus bens, adquiridos ao longo da vida, e após ter matado um membro de seu clã, a força e a personalidade guerreira de Okonkwo fez com que ele superasse os obstáculos e voltasse para sua aldeia. Ao chegar depara-se com a presença dos estrangeiros e com a forte influência que os mesmos exerciam sobre seu povo.

Tendo em vista os aspectos observados na última parte do livro, nos leva a  considerar a situação que se encontrava a comunidade onde Okonkwo e sua família estiveram ausentes durante o período do exílio. A presença dos estrangeiros com seus costumes e a propagação de uma nova religião (monoteísta) provocou um verdadeiro tumulto e foi acabando, aos poucos, com todas as crenças e tradições do povo Ibo, que ficou calado aceitando todo aquele caos. Okonkwo tentou, inutilmente, resistir a essa mudança e devido a toda essa situação de domínio acaba por dar fim a própria vida.

Levando-se em consideração esses aspectos percebe-se a importância que o autor dá ao diálogo traçado pelos personagens. Dessa forma o autor nos apresenta um texto no qual é possível perceber a diversidade da África em relação aos costumes de um povo (Ibos) em relação a outros dentro do próprio continente. Ainda convém mencionar a riqueza de detalhes que a história é narrada, o que leva o leitor a sentir-se parte integrante da mesma. Por isso tudo, o livro nos proporciona uma verdadeira integração com o conteúdo imaginário sobre a região mencionada e nos faz perceber toda a interação com os povos europeus no processo de colonização.

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