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Resumo Do Filme Carandiru

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Por:   •  22/8/2013  •  1.816 Palavras (8 Páginas)  •  1.860 Visualizações

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a) Descreva a relação entre a instituição prisional e os prisioneiros:

No filme Carandiru, vimos que era a maior instituição prisional do país, localizava-se em São Paulo, com mais de sete mil detentos era composta por nove pavilhões, cada um com cinco andares, os corredores que chegavam a cem metros de comprimento e as celas de portas maciças onde somente sabiam o que se passava atrás delas ao serem abertas, os presos ficavam de dia soltos no pátio e eram trancados à noite. Os principais personagens foram apresentados durante o filme: o diretor Pires, aquele que “pisava em ovos” para administrar o presídio, o médico que era atencioso com todos. O Nego Preto, que era o líder da massa encarcerada e juiz das desavenças entre os presos, tudo era passado pela sua concessão, era respeitado por todos. O velho Chico, construtor de balões e prestes a ganhar a liberdade, o bígamo Majestade, que vivia entre assaltos e duas mulheres, o Zico e seu irmão que acabaram tendo desavenças e os dois mortos e o Sem Chance que se relacionava e com o travesti. Fica clara a falta de recursos humanos e infra-estrutura e como conseqüência muitos dos serviços como a faxina e a cozinha eram feitos pelos próprios presos. De certa forma isso apenas dificultava o controle pelos carcereiros, uma vez que os presos adquiriam funções fundamentais, ganhando reconhecimento e tornando-se mais poderosos. Os prisioneiros também exerciam outras atividades, trabalhando como alfaiates, como barbeiros e ajudavam na enfermaria, pois estavam cientes da lei que regulamentava: a cada três dias trabalhados, o detento ganha um dia de remissão da pena. A situação precária em relação ao espaço também trazia problemas, pois eram nas celas eram que os muitos presos ficam alojados, tendo apenas um vaso sanitário velho, uma pia e um cano com saída de água para o banho e os beliches que eram feitos de madeira ou de tijolos. O espaço público das celas era privatizado e existiam celas com superlotação fazendo com que atrapalhasse a fiscalização, propiciando o comércio ilegal de drogas de todos os tipos, como por exemplo: maconha, cocaína e craque, e o acúmulo de armas também ganharam espaço lá dentro. Os presidiários estavam na cadeia porque desrespeitaram alguma Lei e foram punidos, cumprindo uma pena por terem cometido algum crime, mesmo assim, eles eram considerados cidadãos e seus direitos constitucionais deviam ser preservados, está reconhecido em lei. No Carandiru os presos deixaram de ser tratados como pessoas e passaram a ser tratados como a parte mais desprezível da sociedade, a dignidade deixou de ser respeitada e eles eram submetidos a situações desumanas. Nem mesmo as condições básicas de saúde são garantidas e os presos sofriam de diversas doenças contagiosas como tuberculose, sarna e AIDS. Por sorte, um médico conceituado da sociedade se propõe fazer um trabalho voluntário no Carandiru, de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e em especial a Aids. Essa doença era propagada principalmente por causa das drogas em sessões coletivas em que a mesma seringa passava por várias pessoas ou era lavada no mesmo copo, com um nível de infecção altíssimo. Ao contrário do que ele imaginava, observou lá dentro, solidariedade, organização e acima de tudo, uma grande disposição de viver. Relacionou - se de tal forma com presos e funcionários e logo ganhou o respeito de todos os internos. Com isso, as consultas foram além de doenças, eram conversas, segredos e os presos contavam o que haviam feito para estar naquele lugar. Mesmo com condições nada propícias, precárias e desumanas na prisão, o doutor expressava uma disposição para tratar com as pessoas caso a caso, com todo o empenho e lutava por uma solução. Como já era suposto, a vida lá não é um mar de rosas, mas só se tem a dimensão correta do horror vivendo lá dentro ou, para nós imaginarmos e incorporarmos na tela. Ninguém também é inocente a ponto de imaginar que todos estão lá dentro por acaso do destino. Eles cometeram algum crime, por diversas circunstâncias, mas infringiram a lei e por isso devem ser punidos. O sistema de reclusão e reintegração do sujeito à sociedade é que não perfeito. O filme faz você refletir sobre estes temas, o sistema penitenciário, a polícia, a sociedade como um todo e o papel do governo. Eu não encontrei um único culpado dentre todos estes responsáveis, por este motivo acho que o filme não tende a uma opinião e sim apresenta os fatos, mesmo que ainda por apenas um dos ângulos, o mais afetado por sinal.

b) Descreva a relação social entre os presos * regras sociais * líderes informais e formais * sistemas de punição e premiação sociais * comportamento em grupo (espírito de corpo) * ações irracionais * influência do grupo sobre o indivíduo:

A detenção Carandiru abrigava todos os tipos de criminosos: assassinos, assaltantes, ladrões, golpistas, estupradores, justiceiros, estelionatários, traficantes, entre outros. Baseados em seus próprios valores, os próprios presos desenvolveram um sistema de leis e regras que ditava o comportamento e a conduta que deveriam seguir. Estas "leis" no Carandiru eram amplas e universais, atingiam a todos os pavilhões e a todos criminosos, como por exemplo, um novato que ainda não conhecesse as regras rapidamente aprendia a respeitá-las e da forma mais dura: na pele. O poder dos presos era tão grande que embora não fosse correto, acabava sendo reconhecido pelas próprias autoridades legais. A cada preso que chega devia comprar seu lugar em alguma cela, caso ele não tinha dinheiro, ele acabava

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