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A Arte Da Guerra

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Por:   •  10/12/2014  •  10.032 Palavras (41 Páginas)  •  457 Visualizações

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A Arte da Guerra

Sun Tzu

Sobre a avaliação.

Sun Tzu disse: a guerra é de vital importância para o Estado; é o domínio da vida ou da morte, o caminho para a sobrevivência ou a perda do Império: é preciso manejá-la bem. Não refletir seriamente sobre tudo o que lhe concerne é dar prova de uma culpável indiferença no diz respeito à conservação ou à perda do que nos é mais querido; e isso não deve ocorrer entre nós.

Há que valorá-la em termos de cinco fatores fundamentais, e fazer comparações entre diversas condições dos contentores, com vistas a determinar o resultado da guerra.

O primeiro desses fatores é a doutrina; o segundo, o tempo, o terceiro, o terreno, o quarto, o mando e o quinto, a disciplina.

A doutrina significa aquilo que faz com que o povo esteja em harmonia com seu governante, de modo que o siga onde esse for, sem temer por suas vidas, nem de correr qualquer perigo.

O tempo significa o Ying e o Yang, a noite e o dia, o frio e o calor, dias ensolarados ou chuvosos e a mudança das estações.

O terreno implica as distâncias, e faz referência onde é fácil ou difícil deslocar-se, se é em campo aberto ou lugares estreitos, e isto influencia as possibilidades de sobrevivência.

O mando há de ter como qualidades: sabedoria, sinceridade, benevolência, coragem e disciplina.

Por último, a disciplina há de ser compreendida como a organização do exército, as graduações e classes entre os oficiais, a regulação das rotas de mantimentos, e a provisão de material militar ao exército.

Estes cinco fatores fundamentais hão de ser conhecidos por cada general. Aquele que os domina, vence; aquele que não, sai derrotado. Portanto, ao traçar os planos, há de comparar os seguintes sete fatores, valorando cada um com o maior cuidado:

Qual dirigente é mais sábio e capaz?

Que comandante possui o maior talento?

Que exército obtém vantagens da natureza e terreno?

Em que exército se observam melhor as regulações e as instruções?

Quais as tropas mais fortes?

Que exército tem oficiais e tropas melhor treinadas?

Que exército administra recompensas e castigos de forma mais justa?

Mediante o estudo desses sete fatores, serás capaz de adivinhar qual dos dois grupos sairá vitorioso e qual será derrotado.

O general que siga meu conselho, é certo que vencerá. Esse general há de ser mantido na liderança. Aquele que ignorar meus conselhos, certamente será derrotado. E deve ser destituído. Além de prestar atenção a meus conselhos e planos, o general deve criar uma situação que contribua com seu cumprimento. Por situação quero dizer que deve levar em consideração a situação do campo, e atuar de acordo com o que lhe for vantajoso.

A arte da guerra se baseia no engano. Portanto, quando és capaz de atacar, deves aparentar incapacidade e, quando as tropas se movem, aparentar inatividade. Se estás perto do inimigo, deves fazê- lo crer que estás longe; se longe, aparentar que se está perto. Colocar iscas para atrair ao inimigo.

Golpear o inimigo quando está desordenado. Preparar-se contra ele quando está seguro em todas partes. Evitá-lo durante um tempo quando é mais forte. Se teu oponente tem um temperamento colérico, tente irritá-lo. Se é arrogante, trata de fomentar seu egoísmo.

Se as tropas inimigas se acham bem preparadas após uma reorganização, tenta desordená-las. Se estão unidas, semeia a dissensão entre suas filas. Ataca o inimigo quando não está preparado, e aparece quando não te espera. Estas são as chaves da vitória pela estratégia.

Agora, se as estimações realizadas antes da batalha indicam vitória, é porque os cálculos cuidadosamente realizados mostram que tuas condições são mais favoráveis que as condições do inimigo; se indicam derrota, é porque mostram que as condições favoráveis para a batalha são menores. Com uma avaliação cuidadosa, podes vencer; sem ela, não pode. Menos oportunidades de vitória terá aquele que não realiza cálculos em absoluto.

Graças a este método, se pode examinar a situação, e o resultado aparece claramente.

Sobre o princípio das ações.

Uma vez começada a batalha, ainda que estejas ganhando, se continuar por muito tempo, desanimará a tuas tropas e embotará tua espada. Se estás sitiando uma cidade, esgotarás tuas forças. se manténs teu exército durante muito tempo em campanha, teus mantimentos se esgotarão.

As armai são instrumentos de má sorte; empregá-las por muito tempo produzirá calamidades. Como se tem dito: "Os que a ferro matam, a ferro morrem." Quando tuas tropas estão desanimadas, tua espada embotada, esgotadas estão tuas forças e teus mantimentos são escassos, até os teus se aproveitarão de tua debilidade para sublevar- se. Então, ainda que tenhas conselheiros sábios, ao final não poderás fazer que as coisas saiam bem.

Por cauda disso, tem-se ouvido falar de operações militares que são torpes e repentinas, porém nunca se viu nenhum especialista na arte da guerra que mantivesse a campanha por muito tempo. Nunca é benéfico para um país deixar que uma operação militar se prolongue por muito tempo.

Como se diz comumente, seja rápido como o trovão que retumba antes de que tenhas podido tapar os ouvidos, veloz como o relâmpago que brilha antes de haver podido piscar.

Portanto, os que não são totalmente conscientes da desvantagem de servir-se das armais não podem ser totalmente conscientes das vantagens de utilizá-las.

Os que utilizam os meios militares com perícia não ativam suas tropas duas vezes, nem proporcionam alimentos em três ocasiões, com um mesmo objetivo.

Isto quer dizer que não se deve mobilizar ao povo mais de uma vez por campanha, e que imediatamente

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