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A INSERÇÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA VISUAL, CEGO OU BAIXA VISÃO NO ENSINO REGULAR

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Por:   •  21/3/2015  •  3.668 Palavras (15 Páginas)  •  635 Visualizações

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A INSERÇÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA VISUAL, CEGO OU BAIXA VISÃO NO ENSINO REGULAR

Maria de Assis Inácio

Perpétua Aparecida Albuquerque Dutra

Resumo

Inicialmente apontamos sucintamente percurso histórico, vivenciado pelas pessoas com deficiência visual na busca pela participação na vida escolar e social. Importante salientar, também, que em grande parte do sistema de ensino de nosso país, as crianças cegas são alfabetizadas em escolas especiais, ou em classes especiais dentro de escolas regulares, sendo só encaminhado às classes regulares, com apoio de salas de recursos ou professores de apoio. Entretanto nas redes ou escolas onde processo de inclusão já segue mais adiantado esses alunos são matriculados diretamente nas classes comuns, sendo alfabetizados paralelamente pelo sistema Braile, na sala de recursos. Não há ainda divulgação de pesquisa longitudinais onde comparem essas duas formas de alfabetização par crianças cegas, ficando a decisão do momento de inclusão na turma regular a tecnologia e recursos descritos são uma poderosa ferramenta para favorecer o sucesso na inclusão escola de alunos com baixa visão ou cegueira no ensino regular, contribuindo para a construção da igualdade de oportunidades acadêmicas. Existindo ainda adaptações mais fáceis de serem desenvolvidas pelo professor, como uma fotocopia ampliada ou Braile falado, além da capacitação dos professores para o uso de softwares e no acesso as tecnologias da informação e da comunicação.

Palavras-chave: Inclusão. Capacitação. Informação. Alfabetização. Divulgação de Pesquisa.

1 INTRODUÇÃO

No trabalho ora apresentado existem algumas reflexões sobre a concepção a respeito do processo educacional de aluno com deficiência visual, cego ou com baixa visual, tendo como foco as políticas culturais e práticas pedagógicas na perspectivas da educação inclusiva. Considerando enfatizar a importância dos serviços especializados de apoio, tanto os que atuam no campo da educação quanto os que atuam na área de saúde e reabilitação.

Para SANTOS:

O conceito de inclusão aqui considerado é aquele definido como um processo que não se restringe à inserção de pessoas deficientes no sistema educacional. Entendemos que incluir envolve, além da convivência física, o desenvolvimento de culturas, políticas e práticas que eliminem barreiras impostas à aprendizagem e contribuam para o aumento da participação dos alunos em diferentes áreas de suas vidas (SANTOS, 2003, p.79).

Este é um tema fundamental, principalmente no que tange às crianças cegas e com baixa visão, pois nos desafiam a buscar respostas e possíveis saídas para saber agir diante da problemática aqui exposta. Lembrando de pontuar o estudo apresentado como um desenvolvimento das práticas pedagogias para inclusão.

GLAT E NOGUEIRA consideram que:

(...) a educação inclusiva está alicerçada na idéia de uma escola que não seleciona crianças em função de suas diferenças individuais, sejam elas, orgânicas, sociais ou culturais. Segundo os autores, o paradigma da inclusão rompe com a concepção de “aluno padrão” e com a presunção de que existe um único processo de ensino e de aprendizagem, normal e saudável, para todos os sujeitos. GLAT E NOGUEIRA (2002, p. 75)

É de grande relevância proporcionar sucesso no processo de inclusão de alunos com deficiência visual nas escolas regulares, lembrando sempre de viabilizar ações que possibilitem a remoção não apenas das barreiras de comunicação e/ou arquitetônicas, como também das barreiras chamadas atitudinais.

Interessante reiterar que além do processo de gestão e organização é necessário valorizar as oportunidades de formação continuada dos educadores, refletir permanentemente sobre as práticas e através da promoção de encontros e debates, estabelecendo um diálogo com o conhecimento cientifico.

2 A INSERÇÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA VISUAL, CEGO OU BAIXA VISÃO NO ENSINO REGULAR

A Constituição Brasileira de 1988 garante o acesso ao Ensino Fundamental Regular a todas as crianças e adolescentes, sem exceção. Além disso, devem receber atendimento especializado complementar, de preferência dentro da escola. A inclusão ganha reforços com a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) de 1996 e com a Convenção da Guatemala, de 2001. Sendo assim, manter crianças com algum tipo de deficiência fora do ensino regular é considerado exclusão e crime.

Sendo inclusão um direito dos portadores de deficiência, e, por emergir em diversas discussões da área educacional foi que este tema surgiu, com o intuito de investigar como está sendo o processo de Inclusão do aluno com deficiência visual, cego ou baixa visão nas escolas de ensino regular comum. Ao se falar em inclusão, é preciso explicitar que não se trata de modismo, e nem de mais uma nova tendência educacional, mas sim de um processo essencial à vida humana em sociedade. De acordo com as afirmações de WERNECK:

A palavra inclusão recebe dois grandes significados distintos na educação: um, quando possibilitamos às pessoas com deficiência iguais oportunidades de aprendizado; e outro quando se pensa no conceito de educação inclusiva não apenas como a simples inserção da criança dentro da sala de aula, mas sim como a criação de uma escola em que as pessoas com ou sem deficiência possam conviver e estudar, aprendendo a lidar com a diversidade. (WERNECK, 2008, p. 102)

Ou seja, inclusão escolar é a inserção de alunos com deficiência em uma escola que reconhece e valoriza a heterogeneidade dos mesmos, procurando desenvolver as suas diferentes em cada um suas aptidões, habilidades, e os seus potenciais, sem propostas de ensino apartado.

Na inclusão, é a escola que se modifica e passa a se adaptar às necessidades de cada aluno, com deficiência ou não, e esta escola inclusiva não manda embora os alunos que não se adaptam a ela. Incluir requer pensar sempre em novas estratégias, novos métodos, e este é um processo dinâmico, no qual acontecem erros e acertos, e não há formula engessada nem receitas milagrosas que a escola possa usar. Segundo ORRICO (2008), as Diretrizes da Política Nacional de Educação Especial:

“recomendam

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