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A LITERATURA DE ALBERTO MOCBEL

Por:   •  12/6/2016  •  Monografia  •  7.988 Palavras (32 Páginas)  •  1.467 Visualizações

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A LITERATURA DE ALBERTO MOCBEL E A VALORIZAÇÃO DE SUAS CRÔNIC AS NO ENSINO APRENDIZADO DA CULTURA CAMETAENSE

Everaldo Moreira de Aquino

Professora: Leiliane Louzada Prestes

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Licenciatura em Letras (LED 0167) – Trabalho de Graduação

13/12/2014

RESUMO

Este trabalho trás importantes reflexões sobre o ensino da literatura nas escolas. Nele discutiremos sobre a importância de se trabalhar a literatura local nas instituições de ensino. Como proposta para esse trabalho, sugerimos as narrativas de Alberto Moia Mocbel, que é um autor cametaense bastante renomado, o qual possui um imenso acervo de textos literário que podem ser usados como recursos pedagógicos. Seus textos servem de incentivo ao trabalho da literatura local. Para fundamentar essas discussões inicialmente será feita uma breve discussão sobre as concepções de literatura, abordando reflexões na visão de alguns autores. Em seguida, falaremos um pouco sobre a vida e obra de Alberto Mocbel, apresentando suas narrativas, com suas respectivas proposta de trabalho nas escolas. Portanto, sugerimos que se trabalhe com os alunos textos regionais, aproveitando seu conhecimento de mundo, aquele que é adquirido no decorrer de sua vida social e escolar, para depois conhecer outros autores de nossa literatura nacional e internacional, pois, assim, estará se valorizando nossa cultura.

Palavras – chave: Literatura. Cultura Cametaense. Alberto Mocbel.

1 INTRODUÇÃO

        Sabe-se que o Brasil é um país muito rico e composto por diferentes culturas e povos, isso faz com que sejamos um país multicultural. Culturas, povos, línguas diversificadas, religiões, cores diferentes. Tudo isso foi possível desse sua descoberta, quando os portugueses aqui chegaram. O Brasil é um país habitado por vários povos de etnias e culturas diferentes, o que resultaria mais tarde numa verdadeira pluralidade cultural. Deve-se considerar que essas manifestações culturais são reconhecidas nacionalmente, ou seja, estão presentes por toda região brasileira.

        Esses hábitos, e costumes nos são mostrados através dos meios de comunicação e, principalmente por meio dos livros didáticos que são trabalhados na escola. Desse modo, muitas vezes, passamos a renegar nossa cultura  por acha-la inferior às demais, o que nos leva a perder nossa verdadeira identidade cultural, haja vista que só valorizamos aquilo que conhecemos.

        Nesse sentido, o presente trabalho “A LITERATURA DE ALBERTO MOCBEL E A VALORIZAÇÃO DE SUAS CRÔNICAS NO ENSINO APRENDIZADO DA CULTURA CAMETAENSE”  vem mostrar que devemos conhecer primeiramente a nossa realidade cultural e depois outras culturas, considerando que o aluno ao iniciar sua vida escolar traz consigo uma bagagem cultural muito grande, a qual Paulo Freire (1999), denomina de “conhecimento de mundo”.

        Conhecimento de mundo corresponde ao conhecimento que toda a criança adquiri ao longo de sua convivência na sociedade e no seio familiar. Nesse sentido, quando a criança começa a frequentar uma unidade de ensino, a escola deve trabalhar a partir do cotidiano do aluno, valorizando seus conhecimentos prévios e, a partir daí trabalhar esses conhecimentos de forma sistematizada, valorizando assim, o que ele já sabe e mostrando novos horizontes.  

Nesse caso, a escola deve mostrar que nem as narrativas de um escritor renomado encontradas nos livros didáticos são importantes enquanto textos escolares como também narrativas de escritores locais como as de nosso “famoso” escritor Alberto Moia Mocbel. Seus textos podem ser trabalhados de forma interdisciplinar e, também como instrumento de valorização cultural, visto que na essência de suas narrativas vamos encontrar elementos que nos remetem a dados históricos, sociais, educacionais, e peculiares a nossa sociedade.

        Dentre as inúmeras narrativas desse escritor, abordaremos: “Meninos de rua”, que caracteriza-se como crônicas por tratar de uma pequena obra literária em prosa e, também por usar uma linguagem cotidiana simples, objetiva e de fácil entendimento. Contudo, essa linguagem não deixa de ser criativa e elegante aproximando-se assim, dos padrões gramaticais cultos. Nela, o autor resgata, a partir de sua observação casual, de suas lembranças, de suas fantasias, acontecimentos vivenciados em sua época.

Esse texto também se caracteriza por ser uma narrativa de cunho memorial, pois conta a história da sociedade cametaense e, a partir do momento que conhecemos essa história, consequentemente entenderemos nossa realidade e poderemos verificar os aspectos inertes a nossa cultura.

        Nesse sentido, o referido trabalho foi elaborado com o propósito de mostrar que as narrativas de Alberto Mocbel podem ser trabalhadas em sala de aula de forma interdisciplinar, uma vez que podemos detectar em seus textos temas como ecologia, meio ambiente, fome, miséria, drogas, prostituição, ética, cidadania, etc. É através do estudo dessas narrativas que buscamos a valorização e o resgate da cultura dessa terra apresentando a cada educador propostas educativas favorecendo assim, o processo de ensino aprendizagem.

        Portanto, o presente trabalho está estruturado, a priori com um referencial teórico sobre As concepções de Literatura e o ensino no contexto escolar. Em seguida, temos um levantamento da vida e obra do escritor Alberto Moia Mocbel e algumas considerações sobre crônica que servirá como embasamento para a análise da narrativa em estudo. Por ultimo, apresentam-se as propostas metodológicas interdisciplinares para a crônica Meninos de Rua.

2 CONCEPÇÕES DE LITERATURA

        

O vocábulo “literatura” provém do latim litteratura(m), que por sua vez deriva de littera, ae e significa o ensino das primeiras letras. Com o tempo, a palavras ganhou sentido de artes das belas letras ou arte literária.  Portanto, a matéria prima utilizada pela literatura é a palavra. O autor utiliza-se dessa matéria prima para expressar seus sentimentos, criticar a realidade vivida, registrar os acontecimentos, dar sua opinião de uma forma encantadora e atraente. Ressaltamos que nem todo texto, ou todos os livros são especificamente literatura.

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