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A MARCAÇÃO DE PLURAL NA LINGUAGEM INFANTIL – ESTUDO LONGITUDINAL

Por:   •  9/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.197 Palavras (5 Páginas)  •  279 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA

ESCOLA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES E HUMANIDADES

CURSO – LETRAS

ATIVIDADE EXTERNA DISCIPLINAR

GABRIELA NUNES SILVA

ESQUEMAS DOS TEXTOS:

A MARCAÇÃO DE PLURAL NA LINGUAGUEM INFANTIL – ESTUDO LONGITUDINAL

E

 A LINGUAGEM E A CRIANÇA

GOIÂNIA 2017

DISCIPLINA: LINGUÍSTICA III
PROFESSOR: EDILENE
PERÍODO/TURMA: 5º PERIODO C01
ACADÊMICA:  GABRIELA NUNES SILVA

A MARCAÇÃO DE PLURAL NA LINGUAGEM DA CRIANÇA – ESTUDO LONGITUDINAL

  • A morfologia do plural do português padrão é bastante regular: acréscimo do morfema –s no final dos vocábulos.
  • Os elementos de um SN devem concordar em gênero e número com o núcleo desse sintagma.
  • Possibilidades de se marcar o plural nos SNs: plural em todos os elementos do SN, em alguns elementos do SN, em apenas um elemento, e nenhuma marca formal de plural.
  • Saliência fônica: palavras que apresentam alguma mudança na estrutura fonológica, quando pluralizadas.
  •  Análise das seguintes variáveis linguísticas segundo Scherre: relação entre elementos nucleares/ não nucleares e posição linear dos elementos no SN; marcas precedentes em função da posição.
  • Scherre estabelece duas possibilidades: a primeira é a influência da coesão sintagmática como hipótese determinante para marcação de não plural e a segunda sugere uma generalização para o fato de ser a posição de determinante a mais marcada no SN.
  • A aplicação do morfema –s nos constituintes reforça a coesão existente entre eles.
  • Poplack: “ a presença de uma marca de plural antes do dado favorece a retenção da marca naquele dado...” 
  • A presença de concordância nominal é proporcional aos anos de escolarização, porém o mercado de trabalho torna-se mais determinante aos homens ao que para as mulheres a influência maior é nos anos de escolarização.
  • O único det que pode preceder pronomes é “todos”.
  • Para Koch a estrutura do SN é composta de determinante + nome. Todavia, o determinante pode ser simples ou complexo.
  • A estrutura completa do determinante seria então: Det -> (pré-det) det-base (pós-det).
  • Após o estudo com o item “todos”, percebe-se que ele pode ser rotulado como determinante e, ao mesmo tempo, apresentar muitas características que o distinguem dessa classe.
  • Logo: a marcação de número plural na fala depende de outros fatores estruturais que não se reduzem a ser ou não ser núcleo, nem a estar antes ou depois dele.
  • Português x Alemão na fala da criança para a pesquisadora Lamprecht: a morfologia do plural do português é simples, mas a marcação formal do plural é uma regra variável que depende de vários fatores, ao contrário do alemão, que apresenta uma morfologia complexa, mas que se aplica como regra categórica.
  • Lamprecht em sua pesquisa ainda diz que: “as crianças conhecem o sistema mas parecem não saber que a marcação é desejável.”
  • Os principais erros cometidos pelas crianças pesquisadas foram: em relação ao plural marcado com –s, mais alteração na estrutura fonológica (plural metafônico) e às supergeneralizações.
  • A pesquisadora reforça o papel do input para as crianças na aquisição da morfologia do plural do português, pois duas crianças que proviam de família onde a linguagem usada é muito próxima da culta, sobressaíram-se em relação as outras crianças.
  • Crianças na faixa etária entre 4;6 -5;0, apresentam uma queda de desempenho, pois,  a criança começa ter mais consciência metalinguística e a enxergar com mais clareza a regra que torna opcional a marcação de plural.
  • As crianças bilíngues apresentam um desempenho menor em relação às monolíngues falantes de alemão, no que diz respeito ao uso “correto” da morfologia do plural do alemão. Por outo lado, as bilíngues, quando comparadas às monolíngues em português, apresentam um número maior de “acertos” para a morfologia do plural do português.
  • Da pesquisa de Lamprecht concluem-se dois fatos: o primeiro reforça o papel do input. E o segundo explica o porquê às crianças bilíngues fazem mais plural padrão em português do que as monolíngues. As crianças bilíngues parecem prestar mais atenção ao final das palavras do que as monolíngues falantes de português porque em alemão essa atenção é vital.
  • O contato com o texto escrito parece estimular o uso de plurais padrões.
  • Os numerais e os quantificadores não tendem a acionar o uso da regra padrão, exceto quando relacionados a expressões aprendidas de memória, ou a contextos que têm por base textos escritos.
  • Itens diminutivos desfavorecem a marcação de plural exceto, também quando aprendidos de memória.

A LINGUAGEM E A CRIANÇA

  • É necessário certo grau de contato social para que o desenvolvimento da criança seja normal e saudável.
  • Crianças não são capazes de emitir sons que não estão expostos a elas.
  • Presume-se que algo provindo de outras pessoas é que leva a criança a manter a capacidade de produzir barulho.
  • Os sons podem surgir espontaneamente, mas são mantidos pelo mecanismo do aprendizado.
  • Desde o nascimento a criança é capaz de produzir som mesmo que seja do tipo incipiente.
  • É possível que a criança aprenda que com o choro, ela consiga suprir sua necessidade, seja da mãe, fome ou dor.
  • Sons com caráter fonêmico começam a surgir aos dois meses de idade.
  • Os nervos não estão totalmente ligados ao nascer, presume-se então que comportamentos mais complexos, como a fala, são mais suscetíveis à ausência de função do sistema nervoso central.
  • Células mielinizadas conduzem impulsos mais rapidamente. Portanto o cérebro da criança que ainda não está totalmente mielinizado, não possui a capacidade de responder com a rapidez exigida pelos músculos necessários para a fala.
  • As crianças são incapazes de produzir, por exemplo, os sons dentais, pela falta dos dentes.
  • Não há dúvida de que a criança deve produzir algum som, antes de saber a diferença entre sons surdos, não-surdos, vocálicos altos e baixos, etc.
  • A criança dá sinais evidentes de que tem prazer em produzir ruídos que são reforçados pelos pais.
  • A criança imita a linguagem na medida em que tenta alcançar os mesmo fins que vê outros alcançarem.
  • A criança aprende então que certos ruídos tem significação funcional.
  • Todo som uma vez aprendido pela criança, tende a produzir um reforço objetivo.
  • A criança deve dispor de um repertório de razoável número de sons diferentes, de modo a poder fazê-lo variar com bastante frequência, alimentando assim seus nervos do sistema cenestésico.
  • A linguagem é um instrumento social, e seu aprendizado requer um reforço social.
  • O aprendizado ocorre porque a criança se vê exposta à língua, e isso é o quanto basta, se as circunstâncias forem, em essência, normais.
  • Vocabulário receptivo: quando a criança responde adequadamente a uma palavra mesmo que não seja capaz de pronunciar ou empregar tal palavra.
  • Vocabulário de uso: quando a criança percebe que o uso de determinada palavra lhe permite manipular o ambiente, ciente da significação funcional da linguagem.
  • A linguagem é primacialmente usada para que a criança possa atingir certos fins ou satisfazer determinados desejos.
  • A verbalização da criança diz respeito a seus próprios problemas e interesses.
  • Para a criança alfabetizada, a palavra é uma coisa, e o objeto coisa diferente.
  • O homem alfabetizado está em permanentemente posse das palavras que têm poder sobre o mundo objetivo do não alfabetizado.
  • Ao mesmo tempo em que a palavra se liberta de seu referente, ela se torna concreta, pois pode ser vista como um objeto.

Bibliografia:

Revista da ABRALIN, vol. 1, nº 1, p. 185-218, julho 2002.

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