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A SOCIEDADE DA TRANSPARENCIA - RESENHA

Por:   •  30/3/2022  •  Resenha  •  1.161 Palavras (5 Páginas)  •  287 Visualizações

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Universidade Federal do Pará

Instituto de Ciências da Educação

Programa de Pós-graduação em Educação – PPGED

Seminário de Pesquisa

Raimunda Flávia Sousa Martins

HAN, Byung-Chul. Sociedade da Transparência. Tradução: Enio Paulo Giachinni. Petrópolis – RJ. Editora Vozes, 2017. Disponível em: https://docero.com.br/doc/8n5nc00

Resenha apresentada ao Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Educação do Instituto de Ciências de Educação da Universidade Federal do Pará, na Disciplina Seminário de Pesquisa, ministrada pela Profª. Drª. Ivany Pinto.

BELEM - PA

2022

HAN, Byung-Chul. Sociedade da Transparência. Tradução: Enio Paulo Giachinni. Petrópolis – RJ. Editora Vozes, 2017. Disponível em: https://docero.com.br/doc/8n5nc00

O título da obra: “Sociedade da transparência” de autoria do filósofo Sul-Coreano Byung-Chul Han, no qual, foi pulicada na Alemanha em 2012 e em 2017 no Brasil pela editora Vozes. A obra nos apresenta a ideia de transparência como um fenômeno imprescindível para compreender os fenômenos sociais e cibernéticos que nos rodeiam na sociedade contemporânea.  

O livro se encontra organizado em nove capítulos diferentes, mas que, ao longo do texto se complementam, no sentido, compreender alguns desdobramentos de uma sociedade contemporânea que tem a “necessidade” de se tornar transparente ao extremo e do excesso de exposição de tudo diariamente, cujo o reflexo imediato é a cultura da exibição.

Assim, a obra segue a seguinte organização: 1 Sociedade positivista – onde a autor apresenta o tema do livro; 2 Sociedade da exposição –neste capítulo, o autor busca compreender de que forma o homem procura desnudar tudo, inclusive as suas próprias relações; 3 Sociedade da evidência – neste capitulo, Han relata que a sociedade contemporânea é  inimiga do prazer; 4 Sociedade pornográfica – o autor trata nesse capítulo da fotografia enquanto paradigma; 5 Sociedade da aceleração – Han quer nos fazer um alerta  de uma sociedade que leva à aceleração do processo de vida ao substituir a narratividade; 6 Sociedade da Intimidade - com o advento das redes sociais e dos sites de busca, a intimidade passa a ser algo público; 7 Sociedade da Informação – neste capitulo, o autor descreve essa sociedade como inimiga da verdade e da aparência;                8 Sociedade do Desencobrimento – Han, debate que a moral da transparência total acaba se transmudando em tirania; 9 Sociedade do controle - Han utiliza a imagem do panóptico, com sua sensação de vigilância constante e indistinta para explicar a sociedade de hoje.

O autor organizou sua argumentação da seguinte forma:

Para ele, essa sociedade expositiva, podem ocasionar grades problemas, como a “eliminação da esfera privada e na perda de identidade e da singularidade subjetiva” (HAN, 2017). Pois, as relações sociais acabam se homogeneizando, onde a tolerância é imensamente pulverizada, porém, apenas tolera-se a narrativa irrefutável do igual. Assim, o autor afirma, que “estamos caminhando para uma sociedade que só busca o imediato, que se doa integralmente de uma só vez, que acelera a intimidade, o desejo, a paixão e o amor” (HAN, 2017). Tais sentimentos, são expostos de maneira fútil, isto é, o pornográfico onde tudo é “mostrado, tudo é desvelado e voltado para fora. O que é interior não tem valor” (HAN, 2017). Os sentimentos passam a serem nivelados em arranjos agradáveis, onde o amor é uniformizado e tudo passa a ser rápido ser imediato.

A sociedade do positivismo é uma sociedade transparente e expositiva, onde as relações são trocadas pelas conexões, busca-se seu próprio reflexo, e a eliminação da negatividade. Neste sentido, os conteúdos que são contrários aos “princípios” defendidos são rapidamente excluídos e não compartilhados. Nesta sociedade, tudo que é contrário/diferente é visto com fora do padrão. Assim, as “conexões que são utilizadas por intermédio de redes sociais, teoricamente, não nos aproxima, pois, eliminamos indivíduos que diferem de nossas concepções e só aceitamos nos relacionar com sujeitos cujo comportamento são extremamente previsíveis” (HAN, 2017).  

No texto, o autor buscar compreender os motivos que causam tanta inquietação dos indivíduos nos discursos de transparecia. Essas inquietações estariam atreladas a medos constantes de não acompanhar os “acontecimentos” de uma sociedade extremamente expositiva, medo da desinformação. Tal motivo, faz com que os indivíduos se mantenham tanto tempo conectados. Tudo isso, nos leva a um “vazio existencial em meio a multidões que estão conectados simultaneamente, porém aprisionados nos grandes fluxos da internet, onde cada sujeito é seu objeto-propaganda” (HAN, 2017).

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