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Análise - O Corvo (Poe)

Por:   •  21/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  506 Palavras (3 Páginas)  •  216 Visualizações

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UNICENTRO - IRATI

SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES

DEPARTAMENTO DE LETRAS

LETRAS INGLÊS I

Ramon Alves de Oliveira

O CORVO

Edgar Allan Poe (1809-1849) foi um escritor romancista estadunidense. Sua temática volta-se para o macabro e mórbido, e suas obras são repletas de morte e alcoolismo.

"O Corvo" é um dos poemas mais famosos do poeta. Traduzido no Brasil por Machado de Assis. O poema pode ser entendido como se o eu lírico, viúvo e em estado de luto de sua amada (Lenora), acordado no meio da noite por barulhos em seu quarto, avista um corvo sentando acima de sua porta. O eu lírico, que até então parecia ser um homem apenas triste, então, tenta conversar com o corvo, nos dando uma deixa para desconfiar de sua sanidade. Ao perguntar o nome da criatura, o eu lírico tem como resposta: "Nunca mais". Não bastasse isso, o homem começa a fazer mais e mais perguntas, visando notícias de sua amada que "anjos chamam Lenora" e as únicas palavras que o corvo profere são "Nunca mais". Nas últimas estrofes, especialmente na última, o personagem dá-se por "convencido" de que o corvo não dirá mais que isso, deita no chão e dali afirma que não sairá mais.

No decorrer da história, com a repetição de alguns termos anteriores, o leitor pode "acomodar-se" no ambiente, apesar de que, além da insanidade do eu lírico, comece a aparecer um certo temperamento de agonia do eu-lírico-personagem.

O termo "nunca mais" que é repetido no final da maioria das estrofes, possui um caráter sombrio e ao mesmo tempo poético quanto à morte. No poema original, pode-se notar que "Raven" (=corvo) é a inversão de "Never" (=nunca), foneticamente, trazendo ao poema uma poética ainda mais sombria quanto à filosofia em torno da morte, visto que o corvo pode ser entendido como um símbolo de morte, azar, mau presságio, mas por outro lado, também pode significar astúcia, esperança.

Em 1846, Edgar Allan Poe escreve seu livro "A Filosofia da Composição", onde explica sua estratégia para armar a trama de "O Corvo". Para ele, os escritores devem ter em mente cada palavra que será escrita até o final da história, é preciso ter total conhecimento sobre a obra e saber o que vai acontecer a cada palavra. E ainda, para construir sua história, precisa trabalhar na sua inspiração, não apenas "passá-la para o papel".

A obra de Poe influenciou sobre a construção de poemas no mundo inteiro, após sua "Filosofia da  Composição", pois além de explicar que a inspiração poética deve ser trabalhada e re-trabalhada,  afirma que a construção do poema é semelhante a um problema matemático, portanto, deve-se calcular cada detalhe. Ao sentido da estrutura do poema, Poe diz que trabalhar a obra em volta do final da história é uma de suas estratégias.

A obra "O Corvo" inspirou filmes, entre eles, um dos mais famosos, o filme que leva o mesmo nome do poema, dirigido por Alex Proyas, em 1994, com o  ator Brandon Lee.

[pic 1]

Ilustração: Gustave Doré (1883) / Domínio Público

REFERÊNCIAS:

Link 1: http://cineplot.com.br/index.php/2017/01/03/construcao-poetica-em-o-corvo-de-edgar-allan-poe/

Link 2: https://coolturalblog.wordpress.com/2015/03/06/o-corvo-de-edgar-allan-poe/

Link 3: http://www.comunidadeculturaearte.com/como-nasce-a-poesia-nas-palavras-de-edgar-allan-poe/

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