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Bakhtin. MIKHAIL BAKHTIN NO VIÉS TEÓRICO DA SEMÂNTICA DA ENUNCIAÇÃO: ENTRE O SENTIDO E O IDEOLÓGICO. .

Por:   •  24/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  978 Palavras (4 Páginas)  •  172 Visualizações

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Bakhtin. MIKHAIL BAKHTIN NO VIÉS TEÓRICO DA SEMÂNTICA DA ENUNCIAÇÃO: ENTRE O SENTIDO E O IDEOLÓGICO. Nádia Maria dos Santos Pinho (URCA). Artigo Apresentado no Seminário Interdisciplinar das Ciências da Linguagem no Cariri. Brasil: ISSN, 2012.    

OBJETIVOS:

A proposta da pesquisa aqui exposta objetiva um estudo da semântica da enunciação a partir do pensamento bakhtiniano esboçando principalmente as questões divergentes entre fala e enunciado, como também significação e sentido. Para melhor apresentar tais concepções sobre a semântica torna-se importante que tenhamos uma visão geral do contexto social, histórico e ideológico em que Mikhail Bakhtin produziu suas ideias em torno da semântica.

Entretanto, nosso objetivo, aqui, é apresentar a semântica da enunciação na concepção de Bakhtin, mostrando a semântica da enunciação e o ideológico presente na linguagem e no discurso proferido pelos sujeitos enunciadores concretos.

HIPÓTESES:

O seguinte paper trata de questões referentes à semântica da enunciação no contexto teórico direcionado ao pensamento bakhtiniano, sendo ele o percursor dessa corrente semântica. Para compreendermos a semântica da enunciação torna-se necessário diferenciar conceitos constituintes desse campo de pesquisa, dentre eles a distinção entre frase e enunciado, a enunciação, sentido e significação.

Torna-se importante, no tocante à semântica da enunciação na concepção de Mikhail Bakhtin termos uma noção basilar do contexto discursivo e histórico em que ele estava inserido e as possíveis influências que essa realidade social e ideológica possa auxiliar na compreensão desse estudo, pois só podemos entender a obra de Bakhtin se conhecermos um pouco sobre a Rússia em que ele vivia e na qual produziu suas teorias.

ARGUMENTAÇÃO CENTRAL

Antes de expormos conceitos teóricos relacionados ao campo de abordagem pertencente à semântica da enunciação é essencial que façamos as devidas divisões e conceituações de elementos que constitui esse viés teórico pelo qual traçamos o nosso estudo.

O que seria, então, frase e enunciado e para quem caberia essa definição?

Frase seria, então, uma estrutura linguística que possui sentido completo em si sem dependência com o contexto extralinguístico e discursivo/ideológico.

O enunciado seria a frase quando essa é verificada dentro do contexto intra e extralinguístico na atmosfera do ideológico histórico/discursivo. Fazendo-se uma analogia para melhor depreendermos essa relação conflituosa devemos entender que a frase é o esqueleto do corpo linguístico e que por si tem função e sentido, mas não é vista na sua complexidade, pois se limita ao que é dito; e o enunciado é o conjunto de sentidos interligados por meio da intencionalidade do dito e pelo contexto histórico/ideológico.

A enunciação é o complexo emaranhado comunicativo constituído por enunciados produzidos no contexto único e não substituído por outro, um ato singular e em dever histórico. É necessário para se compreender a enunciação que a relacionemos com o ato para Bakhtin, pois se ele é único e responsável a enunciação também apresenta essas características e a comunicação produzida nesse âmbito será particular mesmo que passe por mudanças  historicistas e discursivas.

AS CONTRAPOSIÇÕES:

As ideias e pesquisas de Bakhtin foram elaboradas em um período conflituoso e de crise política, pois nesse momento a Rússia estava passando pela Revolução russa. Mas não foi somente isso que influenciou o pensamento dele, o kantismo e o marxismo foram as duas principais correntes filosóficas que fizeram parte da obra bakhtiniana.

Bakhtin ao dialogar com os teóricos de sua época e transpor essas teorias para o signo linguístico, o mesmo deixou de ser somente estrutura linguística e passou a ser também social e histórico inserido numa atmosfera filosófica criticista. Desta forma, o signo verbal vai se aproximando do social e ideológico transitando entre dois mundos que se auxiliam mutualmente, pois a linguagem é constituída por uma teia de relações que se conectam simultaneamente e em conjunto transmitindo informações que se comunicam entre si, e somente a estrutura sistêmica não resolve todas as questões expostas pela complexa organização do signo linguístico.

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