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Como Realizar a Leitura

Por:   •  4/9/2022  •  Abstract  •  1.396 Palavras (6 Páginas)  •  96 Visualizações

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Como Ler.

Sugestñes para uma pratica produtiva da leitura.

José Carlos Bruni

Aprende-se a mecanica de ler aos sete anos de idade. No' entanto, a lcitura, conccbida como instrumcnto de compreensâo de uina idéia, é processo bcm mais complexs. Seu aprcndizado nâo pode ser fixado em uma idade determinada e o aprimorarncnio da tccnica de leitura é tarefa de toda uma vida.

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e de modo cxtremamente esquemâtico.

A  leitura   é  excrcida  sobre   um   TEXTO,  nome  genéric        para toda e qualqucr poqâo dc linguagem escrita. As dimensfies  do  texto  sâo  variâveis. Textos podem scr: uma obra inteira, com vdrios volumes; um livro intciro; uma pane de um livro, com varios capitulos; um capitulo de um livro; as vezes, ma pagina apenas, mas de conieñdo bastante rieo.

O TEXTO CIENTI FICCF , catacterizado por um certo rigor de ' pensamento e cxprcssâo, uma certa ordem na concatena95o das idéias c pcla demonstra9ño das a firma9ñes, cooiporta uma leitura intema e uma analise txiema. A Ieitura inlema atém-se ao’que o texto diz explicitarpente. A anâlise externa utiliza dados que nao aparecem no texio, mas que o exp)icam.

-A. LEITURA INTERNS

[pic 1]

Ler £, fundamentalmente, o ato de apropriatâo dv IDEIA CENTRAL

DO TEXTO, isto é, da idéia principal, bâsica, que contém a esséncia do texto.

Esse deve ser o principio norteador de toda leitura. Tod0S OS OUtfOS principios estâo subordinados a esse e devem contribuir para a sua realiza9âo.

A idéia bâsiea mo estâ localizada em  um  ponto  perfeitamente identificlvel do texto. Nño se constitui em uma on dnas frases do texto. A idéia basica anima o iexto inteiro, podendo transparecer mais c laramente em certas frases do qae em outras..Hâ cerios trechos mais ”quentes”, em que certas frases sdo niuiio importantcs. Mas a leilura desses trechos mo é sufitiente para produzir a idéia basica do texto.


Tendo em vista essas considerapties, podcmos ienlar Exar a

PRfMEIRA REGRA da técnica da leitura:

[pic 2]

. Nessa leitura, deve-se procurar prestar aten9âo‘ apcnas no que sc deslaca, deixando-se de 'lado os pormenores, o que mo é esscncial, como exemplos, repeti9bes. dados ilustrativos etc.

Terminada essa primeira leitura, necessariamente a mais superficial, é interessante tentar fazer, mentnlmcnie on pot escrito, um apnâbaAo gcral dc idéias que se revclaram mais salientes, que mais chamaram a aten§âo, das que formam um conjunto global, sem’consu1tar o texto novamente. Essa idéia gcfal serf guia para os passos restantes do trabalho de leitura.

  1. As idéias setund£rias

Como vimos, a idéia basica percorre o texto Jnteiro, isto é, eta nao sc apresenta de chofre, mas é o desenrolar ordenado do discurso, sâo panes sucessivas do discurso que  formam  a idéia basica. A idéia  basica  vai estruturar o tdxto, vai comandar a articula9âo das varias panes do texio.

Em gcral, todo texto encontra-sc dividido  em  partes,  cada  uma contendo idéias, niio a central, mas outras secundarias,  acessñrias,  que  servem de apoio para a central. As partes que se sucedem no texio estdo relacionadas entre si de um modo delerminado e é esse  modo  de  relacionamento  das  dtversas partes entre si que chamamos de estrutura de um texto.

Com isso, podemos formulas a SEGUNDA REGRA de leitura:

[pic 3]

Nessa leitura, ja mais aprofundada que a ’anterior, deve-se prestar atenplo aos pormenoref, aos elementos subordinados a idéia central, como os excmplos, os dados ilustrativos e como de uns se passa aos outros.

[pic 4]

[pic 5]

  • Professor do Depaitamento de Sociologia da USP. Material didâtico distribuido em 1983, rrdiagrama9lo e revisto por Ana Lucia Schritzaieyer (Depimmento de Antropologia, USP, 2004)        -        "
  • - O esqucma aqui proposlo aplica-se especialmentt a texlos dt Ciéncias Humanas        ' .

  1. 0s conceitos

As partes de um texio, por sua vez, sao compostas por varios elementos que podernos chamnr, de maneira geral,  de. CONCEITOS,  on  seja, as idéias ma is elcnicntarcs de um texlo. Sao como os tijolos de uma casa, assim como as paces corrcspondcrinm a seus vdrios cfimodos. A anâlise do texto deve chegarc aos concertos que o constituem. Dai a TERCEIRA REGRA da leitura:

[pic 6]


B. ANALISE EXTERNA

Todo texto esta inserido em usr CONTEXTO. Ao contr§rio do tsxto, contexto é invisf veI, isto é,- mo se apresenta diretainent  e  ao \eitoY. 0  contcxfo dove ser procurado, pesquisado, reconstruldo.

Contcxto é o conjunto de elemenlos qtis cetcam, dc alguni tilOdO, O teXto. O contexto logico e COlTlpQsto pelos mementos d2 ordem intelectual que envolvem o texlo. Tudo aquilo que anlecede logicamente o texto e de que o tcxto depends pode ser chamado de os PRESSUPOSTOS do texto. Todas as consequcncias que o texio acarreta, tudo aquilo a que o texto leva. pode ser 'chamado de as IMPLICA$fiES do texto.

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