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Cultura dos Surdos

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Por:   •  15/4/2014  •  Artigo  •  759 Palavras (4 Páginas)  •  575 Visualizações

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Cultura Surda

È tarefa difícil definir cultura surda. Podemos vislumbrar um conceito como um movimento social, formado a partir de uma minoria linguística, que está em oposição à cultura e ideologia dominantes. Os surdos procuram conviver harmoniosamente com grandes diferenças, dentre elas a mais marcante, a linguística. Esta comunidade está sempre procurando fazer valer os seus direitos políticos e sociais, lutando contra o estigma, o estereótipo, a deficiência, o preconceito, e o poder do ouvintismo.

O que poderia ser um caminho por parte da nossa sociedade predominantemente ouvinte seria o reconhecimento da identidade cultural surda.

Vivemos no século 21, portanto é conveniente que adotemos uma nova perspectiva em relação a um futuro cada vez mais próximo. E uma nova perspectiva implica preencher um espaço que outrora fora habitado por uma concepção concordante com a mentalidade vigente da época, mas que atualmente torna-se ultrapassada e não deve mais se sustentar, em seus alicerces ruinosos que não mais se alinham à superfície das novas descobertas.

Dentre as características mais marcantes da cultura surda além da língua são os artefatos culturais e tecnologias. Dentre estas destacamos: TDD, aparelho auditivo, implante coclear, Closed Caption e alerta luminoso ou vibratório em telefones e campainhas, além da poesia e contos surdos que muito traduzem a visão que o surdo tem do mundo e como pode contribuir com ele.

TIPOS DE IDENTIDADE SURDA

Antes de iniciar as explanações sobre as várias categorias de identidade surda, precisa-se entender o conceito de ouvintismo e sua diferença com o oralismo.

Ouvintismo: ideologia dominante que trata-se de um conjunto de representações dos ouvintes, a partir do qual o surdo está obrigado a olhar-se e a narrar-se como se fosse ouvinte. Além disso, é nesse olhar-se, e nesse narrar-se que acontecem as percepções do ser deficiente, do não ser ouvinte; percepções que legitimam as práticas terapêuticas habituais. Forma atual de continuar o colonialismo sobre os surdos.

Oralismo: filosofia dominante, foi e segue sendo hoje, em boa parte do mundo, uma ideologia dominante dentro da educação do surdo. A concepção do sujeito surdo ali presente refere exclusivamente uma dimensão clínica - a surdez como deficiência, os surdos como sujeitos patológicos - numa perspectiva terapêutica. A conjunção de idéias clínicas e terapêuticas levou em primeiro lugar a uma transformação histórica do espaço escolar e de suas discussões e enunciados em contextos médico-hospitalares para surdos.

Surdo não é Deficiente, é apenas Diferente, com signos diferentes de ouvintes. Os surdos têm signos visuais enquanto os ouvintes têm signos auditivos. As pessoas surdas têm a sua comunicação visual, têm a sua própria língua, a língua de sinais permite que o surdo crie a sua linguagem interior, entender os conceitos da vida, e além disso também permite que o surdo tenha formação de linguagem e pensamento, ter orgulho de sua diferença, e além do mais é uma língua mais rica do que a falada.

Infelizmente a influência do poder ouvintista prejudica a construção da identidade surda, tornando evidente que as identidades surdas assumam formas multi-facetadas

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