EJA: Perspectivas e Desafios
Por: Elisangela Felipe da Silva • 13/8/2025 • Projeto de pesquisa • 1.376 Palavras (6 Páginas) • 2 Visualizações
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ELISANGELA FELIPE DA SILVA
A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) NO BRASIL: HISTÓRIA, PRÁTICAS E IMPACTOS SOCIAIS
INSTITUIÇÃO FEDERAL DA PARAÍBA ,CAMPUS PICUÍ.
GRADUAÇÃO EM LETRAS COM HABITAÇÃO EM LINGUA PORTUGUESA.
PICUÍ,AGOSTO 2025
INTRODUÇÃO
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) representa uma importante modalidade de ensino voltada à garantia do direito à educação para aqueles que não tiveram acesso ou continuidade nos estudos durante a idade regular. A história da EJA no Brasil remonta à década de 1940, com a criação da Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA), considerada um marco na atuação do Estado em prol da inclusão educacional dessa parcela da população.
Na década de 1960, emergiram movimentos de educação popular, com destaque para a proposta pedagógica de Paulo Freire, que via a alfabetização como instrumento de conscientização crítica e transformação social. Sua abordagem revolucionária influenciou profundamente as práticas educativas voltadas aos jovens e adultos, promovendo uma educação libertadora e participativa.
A consolidação da EJA como modalidade específica de ensino ocorreu apenas em 1996, com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96), que reconheceu oficialmente a EJA nos níveis fundamental e médio. Desde então, essa modalidade tem enfrentado desafios e avanços, sendo essencial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
JUSTIFICATIVA
A escolha do tema Educação de Jovens e Adultos (EJA) parte de uma vivência pessoal significativa: em 2020, fui aluna da EJA, e essa oportunidade foi determinante para minha trajetória educacional, permitindo meu ingresso no ensino superior. Essa experiência revelou, na prática, o papel fundamental da EJA na promoção da inclusão, da valorização dos sujeitos historicamente excluídos do sistema educacional e da transformação social por meio do conhecimento.
Apesar dos avanços legais e pedagógicos, a EJA ainda enfrenta inúmeros desafios, como a evasão escolar, a falta de políticas públicas eficazes e o preconceito que cerca essa modalidade de ensino. Estudar a história e os fundamentos da EJA é essencial para compreender suas conquistas, refletir sobre suas limitações e contribuir para o fortalecimento de práticas educativas que respeitem a diversidade dos sujeitos envolvidos.
Este projeto busca, portanto, valorizar a EJA como instrumento de emancipação e cidadania, reconhecendo sua importância na construção de uma sociedade mais justa, equitativa e democrática.
OBJETIVOS
Objetivo Geral;
Analisar a trajetória histórica da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil, destacando seus marcos legais, propostas pedagógicas e sua importância como instrumento de inclusão social e promoção da cidadania.
Objetivos Específicos
- Investigar os principais acontecimentos que marcaram a criação e evolução da EJA no Brasil, desde a década de 1940 até os dias atuais;
- Compreender a influência do pensamento de Paulo Freire na construção de práticas pedagógicas voltadas à educação popular e à EJA;
- Refletir sobre os impactos da EJA na vida dos estudantes, com base em experiências pessoais e relatos que evidenciem seu papel transformador.
REFERENCIAL TEÓRICO
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade que se insere no contexto da educação inclusiva e democrática, voltada para sujeitos que, por diferentes razões, não concluíram seus estudos na idade considerada regular. Para compreender sua importância e complexidade, é fundamental recorrer a autores que discutem a educação popular, a pedagogia crítica e os direitos educacionais.
O pensamento de Paulo Freire é central nesse debate. Em obras como Pedagogia do Oprimido (1970) e Educação como Prática da Liberdade (1967), Freire propõe uma educação libertadora, baseada no diálogo, na valorização da cultura do educando e na consciência crítica. Sua proposta rompe com o modelo tradicional de ensino e inspira práticas pedagógicas voltadas à transformação social, especialmente no contexto da EJA.
Além de Freire, estudiosos como Miguel Arroyo e Maria Clara Di Pierro também contribuem para a compreensão da EJA. Arroyo destaca a importância de reconhecer os sujeitos da EJA como portadores de saberes e histórias, defendendo uma educação que respeite suas trajetórias. Di Pierro, por sua vez, analisa as políticas públicas voltadas à EJA, discutindo seus avanços e limitações no cenário brasileiro.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) também é um marco fundamental, pois reconhece oficialmente a EJA como modalidade de ensino nos níveis fundamental e médio, consolidando seu papel no sistema educacional brasileiro.
METODOLOGIA
Este projeto foi desenvolvido por meio de uma abordagem qualitativa, utilizando como principais procedimentos a pesquisa bibliográfica e a realização de uma entrevista semiestruturada com um aluno da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
A pesquisa bibliográfica terá como objetivo reunir e analisar obras, artigos acadêmicos, legislações e documentos oficiais que tratam da história, dos fundamentos pedagógicos e das políticas públicas relacionadas à EJA. Serão utilizados autores como Paulo Freire, Miguel Arroyo e Maria Clara Di Pierro, além da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96), que regulamenta essa modalidade de ensino.
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