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ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO NORMAL E PROFISSIONAL

Por:   •  16/6/2020  •  Trabalho acadêmico  •  4.899 Palavras (20 Páginas)  •  184 Visualizações

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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO ESTADUAL DE LONDRINA

ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO NORMAL E PROFISSIONAL

[pic 2]

Barbara Cleomara de Andrade

Eloana Tavares

Julia Agreste Bello

Júlia de Camargo

Julia Lourenço

Ketelyn Beatriz

ROMANTISMO

[pic 3]

LONDRINA

03/2020

OBRA ANALISADA

Senhora

GÊNERO

Romantismo Urbano

AUTOR

José de Alencar

DADOS BIBLIOGRÁFICOS

Nasceu em Messejana- CE em 1829, faleceu em 1877 na Europa

BIBLIOGRAFIA

Cinco minutos, 1856

Viuvinha, 1857

O guarani, 1857

As Minas de Prata, 1862-4

Lucíola, 1862

Diva, 1864

Iracema, 1865

O Gaúcho, 1870

O Tronco do Ipê, 1871

A Prata da Gazela, 1870

Sonhos d’ Ouro, 1872

Til, 1872

Alfarrábios, 1873

O Ermitão da Glória,

O Guarujá,

A Alma de Lázaro,

Guerra dos Mascates, 1873

Ubirajara, 1874

Senhora, 1875

O Sertanejo, 1875

O Jesuíta, 1875

As Asas de Um Anjo, 1858

O Demônio Familiar, 1857

Encarnação, 1877

Como e Porque sou Romancista, 1893

RESUMO

Este romance fala sobre a vida de Aurélia Camargo. Uma menina da burguesia, menina rica e formosa que havia vivido desde a mais angustiante miséria para o auge da riqueza, quando recebeu a herança de seu avô. Aurélia era órfã e vivia com uma senhora, uma parenta cujo nome Firmina Mascarenhas que sempre a acompanhava. Ela tinha um tutor que não lhe agradava aos olhos (senhor Lemos). Aurélia luta para ser livre e poder governar a si mesma e todas as suas coisas.

Aurélia parecia ser uma moça muito arrogante e fria, mas na verdade ela já tinha sua paixão. Um garoto que conheceu quando ainda era pobre o qual viu em um baile que fora, o que lhe causou grandes sentimentos e recordações.

Certo dia, Aurélia escreve uma carta para seu tio, ela finalmente achou a solução para si sem se deixar levar pelo turbilhão do mundo. Enviou a carta para o senhor Lemos, o convocando para uma conversa. Ela diz a seu tio que quer se casar e que já tem um pretendente. Por ser órfã o cargo da escolha de um pretendente seria de seu tio e tutor Senhor Lemos que ficou muito espantado com a notícia,mas estava disposto a ajudar conquistar sua felicidade.

Contou todo o seu plano para o tio, que foi atrás de Amaral que na noite do baile havia arrumado um casamento para um rapaz que ainda não estava no Rio de Janeiro, e esse rapaz era a paixão de Aurélia. Então a moça se apressou em lhe oferecer mais que 30 contos para arrumar o pretendente para ela, sem que soubesse que ela mesma quem estava por trás de tudo isso.

O pretendente era Fernando Seixas, filho de um empregado público e órfão aos 18 nos de idade, morava com sua mãe e duas irmãs. Fernando foi empregado público como o pai, depois atuou na imprensa como tradutor, depois noticiarista, depois foi escritor do jornal fluminense mais elegante da época. O menino era o amparo da família, morava com sua mãe e duas irmãs que muito o admiravam e faziam de tudo por ele, trabalhavam muito para que ele sempre andasse com as roupas e acessórios mais chiques e para que frequentasse lugares e festas da burguesia.

A carta que Aurélia havia enviado chegou até o moço por meio de Lemos que conversará com Amaral para arrumar o casamento de Fernando com Aurélia, mas Fernando não teve a reação que esperávamos.

Mesmo com a inicial recusa de Fernando Seixas, Lemos acreditava que o rapaz teria que aceitar sua proposta, assim como qualquer homem iria fazer nesta situação. Quanto à proposta de Adelaide, Lemos também tinha se resolvido com o Amaral, dando dinheiro para o pai da moça para convencer a autorizar a união.

Dessa forma, Lemos não se sentiu surpreendido quando Fernando Seixas o procurar para aceitar a proposta, apenas sob uma condição, que era que fossem adiantados vinte de réis.

Aurélia aceitou a proposta do rapaz e Lemos concluiu o acordo entregando o valor a Fernando, que assinou um recibo se comprometendo ao restante do acordo: o casamento no prazo de três meses.

Fernando Seixas era um homem honesta, porém, o amor e o interesse próprio eram justificativos para qualquer ação.

Um dia depois da visita do Sr. Lemos, a mãe de Seixas foi procurar ele para para dizer que Nicota, um rapaz que era dono de uma lojinha, iria pedir a mão de sua irmã em casamento. Só faltava a aprovação de Seixas e seu dinheiro para o enxoval.

 Mas Seixas havia gastado todo dinheiro de sua família com luxos que era ostentado na sociedade. Ele também havia feitos dividas que nem se lembrava mais. Recebera uma carta de Amaral dando fim ao acordo do casamento com Adelaide. Para piorar, as promessas que havia feito na sua viajem a Pernambuco pareciam incertas, como ficou sabendo durante uma reunião na sociedade.

No dia seguinte, depois de passar a noite pensando que estaria em um destino ruim, Seixas pensava como que seria sua vida passando anos em serviços públicos e dependendo de uma pouca aposentadoria. Seria possível viver assim, economizando, mas Seixas não Seixas não conseguiria viver sem seus luxos. Então, a única alternativa era aceitar a proposta de Sr. Ramos que era se casar com uma mulher que provavelmente seria feia e da roça.

E assim Fernando foi a procura de Sr. Ramos, para falar sobre a proposta. Depois de três dias, chega uma carta marcando o dia para um encontro com sua futura esposa.

Sr. Lemos Fernando Seixas na casa de Aurélia, onde já estavam Torquato Ribeiro e D. Firmina. A chegada da moça casou espanto nos convidados, ela estava com roupas luxuosas e cheia de joias.

Seixas foi apresentado a Aurélia ele teve que se esforçar pois ainda estava espantado com a moça, mas logo chegou mais convidados para ocupá-la.

Fernando e Aurélia passaram a conversar frequentemente, ele sentia que um romance entre eles poderia reduzir o peso do acordo financeiro com Sr. Lemos. Seixas perguntou a Sr. Lemos porque ele havia escolhido ele para se casar, ele falou do seu romance passado e que ele já tinha conhecimento sobre isso. Seixas ficou mais tranquilo sabendo disso.

Certo dia Lemos chamou Seixas para casa de Aurélia para concretizar sobre o casamento. A moça falou para o rapaz que amor que ela tinha não era mais o mesmo, mas ele poderia fazer aquele amor voltar. Seixas prometeu que iria fazer aquele amor ressurgir.

A sociedade fluminense recebeu a notícia do casamento com espanto, mas Aurélia aparecia cada vez menos em público, Seixas não parava de bajular ela até que Aurélia pediu para dar um tempo, porque ela nunca tinha se sentido tão amada.

O casamento estava sendo preparado Aurélia queria que fosse apadrinhada por Dr. Torquato. O casamento foi presenciado por poucas pessoas, não iria ter lua de mel e nem baile, como Aurélia queria.

Depois do casamento Lemos levou Seixas para sua nova casa e lá era cheio dos luxos. Em seguida Lemos reuniu alguns negociantes para testemunharem. O testamento que Aurélia falava que havia uma grade diferença entre a áurea mulher recém-casada e a mulher que confessava seus desejos pós morte.

Dois anos antes do casamento de Aurélia e Seixas, vivia a moça junto com a sua mãe D. Emília Lemos. Emília, quando era jovem se apaixonou por um estudante de medicina, Pedro Camargo. Ele era filho de um fazendeiro rico.

Os dois haviam se casado escondidos. Quando o pai de Pedro descobriu que ele tinha se casado escondido, mandou buscar ele para voltar a fazenda. Ele prometeu para Emília que iria voltar logo.

Pedro durante um ano enviava dinheiro para Emília para manter sua casa na cidade. O pai de Pedro imaginou que o romance entre os dois havia acabado e deixou Pedro voltar para corte. Assim os dois voltaram a se ver, mas depois se separaram e tiveram o Emílio Camargo e Aurélia Camargo.

Depois de doze anos pai de Pedro queria que ele se casa se com uma mulher rica filha de fazendeiro. Pedro sendo pressionado pelo seu pai e contrariado pela relação com Emília, foi para um rancho afastado e ficou por lá. Ele ficou doente e, antes de falecer, mandou um tropeiro entregar a Emília três contos dos réis, e assim foi feito. E assim Emília viveu sua vida de luto até sua morte.

Viúva, Emília isolou-se ainda mais. Tendo dois filhos para criar, pediu ajuda ao seu sogro, o fazendeiro Lourenço. Não reconhecendo tal relação, ele lhe enviou um conto de réis junto ao pedido de que não mais o importunasse.

O filho Emílio, apesar de ter acesso a bons estudos, era incompetente em qualquer tarefa. A função de corretor de fundos, conseguida por meio de um correspondente de seu pai, acabava sendo exercida por sua irmã Aurélia, que se dava melhor com os números.

A esta moça sobravam também as tarefas domésticas e algumas costuras que somavam à renda da casa, enquanto sua mãe, sempre enferma, cobrava-lhe um marido que garantisse seu futuro. Aurélia, no entanto, não se interessava por tal empenho – ela ainda sonhava com o ideal romântico para o matrimônio.

Certo dia de calor Emílio tomou um banho gelado que lhe rendeu uma pneumonia mortal, sendo que Aurélia cuidou-lhe como uma mãe, até o último momento.

Emília, vendo o destino solitário e indigente que restaria a Aurélia, insistiu que a filha fosse à janela para mostrar sua beleza a algum homem que havia de querê-la como esposa. Contrariada, a moça obedeceu ao pedido, somente para satisfazer o desejo da mãe.

As idas de Aurélia à janela, para atender ao desejo de sua mãe, logo tornaram-se notícia entre as rodas de rapazes, que começaram a passear por sua rua para conquistá-la. A garota, no entanto, mantinha-se como uma estátua, sem ceder a qualquer galanteio.

Sr. Lemos, tio de Aurélia, soube de sua situação e começou a visitá-la. Imaginando que uma reconciliação entre o tio e sua mãe garantiria um arrimo para a família, Aurélia o recebia diariamente para alguma conversa – os que não sabiam de seu parentesco estranhavam seu gosto por um senhor tão velho, enquanto tantos jovens a procuravam.

O tio Lemos, certo dia, entregou-lhe uma carta: a jovem imaginava que era a concretização de seu desejo, da reconciliação familiar; no entanto, havia naquele papel a sugestão de que ela se tornasse uma prostituta, tendo no tio um empresário. Tal proposta fez com que Aurélia se entregasse em orações de purificação. Daquele dia em diante, fechava a janela sempre que via Lemos se aproximando.

A atitude do tio inspirou outros rapazes que também entregavam-lhe cartas e flores. Alguns até insistiam em chamá-la mesmo depois de a janela ser fechada. Para resolver a questão Aurélia convidou um dos rapazes a entrar em sua casa, chamando sua mãe para conversar com ele: assim sinalizava que não teria qualquer relação senão por meio do casamento.

Usando dessa estratégia, após certo tempo, Aurélia permanecia à janela para satisfazer sua mãe, mas não sofria tanto com as investidas dos pretendentes.

Fernando Seixas soube da existência de Aurélio em uma roda de amigos, que levou até a janela de tal moça. O cruzamento de olhares entre entre os dois ficou marcado na memória de ambos: Aurélio lembrava-se do moço e ele foi visitá-la mais vezes noutros dias, até declarar seu amor, que era enfim correspondido.

Sr. Lemos, ao saber do futuro casamento da sobrinha, decidiu entrar em ação para evitá-la e dar continuidade a seus próprios planos para a garota.

Percebeu ele que Fernando Seixas estava a galantear outra dama, Adelaide , cujo pai, Tavares do Amaral, era seu amigo. Preocupado com a aproximação de sua filha e Dr.Torquato Ribeiro, um homem pobre, Amaral foi facilmente atraído pela ideia que lemos lhe oferecer: unir Adelaide a Fernando Seixas.

Fernando passou a visitar Aurélia mais raramente, até o dia em que assumiu que não manteria se compromisso, justificando-se pela vida pobre que levariam juntos. A moça ainda argumentou que a pobreza era sua conhecida desde sempre e que seu amor superior a isso, Seixas insistiu que ela haveria de encontrar um partido que lhe desse melhores condições materiais.

Certo dia surgiu à casa de Emília um homem vindo do interior: era Lourenço Camargo, o fazendeiro, pai de Pedro Camargo, que alegrou-se ao reconhecer sua neta, Aurélia. Tal informação ele encontrou quando se de desfazia de uma velha maleta deixada por seu filho: nela havia uma carta que Pedro escreva quando pensava em suicidar-se.

Preocupada por tornar-se um peso a D. Firmina Mascarenhas, Aurélia colocou anúncios no jornal em busca de algum trabalho.

Dias depois, no entanto, surgiu um correspondente de seu avô informando-lhe sobre a sua morte e a necessidade de abrir o envelope que fora deixado com ela. No pacote Lourenço havia deixado o testamento que reconhecia Pedro como seu filho e Aurélia como herdeira de toda sua fortuna – em torno de mil contos de réis.

Nesse momento todos familiares de Aurélia surgiram para agradá-la e seu tio Lemos foi ao juiz para tornar-se tutor de sua sobrinha. Aurélia aceitou tal condição, pois acreditava ter algum controle sobre o Sr. Lemos, e desde que permanecesse morando em casas separadas.

O enriquecimento súbito de Aurélia a fez pensar que deveria usar seu dinheiro para combater aquela sociedade sem princípios morais que se apresentava. Já estava aí formada a ideia de seu futuro casamento com Fernando Seixas.

Viúva, Emília isolou-se ainda mais. Tendo dois filhos para criar, pediu ajuda ao seu sogro, o fazendeiro Lourenço. Não reconhecendo tal relação, ele lhe enviou um conto de réis junto ao pedido de que não mais o importunasse.

O filho Emílio, apesar de ter acesso a bons estudos, era incompetente em qualquer tarefa. A função de corretor de fundos, conseguida por meio de um correspondente de seu pai, acabava sendo exercida por sua irmã Aurélia, que se dava melhor com os números.

A esta moça sobravam também as tarefas domésticas e algumas costuras que somavam à renda da casa, enquanto sua mãe, sempre enferma, cobrava-lhe um marido que garantisse seu futuro. Aurélia, no entanto, não se interessava por tal empenho – ela ainda sonhava com o ideal romântico para o matrimônio.

Certo dia de calor Emílio tomou um banho gelado que lhe rendeu uma pneumonia mortal, sendo que Aurélia cuidou-lhe como uma mãe, até o último momento.

Emília, vendo o destino solitário e indigente que restaria a Aurélia, insistiu que a filha fosse à janela para mostrar sua beleza a algum homem que havia de querê-la como esposa. Contrariada, a moça obedeceu ao pedido, somente para satisfazer o desejo da mãe.

As idas de Aurélia à janela, para atender ao desejo de sua mãe, logo tornaram-se notícia entre as rodas de rapazes, que começaram a passear por sua rua para conquistá-la. A garota, no entanto, mantinha-se como uma estátua, sem ceder a qualquer galanteio.

Sr. Lemos, tio de Aurélia, soube de sua situação e começou a visitá-la. Imaginando que uma reconciliação entre o tio e sua mãe garantiria um arrimo para a família, Aurélia o recebia diariamente para alguma conversa – os que não sabiam de seu parentesco estranhavam seu gosto por um senhor tão velho, enquanto tantos jovens a procuravam.

O tio Lemos, certo dia, entregou-lhe uma carta: a jovem imaginava que era a concretização de seu desejo, da reconciliação familiar; no entanto, havia naquele papel a sugestão de que ela se tornasse uma prostituta, tendo no tio um empresário. Tal proposta fez com que Aurélia se entregasse em orações de purificação. Daquele dia em diante, fechava a janela sempre que via Lemos se aproximando.

A atitude do tio inspirou outros rapazes que também entregavam-lhe cartas e flores. Alguns até insistiam em chamá-la mesmo depois de a janela ser fechada. Para resolver a questão Aurélia convidou um dos rapazes a entrar em sua casa, chamando sua mãe para conversar com ele: assim sinalizava que não teria qualquer relação senão por meio do casamento.

Usando dessa estratégia, após certo tempo, Aurélia permanecia à janela para satisfazer sua mãe, mas não sofria tanto com as investidas dos pretendentes.

Fernando Seixas soube da existência de Aurélio em uma roda de amigos, que levou até a janela de tal moça. O cruzamento de olhares entre entre os dois ficou marcado na memória de ambos: Aurélio lembrava-se do moço e ele foi visitá-la mais vezes noutros dias, até declarar seu amor, que era enfim correspondido.

Sr. Lemos, ao saber do futuro casamento da sobrinha, decidiu entrar em ação para evitá-la e dar continuidade a seus próprios planos para a garota.

Percebeu ele que Fernando Seixas estava a galantear outra dama, Adelaide , cujo pai, Tavares do Amaral, era seu amigo. Preocupado com a aproximação de sua filha e Dr.Torquato Ribeiro, um homem pobre, Amaral foi facilmente atraído pela ideia que lemos lhe oferecer: unir Adelaide a Fernando Seixas.

Fernando passou a visitar Aurélia mais raramente, até o dia em que assumiu que não manteria se compromisso, justificando-se pela vida pobre que levariam juntos. A moça ainda argumentou que a pobreza era sua conhecida desde sempre e que seu amor superior a isso, Seixas insistiu que ela haveria de encontrar um partido que lhe desse melhores condições materiais.

Certo dia surgiu à casa de Emília um homem vindo do interior: era Lourenço Camargo, o fazendeiro, pai de Pedro Camargo, que alegrou-se ao reconhecer sua neta, Aurélia. Tal informação ele encontrou quando se de desfazia de uma velha maleta deixada por seu filho: nela havia uma carta que Pedro escreva quando pensava em suicidar-se.

Preocupada por tornar-se um peso a D. Firmina Mascarenhas, Aurélia colocou anúncios no jornal em busca de algum trabalho.

Dias depois, no entanto, surgiu um correspondente de seu avô informando-lhe sobre a sua morte e a necessidade de abrir o envelope que fora deixado com ela. No pacote Lourenço havia deixado o testamento que reconhecia Pedro como seu filho e Aurélia como herdeira de toda sua fortuna – em torno de mil contos de réis.

Nesse momento todos familiares de Aurélia surgiram para agradá-la e seu tio Lemos foi ao juiz para tornar-se tutor de sua sobrinha. Aurélia aceitou tal condição, pois acreditava ter algum controle sobre o Sr. Lemos, e desde que permanecesse morando em casas separadas.

O enriquecimento súbito de Aurélia a fez pensar que deveria usar seu dinheiro para combater aquela sociedade sem princípios morais que se apresentava. Já estava aí formada a ideia de seu futuro casamento com Fernando Seixas.

Seixas chega ao quarto angustiado e pavoroso com a ideia que a luz de sua alma estava apagando-se, anda pelos cômodos tropeçando em desespero. Vê objetos em cima da mesa de mármore, joias e vasos, acaba recuperando-se da angústia e sentia os aromas dos frascos que ali havia. Olhou pela janela e o céu estava estrelado, o horizonte estava luminosa e perfumado pelas rosas, apoiou na janela e uma lágrima caiu, recolheu os objetos da mesa e os guardou, procurou o traje que o tutor de Aurélia havia recomendado e o achou com satisfação, acendeu um charuto e sentou -se na janela refletindo sua existência e dignidade, pensando em sua relação com Aurélia e tentando  o compreender. Seixas ficou estático pensando na imagem de Aurélia e na sua paixão, dizendo que não poderia ama-la e amar ninguém nunca mais.

A cidade estava amanhecendo, andou pelo jardim com margaridas e outras flores. Seixas escrevia sobre as graças da mulher, refugiava- na solidão. Ele entrou no interior de sua casa e escutou um ruído de sua porta, era o seu criado,  lavou seu rosto e usou o pente que havia comprado. Sentou e pensou em toda aquela situação, e o drama de sua existência, o criado chamou por Seixas perguntando se estava tudo pronto e ofereceu lhe um jornal

O criado colocou o almoço na mesa. No centro da sala estava a mesa com cristais e frutas, o almoço era um grande banquete. O clima estava muito agradável .Na sala estava Aurélia e Firmina, a moça estava na cadeira de balanço, radiante de beleza. Ostentava sua beleza e graça, com fitas azuis em seu cabelo, Fernando foi até sua mulher para saudá-la, Firmina estava desconfiada, Fernando reparou na mudança dos aspectos da Aurélia. A moça chama todos para almoçar com sarcasmo, serviu a comida....tinha lagosta.

Seixas se distraia a ver Aurélia mesma com a triste situação dele. Seixas comeu pouco especulou Aurélia, ela ofereceu a lagosta, Fernando levou isso como um certo com de "ordem", a relação deles não estava parecida com noivos felizes. Seixas e Aurélia ficaram a sós, porém o criado ainda estava ali. Ela pediu os jornais e Seixas percorria as folhas e falava a ela o mais interessante, Aurélia dizia com sarcasmo sobre o quão interessante era as notícias, ela ficou quieta. Levantou se do sofá e analisou se nada faltava na casa, foi para o piano que era o seu  companheiro, mas ela nao ficou ali.

O criado chamou eles para um lanche, havia muitas frutas, empadas, queijos, doces e vinhos. Seixas comeu uma peira e figo, seu rosto era triste e movimentos mecânicos, Aurélia saiu da mesa e foi dar frutas para os pássaros tentando deixar Seixas mais a vontade. Eles dois andaram e conversaram mas não encontraram um tema e foram ver fotografias. Observaram como o tempo passou rápido, Aurélia foi para o aposento vestir se para o jantar. Fernando pensava consigo que queria sair dali, para recuperar sua liberdade. Ele  era muito influenciado por todas as decisões de Aurélia, ele não se sentia independente.

Aurélia vestia verde, e estava muito graciosa, por um momento Fernando animou- se. Firmina chegou com elogiou e novidades aos noivos, o jantar foi como o almoço, Seixas estava da mesma forma e atendia os desejos da mulher. Levantaram se dá mesa e foram até a porta do jardim,  diziam como o dia estava bonito principalmente o céu, Seixas ofereceu o braço a Aurélia, ele acendeu o charuto e foram para o meio da chácara para se esconder de todos. Fernando amostrou se com seus conhecimentos botânicos, Aurélia disse que gostava muito disso. Eles se recolheram para a casa. Os dois estavam cansados, Seixas estava receoso, cada um em seu canto.

Já era 22:00 fechou a porta e ela foi até o seu marido com sarcasmo de sempre, Aurélia ofereceu um objeto a ele e logo em seguida despediu se com um " boa noite". Fernando foi ao seu aposento, o objeto era uma chave, era do seu quarto de dormir, viu que havia uma porta atrás do guarda roupa, atrás da porta estava um lindo dormitório, porém ele se sentou humilhado e estava com sua alma Calejado por Aurélia, ela o humilhava.

Nos dias seguintes não teve novidades, Seixas continuava     "submisso". Ele não era o mesmo com seus companheiros, o casamento mudou sua vida. Seixas queria um novo cargo onde trabalha, Aurélia não gostou da novidade, ela deu as costas ao marido. Seixas nao andava de carro e não se comportava como alguém que era casado com uma mulher de posses.

Eles jantaram e foram a um passeio no jardim, eles estavam indiferentes. Eles tentavam procurar passa tempo na relação deles, eles nem diziam os seus nomes. A relação era muito fria por mais que fingissem ao contrário.

No dia seguinte depois do almoço, Aurélia entrou ao quarto que ela havia preparado com detalhes  antes do casamento. Ela havia decorado toda a casa para que ficasse ali feliz com o amado, reparou que os móveis nem haviam sido usados. Fernando não usufruiu de nada que Aurélia lhe oferecia. Ela conversou com Seixas após o jantar sobre o que havia notado nos cômodos. Aurélia disse que era para ele usar os objetos, era direito dele como esposo. Seixas  dizia que havia somente um vínculo entre eles, obrigações, respeito e tudo que a vaidade de Aurélia deseja, ele apenas não deixava sua dignidade, o dinheiro não compra isto. Aurélia estava impaciente com as declarações de Seixas.

Após da conversando dia seguinte a noite, estava bela, Firmina e Fernando conversavam e Aurélia estava sentada em um abandona calçada... Seixas contava sobre um poema, Aurélia falava sobre ele antes da conversa, ela observava a noite e as árvores, Aurélia pediu que Seixas contasse um poema.  Aurélia foi para a sala e chamou Firmina e Seixas para entrarem.  Propôs jogarem um baralho, Seixas obedeceu, porém não queria jogar valendo dinheiro...Aurélia insistia, mas isso não aconteceu e acabaram não jogando, ela foi para o seu quarto.

No domingo conversaram sobre fazer visitas aos amigos, ela queria ir de manhã...Mas ele não gostaria de faltar ao trabalho.

Aurélia o confundia,  falava que fariam a visita após o jantar, logo depois que a visita seria no outro dia. Seixas percebendo que a mulher apenas queria contrariá-lo decidiu que a qualquer hora lhe serviria. A decisão foi ir após o jantar, passaram por várias casas, nas ruas a atenção era voltada a Aurélia que fascinava os homens pela sua graça, enquanto Seixas ficava pelas sombras.

Uma das últimas visitas foi à família de Lísia Soares, que dizia ser amiga mais íntima de Aurélia quando solteira. Lísia trouxe a conversa um debate sobre o pagamento pelo marido de Aurélia, brincando com seu passado e o presente, logo fazendo com que Aurélia convencesse a todos ali presentes que houve casamento pois havia paixão. Após a visita, Seixas queria entender o porque da mudança de mistério para escândalo, o que em uma discussão ficou claro que Aurélia tinha esse direito por tê-lo comprado.

Na parte da noite Seixas viu uma breve luz no final do corredor, viu sua mulher parada, com roupão, pálida. Aurélia pensava em tudo que se passou até a noite do casamento. O resto da noite ela passou ali, tendo por leito o chão, despertou com a claridade da manhã, passou o dia repensando em como seu marido havia a decepcionado antes, pensou em vingança.

Mais tarde, após o jantar enquanto Aurélia dava migalhas de pão aos canários, Seixas acendeu seu charuto e pensava sobre as palavras de Aurélia buscando a explicação do enigma. Aurélia o interrompeu oferecendo a sair de cavalo para se distrair e não ter monotonia, em uma conversa na qual trouxe a oferta de um divórcio.

Fernando pesou sobre esta oferta, e com uma conversa decidiu que não queria, o que fez Aurélia confessar que seria por ele, e se ele rejeita-a então não há porque se queixar do que virá a acontecer. Foram ao casamento de Adelaide Amaral, a quem Seixas havia trocado Aurélia, com o Dr. Torquato Ribeiro. Aurélia exigia que Fernando se mostrasse no mínimo alegre para que os outros acreditassem. Depois disso a moça ficou em seu aposento, evitava o marido pois a aproximação dele a oprimia.

Depois disto, um artista foi até o local para fazer a pintura de Seixas, ele desejava algo fantasioso, logo Aurélia dispensou o artista para acalmar o marido, conversou com ele sobre música, versos, flores e artes. A noite tocou piano com os trechos favoritos do marido. Fernando não a reconhecia, ela estava diferente dos últimos dias. Assim, o artista voltou para fazer a pintura.

Passou-se o tempo, Aurélia volta a sair, fazer passeios com amigas, não faltava a nenhum baile, quando no último baile ela se divertiu muito, voltando embora conversava com seu marido, vendo as estrelas, foi quando Fernando percebia que a queria e ao mesmo tempo tinha medo. Aurélia fez com que ele a levasse até seus aposentos, alegando estar doente, fazendo graças, o que no final demonstrou que o homem no qual ela era apaixonada não era o mesmo que estava em sua frente, ele estava mudado.

Aurélia sempre organizava bailes em sua casa. Nessas noites, Eduardo Abreu chamou Aurélia para dançar e Alfredo Moreira ficou observando o par a dançar e fazendo comentários maldosos. Fernando reparou em Aurélia e Eduardo e chegou a conclusão de que ela talvez o amasse.

Lisia Soares, levou Fernando ate Aurélia exigindo que o casal dançasse uma valsa. Em 6 meses de casamento era a primeira vez que o casal se tocava tão intimamente. De repente, Fernando reparou que Aurélia estava desmaiada em seus braços. Aurélia foi deitada ao sofá e ela queria ficar a sós com seu marido. Alguns falava que era apenas um fingimento romântico.

Os últimos convidados já haviam ido embora, Fernando chamou Aurélia para pedir perdão, mas ela apenas disse que era tarde e ia dormir. Aurélia foi para o seu quarto e ficou se a pensar no amor que tinha pelo seu marido que ele também o amava. Fernando tinha alguns hábitos mudados : Seu caráter.

Fernando chegou em casa e encontrou Aurélia e Eduardo Abreu reunidos. Fernando foi para o seu quarto e pegou os papeis antigos e jogou no chão. Aurélia foi ao quarto e não encontrou Fernando, encontrou só os papeis jogados ao chão. Durante o jantar Aurélia demonstrou-se irritada, mas Fernando não ligava para as provocações da sua mulher.

Aurélia se lamentava seu historia de órfã que viu se único amado trocá-la por outra e depois recebê-la como esposa por um bom dote. Aurélia comenta o fato de Seixas ainda ter guardado lembranças de Adelaide. Eduardo recebeu um comprimento seco de Fernando, Abreu pensava em desistir, mas Aurélia insistiu que não havia problemas, pois a confiança era a base de seu casamento. Seixas não apareceu ao jantar e chamou que Aurélia o encontrasse com ele no seu aposento.

Seixas resignou-se em retribuir o valor assim que possível, Aurélia concordou que ele agiu de acordo com o compromisso. Seixas havia recebido um valor inesperado de um antigo negocio, Aurélia recebeu os valores e tratou da transação como uma negociante. Assim, estava firmado o fim do casamento. Fernando o pediu desculpas e Aurélia se explicava que chamava Eduardo a sua casa, porque ele havia ajudado na morte de sua mãe. Seixas propôs que criassem alguma desculpa para a separação, Aurélia preferiu que tudo fosse feito sem disfarces. Fernando despediu e saiu e Aurélia chamou e falou que agora poderia declarar seu amor por ele.

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