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Estudos de Linguagem IV - aspectos semântico-pragmáticos da língua

Por:   •  20/5/2018  •  Resenha  •  1.333 Palavras (6 Páginas)  •  252 Visualizações

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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS

Estudos de Linguagem IV - aspectos semantico-pragmáticos da língua

Luciana Braga Carneiro Leão, doutora em Letras, com especialização em Linguística e um extenso currículo, escreve o artigo "Implicaturas e a violação das Máximas Conversacionais: uma análise do humor em tirinhas" em 2013, onde analisa como o humor em tirinhas de quadrinhos é contruido através de uma pespectiva pragmática. Explica como esse conteúdo é construido através do uso de implicaturas e da violação das Máximas Conversacionais, fundamentos da Pragmática Conversacional descrita por Grice.

Luciana utiliza quatro tirinhas humorísticas de autores diferentes para desenvolver seu trabalho. Uma da Mafalda, duas do Garfield e uma tirinha retirada da internet de autoria desconhecida, um meme.

Luciana explica o papel social que a tirinhas exercem no meio em que estão inseridas, levando o leitor ao riso através do humor, que muitas vezes, carrega uma crítica e reflexão social e mostra como o gênero tirinhas pode ser analisado sob o olhar da Pragmática Conversacional de Grice, através da negociação de sentido entre os interlocutores e do uso linguistico em seu determinado contexto.  Evidencia que a construção do humor, na maioria das vezes, se dá através da quedra de expctativa que os princípios cooperativos e suas máximas trazem, quebras essas que são chamadas de "violação das máximas conversacionais", que são intencionais, alcançadas e compreendidas pelos interlocutores.

Em seguida o estudo faz uma fundamentação teorica, onde desceve e explica alguns conceitos básicos para melhor compreensão do leitor. Esta segunda parte é subdividida em 8 tópicos, sendo eles:

2.1- TEXTO E CONTEXTO: contextualiza o surgimento das primeiras teorias pragmáticas, que revolucionaram a forma como o texto era visto. Passando de apenas uma sequencia ou combinação de frases que faziam sentido sozinhas para um ambiente de interação entre sujeitos (LUCIANA, 2013, p.66). Reforça a importancia do contexto em que a comunicação está inserida e do contexto sociocognitivo para a produção de sentido. Ressalta que para essa contrução é necessária a participação do intorlocutor, participação essa que o locutor ja pressupõe, para que eles possam interagir de forma dinâmica.

2.2- PRAGMÁTICA: expõe o estudo da pragmática, a língua pelo ponto de vista dos usuários, "estudar o significado não das palavras isoladas de seu contexto, mas sim das palavras utilizadas em atos de comunicação" (LUCIANA, 2013, p.67). Aborda também a Teoria dos Atos de Fala, apresentada por Austin (1962) e desenvolvida por Searle (1969), que  descreve a fala como uma ação, a comunicação como algo muito além de palavras e estruturas gramaticais. Distingue a locução constativa da locução performativa e define os tres atos de fala realizados durante uma enunciação: ato locucionário, ato ilocucionário e ato perlocucionário.

2.3-  EXPLÍCITO X IMPLÍCITO: explica que, num texto, o que o escritor quis dizer vai além do que ele de fato disse. E para isso ele insinua, sugere, e o interlocutor indentifica essas insinuações através de inferências. Portanto, para compreender de fato um texto é necessário entender o que está implicito, intencionalmente, nele. Levando em consideração o contexto em que os falantes estão inseridos.

2.4- PRAGMÁTICA CONVERSACIONAL: mostra que o estudo da pragmática conversacional analisa os conteúdos implícitos que são transmitidos no ato ilocucionário, tratando a distinção entre significado do falante e significado da sentença. Luciana ressalta que "ao implicar conversacionalmente algo, o falante demonstra sua intenção de comunicar uma ideia diferente daquela que as palavras empregadas expressão literalmente" (LUCIANA, 2013, p.69).

2.5- PRINCÍPIO COOPERATIVO: define como um conjunto de normas que regem a conversação. Os iterlocutores assumem, de maneira implícita, um contrato conversacional. Esse princípio contém 4 máximas: de qualidade, quantidade, relação e modo. Essas máximas já são pressupostas pelos interlocutores e o sucesso da comunicação vem através das estratégias de preservação ou violação das mesmas.  

2.6- IMPLICATURAS: define basicamente a Teoria das Implicaturas de Grice (1975), afirmando que, quando o que é dito não é suficiente para a compreensão do interlocutor, o “algo a mais” a ser entendido por ele ao ouvir aquela sentença naquele determinado contexto são as implicaturas. Em seguida destingue as Implicaturas Conevncionais das Implicaturas Conversacionais.

2.7- VIOLAÇÃO DAS MÁXIMAS CONVERSACIONAIS:  muitas vezes, o locutor viola as máximas conversacionais na intenção de que o locutor infira o que esta implícito, para produzir determinado efeito de sentido.

2.8- HUMOR: descreve o humor na visão de Ziraldo (1970), Travaglia (1990) e por Raskin (1985), que por sua vez adapta o Princípio Cooperativo de Grice (1975) definindo e explicando a diferença entre comunicação bona-fide e não-bona-fide.

A terceira parte do estudo analisa as quatro tirinhas de humor através desses conceitos teoricos. Identificando ao menos uma violação de máximas conversacionais em cada tirinha para a produção do humor, que apesar das violações mantem o princípio cooperativo.

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