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Libras Que Língua é Essa Introdução ao Capítulo

Por:   •  12/2/2021  •  Resenha  •  443 Palavras (2 Páginas)  •  172 Visualizações

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Ao iniciar a introdução do livro, a autora começa com a afirmação “LIBRAS é língua”. Afirmação esta, que deu origem ao título de uma palestra apresentada por uma linguista a um curso de letras. Esse tema, mesmo que debatido por várias vezes, sempre vem à tona em eventos que falam para pessoas que estão fora do meio da surdez, e apesar dessa sensação de discurso repetitivo, para a grande maioria, trata-se de uma questão alheia, e pode aparecer como uma novidade que causa certo impacto e surpresa.  

Gesser inicia o livro ressaltando, no primeiro capítulo, a legitimidade da Língua Brasileira de Sinais como língua natural do povo surdo, fundamentadas nos estudos do linguista americano William Stokoe em 1960, que descreveu os níveis fonológicos, morfológicos e sintáticos da Língua americana de sinais. Neste capítulo fazem-se explicações científicas de conceitos equivocados sobre a Libras, tais como: a língua de sinais ser universal, ser mímica, não ter gramática, ser exclusivamente icônica, ser uma versão sinalizada da língua oral, é uma língua ágrafa, e alguns outros pensamentos.

As questões apontadas transitam por crenças como a universalidade, a artificialidade e agramaticalidade da Libras. Esclareceu que em línguas de sinais podem-se exprimir ideias abstratas e apresentam todas as propriedades linguísticas presentes nas línguas orais. Aponta ainda que o alfabeto manual é usado apenas como uma pequena parcela de expressão, está sujeita às variações regionais e há pesquisas avançadas sobre a escrita de sinais. A autora cita que em qualquer lugar em que haja surdos interagindo, haverá línguas de sinais. Podemos dizer que o que é universal é o impulso dos indivíduos para a comunicação e, no caso dos surdos, esse impulso é sinalizado.

Trata-se então de uma língua autônoma e não tem suas origens nas línguas orais e tão pouco depende delas para existir, porém utiliza-se de empréstimos linguísticos em seu repertório discursivo de uso, trazendo também, questionamentos sobre a gramática e a origem da Língua de Sinais, além de explanar sobre a constante comparação entre a língua de sinais brasileira (LIBRAS) a língua portuguesa falada, também sobre a forma escrita de sinais, a Sign Writting, entre outros aspectos de suma importância.

Ao fim do capítulo o leitor pode perceber a real constituição social da Libras, percebendo que se trata de um sistema linguístico legitimo, portando não deve ser tratado por gestos, mímicas ou inferiorizada pelas línguas orais. Quanto às diferenças entre as línguas orais Gesser afirma que “diferem quanto à forma como as combinações das unidades que são construídas”. A ideia de que LIBRAS, ou outra língua de sinais de outros países, é uma língua própria, viva, com suas especificidades e singularidades, assim como a língua falada no Brasil.

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